Ex-Azuis Nº6: Esquerdinha


Épocas no FC Porto:
1998/99, 1999/00, 2000/01

(Terminou a carreira)
Foto: Real Zaragoza






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Portugal: um diagnóstico social

Fica um link para o post mais exagerado dos últimos tempos, lido no blog Atum Macaco. Se bem que tendo em conta a blogosfera portuguesa e as tiradas políticas do 31 da Armada, creio que estou a exagerar também, para entrar na onda.


Mas lá que tem piada, isso não há dúvida. Considerando que o conteúdo podia ser adaptado a qualquer um dos "grandes" portugueses (mais ao FCP e ao SLB que ao SCP, mas ainda assim arranjava-se maneira), um benfiquista que tenha sentido de humor tem de se rir com isto, por isso não fiquem lá chateados com as graçolas.


Comentários jocosos e/ou furiosos aguardam-se.

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RIP Mãos ao Ar


Em dia importante para os nossos rivais de verde e branco, gostava de fazer um pequeno apontamento aquele que foi um dos blogs inspiradores para o arranque deste pequeno projecto pessoal e que, curiosamente, ostentou durante alguns anos as cores que mencionei no arranque deste rebuscado parágrafo.


Falo do blog Mãos ao Ar.

Desde 2005 que o seguia e era sempre com grande agrado que lia as crónicas do Sancho Urraco ou do Bulhão Pato, os dois criadores do estaminé. No entanto, estes dois energúmenos decidiram acabar com o único prazer que poderia retirar de um blog sportinguista, fechando-o.

Ficam alguns exemplos do que estou a falar. Digam lá se os gajos não tinham jeito para isto!


Este são só alguns. Escolhi dez porque calhou, não venham com teorias.

Por isso R.I.P., Mãos ao Ar. Que o mesmo não suceda hoje com a carreira europeia do vosso clube, mas no Domingo deixem-se lá de tretas e voltem a jogar o costume. A gerência agradece.

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Here we go again...


Mais uma vez...lá estão as negociatas com os empresários ao barulho, agora a um nível internacional...


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Don't make FC Porto angry

Mais uma visão estrangeira da vitória do FC Porto frente ao Braga e das ramificações das decisões do CD da Liga sobre o Túnelgate.


A ler aqui, no blog Just-Football.

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FCP no Soccerlens

Esta semana figuramos no habitual podcast de segunda-feira do Andy Brassell, cronista do Soccerlens, um dos blogs futebolísticos mais respeitados do mundo.


A ver/ouvir aqui, a partir do minuto 3:05.



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Porra...



Aposto que se o Olegário fosse árbitro também deixava passar esta com um amarelo...a não ser que o gajo que tentou matar o senhor de branco se chamasse João Pereira...

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Madeira


Ficou uma coisa por dizer do jogo de ontem.


Já presenciei e respeitei dezenas de minutos de silêncio, ao vivo e na televisão, tanto em actividades desportivas como noutros locais, e o de ontem foi dos poucos que verifiquei ter sido cumprido com o respeito e dignidade que o alvo da homenagem merece. Tivesse sido por respeito puro e humano, por solidariedade com Ruben, pelas palmas ou pelo "Amazing Grace" que colocaram como música de fundo, foi um exemplo que mostrou que as pessoas por vezes até podem ser humanas quando muitas vezes não o parecem querer admitir pelos seus próprios actos.

Como conheço madeirenses que lá vivem e que, apesar de felizmente estarem sãos e salvos, olham à volta e vêem a desilusão do panorama que se lhes depara e vão ter de arranjar forças físicas e mentais para recuperar, dar a volta e trazer a beleza da ilha de volta.

É nestas alturas que as clubites se anulam e a alma fala mais alto. Só fica o sentimento.

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Baías e Baronis - FCP vs Braga


(foto retirada do MaisFutebol)

Devo admitir que nas horas que antecederam a partida não estava no melhor dos humores em termos futebolísticos. Apesar da subida de forma que a equipa tinha vindo a manifestar, dos belos resultados caseiros frente a Sporting e Arsenal e da melhoria no fio de jogo da equipa, estava apreensivo. O Braga joga bem, troca a bola com calma e confiança e tinha vindo a mostrar que o futebol não é só feito pelos melhores mas também por aqueles que mostram em campo serem pragmáticos e eficazes. Por isso fiquei em êxtase com a vitória e a exibição, garra e querer, determinação, eficácia e bom futebol, tudo de azul-e-branco. Venham de lá essas notas:




BAÍAS





(+) Varela. Enquanto vê relva na frente dele, é um combóio sem travões. Arrancou duas belas assistências na primeira parte e deu cabo da cabeça ao Filipe Oliveira que se viu e desejou para parar o extremo portista, bem coadjuvado por Álvaro. Apesar de se notar já alguma falta de pernas para aguentar 90 minutos seguidos, tal é o ritmo que impõe a todas as jogadas em que participa, durante o tempo que está em campo acaba por ser uma peça vital no nosso ataque.

(+) Álvaro Pereira. O mesmo que disse de Varela posso dizer de Álvaro, com um pózinho extra: que grande golo!!! Acho que ninguém esperava ver um tiraço tão bem colocado da parte do uruguaio, ele que sempre que antes tinha tentado rematar à baliza tinha saído para a bancada ou para os placares publicitários, mas desta vez foi certeiro. Passou o jogo todo a tirar bolas a Alan e a apoiar Varela com confiança, em grandes correrias pelo flanco. Espero que continue a crescer como tem feito desde o início da época.

(+) Falcao. Não há dúvidas que foi uma excelente compra. A forma como se antecipa ao central do Braga no primeiro golo é perfeita e está a combinar muito bem com Varela, o que tem trazido vários golos ao colombiano, algo que obviamente não se via no início da época, como é compreensível. Joga bem em frente à baliza mas acaba por ser quando está de costas que é mais valioso, dominando bolas difíceis e rodando para os médios e extremos poderem continuar a construir por forma a lhe devolverem a bola prontinha para entrar nas redes. Estou a ficar fã.

(+) Ruben+Meireles. Os dois juntos começam a mostrar o que valem. Ruben, apesar de no jogo contra o Arsenal não ter ajudado muito na defesa (andou lá mas foi pouco eficaz e tem Fernando a voar para todo o lado quando é preciso) e Meireles não subir o suficiente no terreno, hoje parecem ter encontrado um equilíbrio melhor entre eles. Meireles apareceu bem melhor que nos jogos anteriores e Ruben foi mais estático e organizador, rodando a bola para os extremos, esses sim em foco. Gostei do que vi e dá garantias de um meio-campo mais coeso, algo que nos falta desde Agosto de 2009.

(+) Mariano. Continua trapalhão, tosco e tremido em todas as vezes que está com a bola nos pés, mas hoje fez das melhores primeiras-partes que o vi fazer desde que chegou ao FC Porto. Um exemplo de garra e determinação, não desistindo de nenhuma bola, lutando até não poder mais contra todos os adversários, incluindo o mais temido: a bola. Surgiu sozinho frente a Eduardo, fez tudo bem, mas falhou a baliza por meros centímetros. Merecia o golo.

