Baías e Baronis - Arsenal vs FCP



(foto retirada do Yahoo! News)

Adeus e até 2011, Champions League! Uma exibição ao nível de tantas outras que já vimos na presente temporada, ilustrando as fragilidades mentais e de disciplina táctica que temos vindo a mostrar. Num jogo em que nada poderia falhar, tudo falhou, e acabamos por sair do Emirates Stadium com cinco golos no bucho, cinco falhas, cinco displicências, cinco parvoíces, a somar a dezenas de falhas e desconcentrações, com uma ausência quase total de agressividade, algo que até eu achei estranho para um jogo tão decisivo. Fica para a história um resultado tão justo quanto volumoso e uma noite para nunca mais esquecer de Fucile, pelos piores motivos, como é lógico. A notas:





BAÍAS





(+) Helton. Se os ingleses...ou melhor, a equipa que joga em Inglaterra tivessem tido outro guarda-redes na baliza contrária, provavelmente nesta altura não estaríamos a lamentar cinco golos sofridos mas muito mais. Helton fez tudo o que pôde para evitar a goleada, mas os seus colegas não estavam para aí virados. Não teve culpa em nenhum dos golos. Não chegou.

(+) Falcao. Desde o início do jogo que lutou contra as duas torres adversárias e apesar de pouco eficaz na posição que de facto deveria ter ocupado, andou por todo o campo a correr como um louco atrás dos rapazes de vermelho que trocavam a bola entretidamente pelo meio dos ineptos jogadores que ocupavam a frente da nossa área. Falcao merecia o prémio de jogo que todos iriam receber se vencessem o jogo. Pelo que vi, foi o único jogador de campo que se esforçou desde o início da partida.

(+) Rodríguez. Quando terminou a primeira-parte, pensei: só há uma substituição possível, sai Nuno André Coelho e entra Rodríguez. Jesualdo fez-me a vontade e o uruguaio conseguiu mexer um pouco com a equipa, pegando na bola e arrastando os colegas um pouco mais para a frente, fazendo o que Ruben e Meireles, até então, pouco ou nada tinham conseguido, ou sequer tentado. Continua a ser desesperadamente ineficaz, mas tem fibra, e foi dos poucos (notam aqui um padrão?).






BARONIS





(-) Falta de agressividade. O jogo contra o Arsenal perdeu-se em grande parte pela total ausência de agressividade da parte do FC Porto. Não consigo perceber, pela minha vidinha, como é que num jogo a contar para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões, numa eliminatória que é vista em todo o mundo, que é quiçá a competição mais importante de clubes do Mundo, quando se sabe que a outra competição a sério em que a equipa está envolvida (taças aparte, porque essas só contam para encher prateleiras nos museus e não dão de comer a ninguém) está quase irremediavelmente perdida...como é que nestas circunstâncias os jogadores não se esforçam. Palavra que não percebo. Que falta de fibra, de raça, de querer, de vontade de ganhar têm estes meninos! Passes pouco tensos; Hulk et al (excepto Falcao) a caírem SEMPRE que iam ao contacto com o adversário; Meireles a cair nas fintas e a ficar de pés fincados no terreno a ver o oponente a passar tranquilo; Rolando e Bruno Alves a olhar para os avançados, sem lá chegarem perto; tempo e espaço infinito para os jogadores do Arsenal poderem fazer o que queriam. O Arsenal troca bem a bola, joga muito bem, é verdade. Mas joga ainda melhor quando está a enfrentar o equivalente futebolístico de 11 ecopontos azuis.

(-) Fucile. Reparemos em quatro dos cinco golos do Arsenal: o primeiro nasce de uma atrapalhação de Fucile que choca contra o guarda-redes, com Bendtner a chegar primeiro à bola que o resto dos defesas; no segundo, Fucile não deixa a bola sair, reentra no campo e chuta a bola sem força para os pés do jogador do Arsenal, que fez o resto; no quarto, Fucile assiste Eboué na perfeição, num corte mal executado; por fim, um penalty absurdo causado por má colocação. Foi tão mau que me fez lembrar Sonkaya.