(+) Ambiente. O estádio estava cheio de gente, uns de azul e outros de vermelho, e a interacção entre ambos foi viva, dinâmica e sem problemas. Cantou-se, gritou-se, foi um espectáculo como poucos este ano ou em quaisquer outros, com manifestos das claques, apoio do público e um jogo muito bem disputado dentro do campo. Fossem todos assim...





BARONIS




(-) Posicionamento táctico de Fernando. Numa equipa como a nossa, que precisa de ter um meio-campo estruturado por forma a não precisar de recuar os extremos para pontos em que se torna difícil e trabalhoso fazer um contra-ataque fácil e rápido, Fernando torna-se um ponto de interrogação. Jogando tão perto dos centrais (mesmo quando não há ninguém para marcar na zona onde se encontra) abre espaço a mais no meio-campo, e as outras equipas já se começam a aperceber disso. De quem é a culpa? De Jesualdo, claro. É uma opção táctica válida mas com a qual não estou de acordo.

(-) Olegário. Num jogo em que tudo estava a correr bem para o nosso lado, eis senão quando o internacional e único árbitro luso que vai marcar presença no Mundial decide começar a estragar o jogo. Falhou muito e falhou demais. Falhou no penalty que não marcou contra o FC Porto (Meireles sobre Alan, creio), falhou em não expulsar pelo menos Rafael Bastos pela entrada assassina sobre Belluschi, falhou em apitar mais do que deve (o que faz SEMPRE), falhou quando marcava uma falta e no lance seguinte com a mesma configuração se esquecia de o fazer...enfim, falhou como falha habitualmente, é mais um dos apitadores que temos, que não deixa lutar nos lances banais e esquece-se de punir os lances graves. Mau.


Não estava à espera e aposto que ninguém esperava uma vitória tão gorda. Fomos melhores, fomos eficazes e mostrámos que ainda cá estamos para tentar ganhar isto. Não dependemos só de nós mas precisamos de continuar a pressionar os da frente para ainda poder sonhar. Vamos a Alvalade para ganhar, porque não temos outra hipótese. Espero que o jogo de hoje não tenha sido só uma noite acima da média e que subamos a fasquia para recuperar o atraso que, por nossa culpa, se verifica neste momento.

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Falta de gosto paga-se

Calções do Olhanense pagam tanto como falta de segurança do Benfica.


Ao ler esta notícia e constatar que os regulamentos da Liga estão tão distantes da realidade como o José Castelo Branco. A questão que se coloca é: quem é que aprovou estas doutas palavras e as fez lei.

Começo a achar que as reuniões da Liga são muito semelhantes a reuniões de condomínio. Quem já foi a uma já sabe como é que se processa. Passam-se duas horas a discutir assuntos que só interessam a um ou dois dos participantes e depois quando é altura de votar já ninguém se lembra do que raio se andou a falar nas semanas anteriores e diz-se que sim a tudo só para se ir embora.

Não venham depois dizer que as decisões se baseiam nos regulamentos e que blá blá é tudo legal. Têm toda a razão. Mas acaba por ser o mesmo que dizer que a arma que matou o vizinho disparou porque alguém pressionou o gatilho e não porque alguém o queria morto.

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União


Depois de ontem a SAD ter feito um comunicado bem escrito (apesar de um pouco excessivo na dialéctica), e tirando da cabeça o aspecto azeiteiro dos rapazes, tão embebedados pela moda jovem que lhes dizem que é "o que se usa agora", são estas atitudes que dão orgulho aos adeptos e fazem com que a união do grupo passe para fora dos balneários. Pode não adiantar de muito mas mostra um espírito que ainda não tinha visto este ano e que enche os adeptos de alegria e esperança.


Se fizerem o mesmo dentro das quatro linhas no Domingo à noite, seria um momento alto da época, talvez um dos poucos. Vamos a isso, malta!

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Hulk 4 meses, Sapunaru 6 meses





Não gosto de advogar à violência, mas se alguém atirar três sacos de fezes ao Ricardo Costa, não me oponho.

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Será desta?!!??!

Às 15h30 vou estar com os ouvidos na rádio...


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Votação: Vale a pena receber Farías de volta?


Não gosto muito de nomes no conjuntivo. Tudo que seja Jeremias, Malaquias ou neste caso Farías acaba sempre por ser um nome bíblico que me soa a antigo ou um avançado argentino que só faz golos pré-feitos. Ainda assim, "El Tecla" acabou por ser vital para a conquista do Tetra em 2008/09 e pode ainda desempenhar um papel importante este ano. A questão fica: depois do negócio Kléber ir ao fundo, vale a pena receber o argentino de volta? As respostas dividiram-se assim:
  • Sim, vai marcar muitos golos!: 59%
  • Que remédio: 40%
  • Não, vem desmoralizado: 0%
A minha opção é a segunda, mas aparentemente a malta discorda e tem fé no rapaz. A palavra é dele, quando recuperar da lesão...

Próxima votação: Conseguiremos passar em Londres?

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Oh Arsénio...

Para aqueles que já não se lembram e que como Wenger se indignaram com o segundo golo de ontem, cá fica uma prova inequívoca da memória curta que como sempre vive no futebol, cortesia do MaisFutebol:





É tramado, não é, Arsénio? Em bom português, devo-te dizer, quem tem telhados de vidro não pode arremessar mísseis balísticos às janelas dos outros. Alimpa-te a este guardanapo.

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Baías e Baronis - FCP vs Arsenal


(foto retirada d'A Bola)

Quando estava a caminho do estádio, ontem aí pelas 18h, comecei a perceber que os sinais apontavam para uma noite de sorte. Não apanhei trânsito, estava céu quase limpo e descobri um único lugar para estacionar o bólide numa zona onde estava tudo cheio menos o espaço que aparentemente reservaram para mim. "Ah, pensei eu, hoje vai correr bem!". E não podia estar mais perto da verdade: correu bem. Correu bem demais para a primeira parte medrosa e pouco agressiva que demonstrámos, correu impecavelmente bem para a débil forma física da equipa e correu muito bem para um ou dois jogadores do FC Porto, esses sim incansáveis e com a cabeça no sítio. Foi uma boa vitória, como as são todas a este nível, mas podia ter sido bem melhor. A notas:




BAÍAS





(+) Falcao. Claramente é melhor jogador do que pensei que fosse quando o vi a jogar pela primeira vez. Depois de mais entrosado e melhor integrado no tipo de jogo da equipa, é um lutador incansável durante todo o período que está em campo e a falta de rapidez que Lisandro tinha é compensada pela capacidade de jogar de costas para a baliza, do que dá muito jeito para entradas dos médios e desmarcações dos extremos. Cansa vê-lo a jogar e custa ainda mais ver árbitros, como ontem, a permitirem jogo bruto à vontade quando Falcao era puxado...e a marcarem logo falta quando ele próprio puxava os adversários. Muito bom.

(+) Fucile. Mais um que cansou ver jogar. Esteve em todo o lado, apoiou o ataque e regressava à defesa em correria louca, fazendo a espaços lembrar o grande João Pinto, tal era a abnegação em todos os lances que disputava. Apanhou várias vezes Fabregas pela frente e deu-lhe uma ou duas cacetadas valentes mas a maior parte das vezes manteve-se estóico e fez uma exibição que lhe valorizou o passe em mais um ou dois milhões de euros. Provou mais uma vez que quando quer e não inventa muito, é um excelente jogador.

(+) Helton. Deu a segurança que era preciso quando era preciso. Várias defesas simples no início do jogo e uma defesa para a fotografia depois de uma cabeçada de Bendtner somados a vários cruzamentos em que saiu a agarrar a bola com confiança e domínio pleno da área acabaram por marcar o regresso aos palcos europeus em grande para o nosso cada-vez-mais-titular defensor das redes. A falta de marcação dos defesas coloca Helton entre os não-culpados do golo sofrido.

(+) Esperteza. A forma rápida como marcamos o livre indirecto, com o beneplácito do anormal do árbitro, é um sinal de vontade, de garra e de querer ganhar como já não via há algum tempo. Depois da primeira parte com entrega mas com medo do adversário, a forma como entramos para a segunda-parte foi um sinal de que se queria virar um resultado adverso da melhor forma possível, com inteligência. Não foi um jogo brilhante mas foi o jogo possível frente a uma equipa que, ainda que desfalcada, tem muito futebol, mais que suficiente para nos vencer. Ainda assim mostrámos que não somos uma equipinha ridícula do sul da Europa e que nos batemos contra os grandes quando queremos. Pelo menos na primeira mão em casa...






BARONIS





(-) A primeira parte de Fernando e do resto do meio-campo foi atroz. A forma como a equipa recuava constantemente no terreno, fruto do intenso cagaço que tinha das trocas de bola entre Nasri, Fabregas, Rosicky, Denilson e Diaby (admita-se, quase de olhos fechados, qual deles o melhor...até Diaby me surpreendeu pela capacidade técnica), e deixava espaços tremendos à entrada da área que só não deu em remates de longe vá-se lá saber porquê. Fernando jogava colado aos centrais mas sempre de olho em Fabregas, abrindo uma cratera de espaço a 30 metros da baliza quando Bendtner era o único jogador que estava na zona, (coberto já por Rolando e Bruno Alves), o que ofereceu por completo o meio-terreno aos de Londres. Ruben e Meireles, ainda e compreensivelmente sem entrosamento, andavam meios perdidos nas trocas de posição constante dos adversários, Varela e Hulk tentavam recuar mas não muito, com as indicações que tinham para se colarem às costas dos laterais, e Falcao andava a ser empurrado por Vermaelen. Em suma, foi uma primeira-parte para esquecer e as alterações ao intervalo, com Fernando a fixar-se mais em Fabregas e a deixar Ruben e Meireles mais soltos para rodar a bola, acabaram por ditar que nos soltássemos mais para uma segunda-parte mais afoita e mais prática.

(-) Forma física. Correram muito, é verdade, esforçaram-se como poucas vezes esta época, mas que diabos, a equipa está estourada e espremida. Temos tido muitas lesões este ano e o plantel curto em termos de valia está a ficar com poucas reservas para os embates enormes que temos por aí, a continuar este Domingo frente ao Braga. Numa altura em que vai ser difícil rodar jogadores sob pena de hipotecar as chances no campeonato, temo pelas segundas-partes que vamos enfrentar a caminho.

(-) Fabianski. Ainda eu falo mal do Kralj e do Woskiak...porra, que frangueiro!


Não foi mau, mas não foi excelente. 2-1 é sempre um resultado instável nestas competições, e precisamos de um jogo como o de ano passado em Manchester para conseguirmos sacar no mínimo um empate. Vamos com alma e confiança e revejo-me nas declarações de Tomás Costa depois do jogo: "No nosso segundo golo aproveitámos bem uma distracção deles. Isso demostra que temos de estar 90 minutos concentrados." É isso, Tomy, 90 minutos de garra, é o que precisamos!!!

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Novo blog portista


Em dia grande para a nação portista, há que saudar a chegada de mais um blog ao nosso panorama. Chama-se Mística do Dragão e está disponível numa internet perto de si.


Os seus autores estão a apostar em conteúdos de opinião com cunho azul-e-branco bem vincado, aliados a uma estética acima da média do que se tem visto por aí fora nesta nossa bluegosfera.

Bem-vindos, rapazes! Levantem o nome do nosso clube ainda mais alto!

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Um Arsenal de hipóteses


Chegou a semana pela qual esperei desde Dezembro. Regressa a Liga dos Campeões, voltam os jogos de nível mundial, os confrontos de classe e as equipas que jogam a sério. Incluo o FC Porto neste grupo porque estamos lá com os 16 melhores da Europa, prontos para resgatar esta temporada com sangue na guelra, suor no rosto e a pele em campo. Para lá das metáforas bio-relacionadas, espera-nos como adversário nada mais nada menos que o Arsenal. Aqueles gajos com equipamento à Braga que têm tantos jogadores nacionais a jogar como o Nacional da Madeira sem o Ruben. Exacto, esses.


Decidi portanto tomar a minha posição na dianteira e ajudar Jesualdo a perceber como há-de dar a volta a este promontório e para evitar erros como os de ano passado em que saímos do Emirates Stadium com 4 na padiola e só não foram mais porque os meninos simpaticamente decidiram descansar para o bem-mais-importante jogo contra o Sunderland (que acabaram por empatar, agradeçam-nos, vizinhos do Norte!) e deixaram-nos a lamentar os erros próprios e chorar um resultado que não sendo efectivamente desastroso, acaba por marcar a primeira metade da época transacta.

Este ano, que temos vindo a jogar mais ou menos ao nível desses 0-4 em Londres, urge perceber se há forma de mandar estes tipos de volta com um ou dois golos no saco. Seria excelente para a moral da nossa equipa e acima de tudo para continuar a crescer o nosso prestígio europeu. Fazendo uma ronda pelos blogs da especialidade em Inglaterra, há diversos pontos em comum nas análises sobre o Arsenal efectuadas pelos blogueiros britânicos da bola que gostava de salientar:

  • Incapacidade de defender contra-ataques
Há alguma desorganização na linha defensiva do Arsenal que é colocada em causa com contra-ataques rápidos e com trocas de bola curtas e directas. Os centrais são lentos a recuperar e os laterais sofrem pela excessiva subida no terreno para desguarnecer a zona recuada ao ponto de abrir espaços. Tal pode ser aproveitado com avançados rápidos e transições lestas.