(-) Meireles. A imagem máxima da inépcia e da falta de inteligência. Meireles, que já foi essencial no meio-campo do FC Porto, converteu-se num jogador abaixo de banal. Está fraco, com pouco empenho e com um desânimo que nunca antes tínhamos visto, caindo em todas as fintas possíveis e imaginárias, quer elas fossem feitas ou não. Não sei o que se passou, só sei que enquanto estiver neste momento de forma, mais vale colocar o Guarín. Ao menos os adeptos riem-se.

(-) Jesualdo. A opção táctica de colocar Nuno André Coelho (sem desprimor para o coitado do rapaz que andava sem saber o que fazer em frente à defesa) como trinco neste jogo é tão má como a de Oliveira quando lançou Costa em pleno Old Trafford. Dessa vez foram quatro, aqui foi só mais um. Jesualdo insiste em tirar estas lebres da cartola nestes jogos, o que mostra claramente que não têm confiança nos jogadores que estão à sua disposição, optando por um rapaz que não tem rotinas na posição contra uma equipa que troca a bola de uma forma brilhante À ENTRADA DA ÁREA!!! (Calma...respira...) Não vou entrar em rants prolongados, porque ainda é cedo e ainda há jogos a disputar e competições a vencer, por muito pouco importantes que sejam. Mas, caro Professor, creio que já se apercebeu que perdeu o controlo do balneário em termos anímicos, para não falar nas decisões tácticas.

Depois de uma fase de grupos simpática, caímos com estrondo nos oitavos. Doeu e vai continuar a doer durante uns tempos, mas há que levantar a cabeça e seguir em frente. Falemos de treinadores e de limpezas de balneário daqui a uns meses. A senhora gorda ainda não cantou e o pano ainda não caiu.

6 comments:

o lado do futebol disse...

Mão cheia de desilusão.

Veja:
http://oladodofutebolquenuncaviram.blogspot.com/2010/03/mao-cheia-de-desilusao.html

Abraço

Nuno Geraldes disse...

Este resultado infelizmente não surpreende ninguém. A equipa está a precisar de férias. Para o ano há mais. Campeonato e Liga Europa, é claro. Faz-me confusão ver uma equipa que dantes tinha um futebol adulto agora comportar-se como uma equipazinha sem força mental e que entra em campo já derrotada. Claramente esta equipa está a milhas daquela que chegou a tetracampeã. E apenas a nível mental, porque na minha opinião a matéria prima é boa. Esqueceste-te de dar um Baroni ao Rúben Mucael, que não acertou um passe, via-se que estava a jogar a medo e completamente borrado.
Relativamente ao futuro ex-treinador do FCP, hoje cometeu um erro incomparavelmente maior que o Oliveira em Manchester, porque o Costa ao menos jogou na posição dele.

o lado do futebol disse...

Com muito gosto também já colocamos o link do teu blog no nosso.

Abraço.

Ultrasfcporto disse...

Saudações portistas,
amigo que desilusão que despedida tão inesperada, assim não, e o Jesualdo sempre a inventar e sempre nos jogos decisivos, já decidi vou dedicar-me a tempo inteiro ás modalidades, e esperar por uma vassourada naquela equipa a começar por o Jesualdo Ferreira.
Grande abraço saúde.

Jorge disse...

lá calha...mas não vale a pena deixar de seguir o futebol por causa de alguns desaires! imagina o que teria sido do nosso clube se na Grande Fome de 19 Anos os portistas tivessem desistido?...;)

Pedro Silva disse...

Que se pode dizer depois de uma derrota tão pesada e com a qual os Portistas já contavam?

Nada mais senão BASTA!!! Mas um BASTA do tamanho do nosso Amor Incondicional ao FC Porto.

BASTA de Jesualdo á frente da equipa.

BASTA de ver as Contratações para a Comissão e não para reforçar o Plantel.

BASTA de ver a Equipa com 4 Adjuntos e NENHUM Preparador Físico.

Em resumo, BASTA de Jogos em que andam a gozar com quem paga as Quotas e faz um sacrifício enorme para renovar o seu Lugar Anual.

Eu como Adepto e Sócio EXIGO que a próxima temporada seja preparada como deve ser e com um Treinador Competente e que saiba fazer frente a uma SAD que só quer ganhar Milhões á custa do nosso Clube.

Somos Porto e isto que aconteceu em Londres não é ser Porto.

Cumprimentos e Saudações Portistas!!!

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