  • Caos nas bolas-paradas defensivas
Ora cá está um ponto em comum que DEVEMOS aproveitar. O Arsenal sofre muitos golos na sequência de livres e cantos do adversário e apesar da baixa estatura da nossa equipa temos de ser eficazes nas nossas tentativas de subida concertada no terreno, tentar marcar cantos e fazer cruzamentos para a área com um grau de perfeição bem acima do normal. Os homens que defendem são lentos e podemos ganhar em velocidade o que claramente perdemos em altura.

  • Desperdício de bolas-paradas ofensivas
Mais uma vez temos algo em comum com estes rapazes. Segundo as estatísticas vamos estar permanentemente a olhar para cantos e livres como futuros pontapés-de-baliza a curto prazo. Não me retira a confiança que Bendtner, Gallas e Vermaelen são perigosíssimos no jogo aéreo e as nossas marcações à zona me trazem uns suores frios que só visto, mas enfim, haja fé!

  • Ausências de peso
Tanto Arshavin como Van Persie estão de fora deste encontro da 1ª mão dos oitavos-de-final e isso só pode ser considerado como positivo para o FC Porto. Ambos são jogadores individualmente geniais, com uma capacidade técnica muito acima da média e que retiram enorme poder de fogo aos Gunners, que ficam com Bendtner como principal arma para o ataque (Reparou nas piadas? É só metáforas hoje, freguês!) e com um meio-campo criativo que será entregue a Fabregas ou Denilson.

Reparemos nas estatísticas propriamente ditas:


Tudo isto é muito bonito mas não passa de análise ao passado recente de uma equipa que está actualmente no 3º lugar da Premier League inglesa (como nós) e que tem um tipo de jogo antagónico ao nosso: nós sofremos menos e eles marcam mais. Arséne Wenger já veio dizer que não somos fáceis. Pode ser conversa mas era bonito mostrar-lhe que tem razão.

O que importa é encher o estádio e mostrar que somos grandes. O resto, vê-se em campo!

fontes:

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Baías e Baronis - Leixões vs FCP


(foto retirada do MaisFutebol)

A foto que escolhi estaria de acordo com o jogo se as personagens estivessem ao contrário. O jogador do Leixões no chão e o do FC Porto a tentar jogar à bola. Foi o anti-jogo que já temos encontrado noutros encontros e que para além de transformar o jogo numa soneira acaba por enervar os meninos de azul-e-branco, incapazes de dar a volta a esta situação recorrente e que acaba por tramar os "grandes" que não têm estaleca para o assumir. Perdemos dois pontos e acima de tudo perdemos a embalagem que vínhamos a ganhar nos últimos jogos. Notas abaixo:




BAÍAS





(+) Helton. O zero que está do lado do Leixões deve-se em grande parte ao brasileiro que nos guarda as redes. Esteve impecável, seguríssimo e imperial durante todo o jogo, com defesas calmas e saídas imponentes dos postes, a dar confiança à defesa e a garantir a força da linha mais recuada.

(+) Ruben. O nosso futebol com ele é melhor, mais simples apesar de mais lento, os passes saem melhor e com mais precisão, as jogadas desenrolam-se com maior certeza e com um semblante de fio condutor que até faz acreditar no melhor. Tivesse ele companheiros no meio-campo à altura e não precisávamos de lamentar a falta de golos. Levou um amarelo incompreensível e o mesmo se pode dizer do penalti sobre ele que ficou por marcar, só se entendendo porque os 3 metros a que Bruno Paixão se encontrava não lhe permitiram vislumbrar a falta. Otário.







BARONIS





(-) Falta de eficácia. Todas as situações contabilizadas, a culpa deste empate tem claramente de ser atribuída aos avançados do FC Porto. Varela, Belluschi e até Falcao falharam golos que não se podem falhar a este nível e em particular quando se disputam pontos vitais para o campeonato. De notar que estas falhas são individuais e não colectivas, porque a equipa, para além de alguma falta de agressividade inicial, compensada especialmente depois da entrada de Tomás Costa, acaba por não ter influência directa no resultado, ou neste caso, na ausência dele.

(-) Belluschi. Mais um jogo perdido por parte do argentino. Sem falar na absurda fantasia capilar que o rapaz ostenta no escalpe, foram passes falhados, falta de pressão no meio-campo e criatividade quase nula na frente de ataque. Safou-se um remate à trave que não passou disso: um esporádico remate à trave e um deserto de ideias durante os minutos em que esteve em campo. É óbvio que é uma aposta furada e está a convencer os adeptos que não merece estar no plantel.

(-) Varela. Não pelo que fez, mas pelo que não fez. Não marcou, não conseguiu ser o Varela do costume e mostrou que quando está nervoso ainda é mais trapalhão que o normal. Teve algum azar mas isso não explica tudo.

(-) Anti-jogo. Eu sei, eu sei, as equipas pequenas têm de usar as armas que estão ao seu alcance. Mas valha-me Santo Gregório de Albergaria, era preciso atirarem-se para o chão constantemente durante a segunda parte do jogo? Começava a ser ridículo ver os rapazes a tombar, fosse com câimbras ou com outras maleitas inventadas...


O que mais incomoda é que depois de ver um jogo fraquinho do Benfica contra o Belenenses, os da Luz acabam por vencer com um singelo golo e não criarem grandes oportunidades extra para aumentar o marcador. Nós, com várias chances, zero. Eles à frente e nós em terceiro. Tem sido esta a história desta época...

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Guerra ao Guerra


Mais uma vez Rui Moreira apresenta-se como um dos melhores oradores portistas que há memória. Na crónica desta semana publicada como de costume n'A Bola, desfere um ataque cerrado e bem merecido ao pseudo-paladino da verdade e defensor dos bons costumes (dele) que dá pelo nome de Fernando Guerra, um daqueles que diz "à lá Fox News" que o mundo era muito melhor antes de aparecer Pinto da Costa e que quando era novo e o vermelho imperava é que as coisas eram lindas, os pássaros chilreavam alegremente, as flores cheiravam a harmonia e a Terra estava em paz. Enfim, poetas de karaoke como diria Sam the Kid.


Eis o excerto de que estou a falar:

NO domingo, apresentei o livro O caso Calabote do jornalista João Queiroz. O autor fez um trabalho sério de investigação, pesquisou documentos da época e entrevistou os sobreviventes. Ao contrário de outros livros sobre casos do nosso futebol, Queiroz não construiu uma tese conspirativa nem romanceou os factos; não tomou partido nem especulou sobre o sucedido. Fica claro que Calabote não foi irradiado por atrasar o início ou adiar o fim do jogo crucial que o Benfica disputou com a CUF, ou por influenciar o decurso do marcador. O árbitro, já em final de uma carreira marcada por várias polémicas em que o Benfica era sempre beneficiado, foi irradiado por ter sido contumaz no falseamento do seu relatório, recusando-se a admitir que iniciara o jogo depois da hora.
Nada há de fantasioso na lenda Calabote. Havia, isso sim, um mito, grato aos benfiquistas, que agora fica desfeito: de que o pobre árbitro fora vítima da sua proverbial teimosia e de que nada de extraordinário acontecera nessa última jornada em que o FC Porto esteve quase a perder o título por goal average. Ora, o árbitro foi cúmplice activo no adiamento do início do jogo, em que marcou três penalties contra a CUF; o guarda-redes titular deste clube teve de ser substituído ao intervalo por indecente e má figura e confessaria que «faz pena, depois de tamanho esforço verificar que o Benfica não conseguiu chegar a campeão!»; Valdivieso, o adjunto do Benfica, esteve no banco do Torriense e ajudou a orientar a equipa contra o FC Porto cujo treinador já fora convenientemente contratado pelo Benfica para a época seguinte. Calabote nunca foi acusado de corrupção e viria a confessar, a propósito desse caso: «Sabe, eu nunca precisei que me dessem dinheiro, porque sempre fui do Benfica!»

Fernando Guerra não leu o livro, mas ouviu dizer que aproveitei para fazer ligação ao túnel do Braga e aos erros que beneficiam o Benfica. Foi pena que não tivesse aparecido porque ter-me-ia ouvido contextualizar os dois episódios. É que, em meio século, o futebol mudou muito com as transmissões radiofónicas em cadeia, os jornais desportivos diários, as televisões que escrutinam todos os detalhes do jogo. A batota esconde-se agora nos bastidores, longe do escrutínio de todos, seja na escuridão dos túneis ou nas manobras de secretaria. O que não mudou é o branqueamento dessas situações, por causa do estrabismo que atinge alguns jornalistas quando o beneficiário directo ou indirecto é o Benfica. De facto, meu caro Fernando Guerra, sou colunista e não escondo o meu fervor clubista. Nisso serei mais parecido com o Inocêncio Calabote, que confessava essa sua fragilidade com candura, do que com os justiceiros que se refugiam na interpretação diversa da lei para dissimular a sua parcialidade ou, já agora, com alguns jornalistas que fingem ser descomprometidos mas sucumbem ao proselitismo.

Sem comentários. Continua, Rui, é de cronistas com tu que precisamos!

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Ode a Mariano


O prometido é devido. O rapaz fez um bom jogo e então tive de activar a minha fraquíssima veia poética para homenagear o nosso Mariano.

Aham. A pedido de diversas famílias, cá vai:

Com a camisola já de suor manchada
apareces sem parecer reparar
que te foge quase sempre da alçada
a bola que em vão tentas controlar.
Em atitude que é tão tua e desvairada,
tropeçando, cambaleando a lutar,
ouves adeptos que gritam sem demora:
"Jesualdo, põe o Mariano cá fora!"

Quantos dias não passaste em tristeza,
rodeado de família e bons amigos,
frustrado na lamúria da dureza
dos Portistas que tinhas por inimigos.
Mas um dia, ah benesse da Natureza
foste encarar de frente os perigos,
esqueceste a ignomínia do insulto
e tentaste ir atrás de um indulto!

Engrandeces a camisola que ostentas
de azul-e-branco lindo e imaculado,
ultrapassas toda a fúria das tormentas
com dois golos! Aleluia, mal-amado!
Foi a paga das vezes que te lamentas
e respondes com voz de homem enervado:
"Para mim uma besta é de trabalho!
E agora? Quem me manda pro caralho!?"

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Baías e Baronis - FCP vs Académica


(foto retirada do MaisFutebol)

Ontem escrevi aqui no blog que o jogo ia ficar 1-0. Não me enganei e parecia haver boas razões para tal acontecer. O jogo, no entanto, surpreendeu-me. Foi vivo, dinâmico e apesar de nem sempre ter sido bem jogado acabou por ser um bom espectáculo com a Académica a fazer uma exibição cheia de personalidade, estrutura táctica (ao contrário dos anfitriões) e atrevimento ofensivo, completamente diferente do que tinha feito no campeonato aqui há uns meses. E só nos safou o doido do Mariano que se lembrou de fazer um remate perfeito perfeito e colocar o seu clube na sua primeira final da Taça da Liga. Vamos lá então a notas:




BAÍAS





(+) Mariano. Quando disse depois do jogo contra o Sporting que a bracadeira do FC Porto tem poderes mágicos, estava numa de ser jocoso. Mas começo a acreditar em cristais e em reiki e no poder curativo do Professor Bambo quando vejo golos como o de ontem. Mariano, até à saída de Bruno Alves, tinha sido não um mero espectador, mas um parcial destruidor das jogadas ofensivas da equipa. Num nível acima de Guarín (era complicado), conseguia falhar passes e perder bolas infantis, dando a iniciativa ao adversário. Sai Bruno, muda a bracadeira para Mariano, pling! É correr pelo flanco direito, são remates fortes, é a garra que volta e um golo de execução magistral que acaba por ser merecida. Mariano é um jogador emocional, que substitui o talento pelo esforço e que não desiste mesmo quando as coisas não lhe correm bem, o que acontece quase sempre. Ontem deu-nos 500 mil euros. Já lhe paga o salário para uns largos meses.

(+) Ricardo Carv...perdão, Nuno André Coelho. Esteve muito bem e provou que afinal não está na lista dos dispensáveis. A forma subtil com que se colocava perante o ataque adversário e roubava a bola dos outros rapazes fazia lembrar o agora jogador do Chelsea, com quem já por diversas vezes foi comparado noutros tempos.

(+) Nuno. Apesar de apenas conseguir agarrar a bola à segunda, esteve bem, seguro e salvou várias chances de golo da Académica. Foi a par de Mariano o responsável pela qualificação.

(+) Ruben. Notou-se claramente que a partir da sua entrada a equipa mudou. Guarín estava a ser o principal responsável por levar a equipa para a frente com o seu estilo...a sua ausência de estilo a ser um handicap tremendo. Ruben joga mais, muito mais, mais simples, mais prático e mais eficiente. Conseguiu um feito tremendo: pôs os adeptos a chamar por ele ao fim de 4 jogos, o que é complicado num clube como o FC Porto. Parabéns.

(+) Académica. Da equipa hiper-mega-defensiva que vi a jogar cá para o campeonato só sobraram as camisolas. Villas-Boas conseguiu introduzir uma estrutura táctica que não abana, a mostrar saber e astúcia na colocação dos jogadores em campo e a encostar os ingénuos jogadores do nosso meio-campo para terrenos que não sabem calcar. Valorizou a nossa vitória e merecia um pouco mais, mas no final quem ganha é quem marca...






BARONIS





(-) Guarín. Este rapaz está a ultrapassar Mariano nos meus pequenos ódios de estimação. Ao passo que Mariano é um jogador que eu gosto de criticar porque é um jogador à minha imagem (ou melhor, é um tipo que joga tanto quanto eu e tem o mesmo perfil: pouca inspiração e muita transpiração), Guarín é só mau. Mau tacticamente, mau tecnicamente, mau quando perde a bola e imediatamente ceifa as pernas do adversário, mau na visão de jogo, mau no passe, mau na organização defensiva...só se safa o remate forte, que só não é mau porque um em cada vinte deles vai em direcção à baliza, e em termos de rácio no FC Porto, não é fraco, infelizmente. Guarín está mais uma vez a perder para Tomás Costa por culpa própria. Não se adaptava a trinco, não se adapta a médio-ala e não se adapta a interior. Acho que de facto não se adapta ao FC Porto.

(-) Belluschi. Mais um jogo, mais um desperdício. Falha passes demais, continua muito hesitante e está a ser uma tremenda desilusão para os adeptos.

(-) Experiência táctica. O 4-1-3-2 falhou redondamente, mais uma vez. Quiçá com outros jogadores (Meireles e Ruben a titulares) poderia ter sido um pouco mais eficaz, mas a forma como Valeri e Belluschi andaram a passear em campo, juntamente com Guarín que parecia achar que o jogo decorre à velocidade de um pique do Moniz Pereira (parabéns pelos 89 anos!), minaram a estrutura e deixavam Tomás Costa a voar de um lado para o outro a tentar tapar os buracos que eram deixados. Jesualdo quis experimentar mas mal viu que as coisas não estavam nada bem reverteu para o 4-3-3 com Varela, e as coisas ficaram melhor. Como era evidente.


Uff. Este já está, estamos na segunda final do ano (Supertaça em Aveiro já cá canta) e é, como todas as finais, para ganhar. Só tenho pena que seja no Algarve, senão muito provavelmente tentaria ir ver o jogo, mas assim sendo torna-se menos viável. De volta ao campeonato agora, está aí o jogo contra o Leixões que é essencial vencer, com um golo do Mariano à entrada da área ou com uma bicicleta do Falcao ou até com um cabeceamento do Miguel Lopes, de qualquer forma são três pontos que terão de ficar do nosso lado!

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A Besta


Não tem sido normal fazer posts sobre jogadores de outras equipas, mas este rapaz merece uma pequena excepção. Seria sem qualquer dúvida omisso da minha parte deixar passar os eventos de ontem na meia-final da Taça da Liga entre Sporting e Benfica sem comentar devidamente.


Quem me conhece sabe a que nível coloco o já-não-tão-jovem jogador do Sporting, João Pereira. Formado no Benfica, cresceu em Braga e ganhou nome no futebol português como um lateral rápido, agressivo, que luta pela vitória e que coloca tudo em campo. Acabado o louvor ao rapaz, sigo do prélio para o motivo desta pequena análise: João Pereira é, sem grandes rodeios, uma besta.

Mas então...luta, esforça-se, deixa a pele em campo, blá blá, e é uma besta? Sim, uma besta.

Comparo muitas vezes João "A Besta" Pereira ao nosso Jorge Fucile. São similares em estilo, ambos bastante agressivos e lutadores, algo displicentes quando acham que não é preciso correr tanto ("se calhar até dá para fintar este, oh porra que já perdi a bola, cá vai um toquezinho no calcanhar e espero que o árbitro não veja, oh porra amarelo agora tenho de ter cuidado") e acima de tudo são laterais que transfiguram o jogo de uma equipa pelas suas próprias características, aparecendo a fazer o overlap muitas vezes durante o encontro, arrastando defesas adversários e criando espaços nas alas. João e Jorge são parecidos, mas não iguais. Fucile também sofre de alguma Pereirite em excesso, mas controla-se, especialmente nos jogos grandes. João não.

Como o Inter com Materazzi, o Manchester United com Vidic ou o Corinthians com Roberto Carlos, João Pereira é um risco para a sua equipa, uma liability, se quiserem. Jogar com João Pereira é arriscar a qualquer altura ficar com 10. E quando se apanha um Benfica em forma, é o mesmo que entregar o ouro ao bandido.

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Só um!


Recorrendo rapidamente à estatística, vamos rever todos os jogos realizados no Dragão a contar para a maravilhosa competição que é a Taça da Liga:


2008/09:
vs Setúbal, 2-1
vs Académica, 1-0

2009/10:
vs Leixões, 1-0

O meu prognóstico para amanhã: uma vitória por um golo. Já me chega.

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Baías e Baronis - FCP vs Naval


(foto retirada d'A Bola)

Não foi genial, mas cumprimos o objectivo. Recuperamos 2 pontos para o Benfica, ficamos mais 3 à frente do Sporting e ficamos à espera de saber se o Braga amanhã consegue manter a vantagem. Num jogo que tinha tudo para ser mais fácil do que foi, a equipa acaba quase sempre por complicar quando deve simplificar, recuar quando deve pressionar e relaxar quando deve acelerar. Enfim, o costume. Notas time:




BAÍAS





(+) Falcao, de novo. É inegável que está a atravessar um excelente momento de forma, marcando em vários jogos consecutivos e acima de tudo funcionando como um pivot quase perfeito para os outros avançados e médios ofensivos surgirem no espaço. Mais um golo pleno de oportunismo e capacidade de colocação na área, a somar a uma assistência para o golo de Varela. Tem um pormenor delicioso onde saca um cartão amarelo a Daniel Cruz que me vai ficar na memória.

(+) Helton mostrou hoje como se deve exibir um guarda-redes de uma equipa de nível mundial. Tocou poucas vezes na bola, mas sempre que tal aconteceu fê-lo com segurança e a mostrar aos companheiros da defesa que estava lá se fosse preciso. Evitou o 1-1 por diversas vezes e a defesa que fez depois de remate de Simplício acabou por deixar um grande marco no jogo. Caso não o tivesse feito, o jogo teria sido bastante diferente. Obrigado, Helton, pelos três pontos!

(+) Fucile esteve de novo em grande nível. Foi um tampão a muitas jogadas da Naval pelo seu flanco, recuperando sempre com grande velocidade e com a agressividade suficiente para roubar muitas bolas aos avançados e servindo para a frente com certeza no passe.

(+) Tomás Costa marcou um golo merecido e apesar de nalguns períodos da primeira parte ter parecido meio perdido em campo, cedo recuperou o posicionamento e foi muito importante na cobertura a Ruben e especialmente a Belluschi, que nunca sabia onde devia estar.







BARONIS





(-) Infelizmente esta época já está conhecida como a época do relax pós-intervalo. Continua a acontecer consecutivamente, numa altura em que o FC Porto está à frente no marcador, acaba por tentar descansar cedo demais e arrisca sofrer um golo que pode ser vital para a equipa adversária. Não estamos em alturas de facilitar um minuto que seja, porque numa desatenção defensiva, um passe transviado, um cruzamento sem olhar ou uma descoordenação a meio-campo podem ditar perdas de pontos, que nesta altura poderiam ser fatais.

(-) Belluschi esteve mais uma vez absurdamente mal. Passes falhados a rodos, lentidão e indecisão depois de passar o meio-campo acabam por transformar um crescendo de forma aparente num pico que parece já ter passado. Espera-se pelo regresso de Meireles.

(-) Varela esteve abaixo do normal. O golo acaba por salvar uma exibição fraca, trapalhona e com pouca clarividência. Continua a marcar e a fazer jogar mas parece estar em baixo fisicamente e a equipa pode-se ressentir disso num futuro bem próximo. Se ao menos tivéssemos Hulk para ir jogando, mas nem isso...

(-) A equipa da Naval é mais uma das que devia descer de divisão já este ano, juntamente com mais umas 6 ou 7. Enquanto o jogo esteve empatado, defenderam com 11 jogadores. OK, é normal, dirão. A perder por 1, continuaram a defender com 11. A perder por 2 e por 3...também. É fraco demais, é mesquinho e pobre. Inácio, que já foi campeão nacional uma vez como treinador principal e algumas como adjunto, já tem experiência para saber que não tem nada a perder se jogar para ganhar. Porque jogar para não perder tende a dar nisto. E ainda bem.


Três pontos conquistados, dois recuperados e algumas dúvidas. Ao intervalo falei com o meu pai e aparentemente pela TV o jogo estava a ser bem agradável e activo. Ao vivo, fiquei com a mesma ideia que tenho vindo a criar sobre a equipa: estamos melhor, mas não o suficiente para me convencer que estamos prontos para mostrar futebol a sério. Mas uma coisa já dá para notar, a equipa está a jogar algum futebol que era incapaz de fazer aqui há dois meses e muita dessa mudança se deve a Ruben. Vamos ver quando regressarem Meireles, Rodríguez e especialmente Hulk. Até lá temos um jogo para ganhar na quarta-feira!

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Transferência?

(in O Jogo)

Tenho-me mantido aparte destas controvérsias todas porque fundamentalmente gosto de futebol e acredito que lutar contra metafóricos moínhos de vento é uma perda de tempo. Ainda que possa haver uma campanha deliberada para abater o FC Porto (e por arrastamento o Braga) como alegam muitos blogs portistas, opto por não me envolver nestas questões porque não ajuda nada à qualidade do jogo no terreno, o que verdadeiramente interessa.

Ainda assim, achei piada ao lapso na nota de culpa ao Sapunaru. Eles são tantos processos disciplinares que um gajo até se engana. Se eu me quisesse juntar aos teóricos da conspiração, cá ia mais uma acha para a fogueira. Como não o faço, limito-me a achar que Renato Dias Santos é um senhor ingénuo que não relê o que escreve.

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Valeri out, Ruben in


Aqui está mais uma confirmação da falta de confiança que Jesualdo coloca nalguns dos jogadores que tem no seu plantel e que entraram ainda este ano. É certo que Ruben Micael e Valeri competem pela mesma posição e que o madeirense fez mais em três jogos que o argentino no resto da época (apesar de terem sensivelmente o mesmo número de minutos, Ruben com 258 e Valeri com 275), mas Valeri acaba de perder muito terreno na luta por uma eventual titularidade.

Valeri pouco tem mostrado de positivo e mesmo com a baixa forma de Belluschi desde o início da temporada, nunca o ainda jogador do Lanús se conseguiu mostrar em nível suficiente para convencer o treinador a dar-lhe uma oportunidade a sério na equipa titular. É mais um exemplo, a somar ao de Prediger e outros no passado (Mareque, Bolatti, Benítez et al), que o mercado argentino nem sempre serve para enriquecer o plantel mas sim para encher os bolsos de alguns empresários. E tantos putos a pedir para jogar...

De notar igualmente a entrada de Nuno André Coelho para o lugar de Sapunaru. David Addy vai ficar a ver a Champions' da bancada, o que era expectável tendo em conta o pouco tempo que tem de azul-e-branco.

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Baías e Baronis - FCP vs Sporting


(foto retirada do MaisFutebol)

Já há muito tempo não saía do Dragão com um sorriso tão rasgado. Há meses que não ganhávamos de uma forma tão convincente, jogando um futebol vivo, agressivo e prático, com trocas de bola rápidas e bem orientadas, com gente que sabia ou parecia saber o que fazia em campo, de tal forma que demolimos uma equipa que não é tão má quanto aparenta. Os pobres sportinguistas que foram ver o jogo saíram vergados a uma derrota pela mesma diferença que nós, na época transacta, sofremos em Alvalade para a outra Taça. E não se podem queixar de nada a não ser deles próprios e do azar que tiveram em apanhar a melhor exibição da temporada do FC Porto. To the notes:




BAÍAS





(+) Falcao. É inegável que está em grande forma, mas o que mais impressiona é a maneira como continuamente marca golos em diversas situações, desta vez com um remate de fora da área (com a ajuda de Rui Patrício) e outro de ponta-de-lança, na finalização de mais uma excelente jogada de Ruben Micael. Mexe-se bem, controla bem a bola e é um perigo quando tem espaço. Parece ser lento nos movimentos mas é rápido a executar e a despachar-se dos defesas que tem constantemente à sua volta. Excelente.

(+) Vou comprar uma vergasta, está decidido. Quando Mariano faz um jogo destes depois da miséria que fez na Madeira, o mundo está um pouco torcido ou então a bracadeira de capitão tem poderes mágicos. Dá elevação sobrenatural a Bruno Alves e dá ânimo a Mariano. Ver o argentino como capitão do FC Porto já foi deveras peculiar, vê-lo a dar um nó enorme ao João Pereira entusiasmou, observar o remate que deu o 5º golo do ângulo que me foi possível, em linha recta para a baliza e ver a bola a entrar, foi genial. Mas o que mais impressiona neste fulano é o esforço que coloca em todas as jogadas. Acabou quase de gatas, sem mais para dar. Como já disse incontáveis vezes, Mariano é um lutador, um guerreiro. Se soubesse jogar à bola (pelo menos consistentemente) era um ídolo. Mariano, penitencio-me perante o gigantesco jogo que fizeste hoje. E se jogares assim no Domingo contra a Naval, escrevo uma crónica em forma de poesia sobre ti.

(+) O mesmo que disse sobre Mariano aplica-se a Maicon, apesar de uma forma não tão intensa. Maicon jogou simples, duro e bruto, sem inventar e a impedir que a sua lentidão se tornasse como um handicap para tentar deter Liedson. Não se notou que Bruno Alves estava de fora, o que creio ser suficiente para caracterizar a sua exibição. Evitável o "chega-para-lá" na segunda-parte, que poderia ter resultado na sua expulsão.

(+) Ruben Micael. Desde que Lucho saiu que não via isto ao vivo. É esperto, bom tecnicamente e eminentemente prático. Ainda um pouco indeciso quando chega muito perto da área, acaba por ser exactamente o que precisávamos para recuperar as famosas transições defesa/ataque. Entendeu-se bem com Fernando e Belluschi, com quem formou o improvável meio-campo que demoliu por completo os oponentes na mesma zona. Assenta como uma luva na posição que ocupa, resta saber se Jesualdo o irá mudar para o lugar de Belluschi quando Meireles estiver em condições.

(+) A agressividade que colocamos em campo durante o jogo foi muito acima da média e era algo que os adeptos pareciam já ter esquecido, tal era a forma passiva com que vinha a exibir-se. Já na Madeira tínhamos arrancado uma boa exibição (contra 10, certo) através da pressão no meio-campo, e hoje confirmou-se uma maior disponibilidade física e acima de tudo mental para o fazer. Gostei de ver e espero que a equipa aguente a enorme carga que vai ter de suportar durante o mês de Fevereiro.







BARONIS





(-) Sporting. Para uma equipa fazer um super-jogo, normalmente a outra equipa realiza um sub-jogo. Foi isso que aconteceu com o Sporting. Raramente se entenderam do meio-campo para a frente, limitando-se a enviar bolas longas para Saleiro ou Liedson que raramente causaram perigo à muito atenta defesa do FC Porto. Moutinho esteve trabalhador mas...inconsequente. Veloso esteve atento mas...inconsequente. Izmailov foi talvez o único que causou perigo enquanto aguentou das pernas, marcou um belo golo mas não chegava. Era Marat mais nove, porque Rui Patrício esteve a dormir o jogo todo, Grimi esteve a besta do costume, agressivo em demasia quando nada o exige e macio quando é preciso ser rijo. Foi uma das equipas do Sporting mais desgarradas que me lembro de ver ao vivo.

(-) Fucile. Facilita. Brinca. Perde a bola. Golo do adversário. Não é a primeira vez e infelizmente não será a última. Dá vontade de lhe dar dois bananos no focinho sempre que começa com as tradicionais infantilidades que enervam os adeptos e colocam a equipa e o resultado em risco.

(-) Voltamos a cair nos mesmos erros e no mesmo enervante e absurdo relaxamento depois de marcar um golo. Felizmente contámos com uma equipa fraquíssima do outro lado que para lá do golo que marcou nunca mais conseguiu conter o renascimento do FC Porto, mas é recorrente ver a equipa a recuar depois de se colocar em vantagem. Se a outra equipa desse mais luta teria havido muito mais dificuldades para recuperar a diferença no marcador.


Duas cadeiras do meu lado direito estavam três adeptos sportinguistas. Pai e dois filhos. Saíram 5 minutos antes do final da partida, desejando boa noite aos portistas perto dos quais se sentaram e com quem durante o jogo estiveram a trocar algumas impressões. Só nesse momento me apercebi que apoiavam o outro lado. Raramente se manifestavam, mantinham a cabeça para baixo e suspiravam imenso durante o jogo. Ao contrário, os meus habituais colegas de bancada exultavam com a fugaz glória de uma exibição que nos encheu de alegria. Só peço uma coisa aos rapazes de azul-e-branco: por favor, mas por favor não vão perder a Alvalade daqui a umas semanas. Seria uma facada nas nossas aspirações e uma vingança saborosa para os leões. E pelo que vi hoje, custava-me ainda mais hipotecar as nossas chances na Liga às mãos de uma equipa tão fraca...

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Segunda metade


Vejam lá como fica o plantel para a segunda parte da temporada:

-------
Helton
Beto
Nuno
-------
Fucile
Miguel Lopes
Álvaro Pereira
David Addy
Bruno Alves
Maicon
Rolando
Nuno André Coelho
-------
Fernando
Tomás Costa
Guarín
Belluschi
Valeri
Ruben Micael
-------
Cristián Rodríguez
Mariano González
Falcao
Varela
Farías
Orlando Sá

Entradas:
David Addy (ex Randers FC, Dinamarca)
Ruben Micael (ex-Nacional da Madeira)

Saídas:
Hulk (castigado ad-aeternum)
Sapunaru (castigado ad-aeternum e consequentemente emprestado ao Rapid Bucareste)
Prediger (emprestado ao Boca Juniors da Argentina)

Analisando sector a sector, na baliza tudo na mesma, e em termos defensivos temos uma substituição que muda um pouco a filosofia que havia em termos de alternativas adaptadas. Passo a explicar. Sapunaru funcionaria como lateral direito em situação natural, podendo ser usado como defesa-central quando fosse necessário. Miguel Lopes e Fucile funcionavam como defesas laterais, tanto esquerdos como direitos, e até Tomás Costa, Rodríguez ou Mariano podiam funcionar como alas recuados, dependendo do jogo e da estratégia. A defesa reestrutura-se com a saída de Sapunaru e a entrada de Addy, que para além de ter um nome que parece um alentejano a dizer "somar" em inglês, é totalmente desconhecido cá na urbe.

Para o meio-campo chegou talvez o elemento que será mais importante, tão fraca tem sido a prestação nessa zona do terreno dos rapazes que a povoam. Ruben já fez mais em dois jogos que Guarín em toda a época e Belluschi parece poder jogar ao lado do madeirense, tendo dado boas indicações na Choupana. Meireles e Fernando poderiam ocupar os outros pontos de um novo 4-4-2, ou até num extremo 4-2-2-2, com maior abertura para os flancos e mais cobertura no meio do terreno. Mariano e Rodríguez seriam jokers, jogando onde Jesualdo lhe aprouvesse. Na frente, nada de novo, depois de tudo ter parecido diferente. Kléber chegou e zarpou de novo, Farías foi-se e voltou outra vez. Se Lavoisier fosse vivo, apostava que Farías se transformava. Como o químico francês já está convertido em estrume há algum tempo, refuto a sua teoria. Farías não se transformará em nada, vai continuar a ser o mesmo Ernestinho do costume, a marcar os golos fáceis e a complicar o que parece simples. Com Falcao certo no onze e Varela a rasgar tudo, restaria Orlando Sá para aproveitar alguns amontoamentos na área.

Parece-me curto, para além de fraco. Se dá uma caganeira ao Varela ou ao Falcao, toda a estratégia ofensiva cai por terra e ficamos com o moralizadíssimo Farías para marcar golaços como só ele sabe, municiado de forma magistral pelo génio que é Mariano "ai-que-lá-se-me-vai-a-bola-outra-vez" González.

Quando comparado com plantéis de anos transactos, fico a tentar descobrir alguma mais-valia e custa-me encontrá-la. Tínhamos Paulo Assunção, temos Fernando. Tínhamos Lucho, temos Ruben Micael. Tínhamos Lisandro, temos Falcao. Tínhamos Pepe, temos Bruno Alves. Tínhamos Cissokho, temos Álvaro. Tínhamos Alan, temos Varela. E só nestes dois últimos é que vejo melhorias...

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Votação: Ruben Micael ou Belluschi?


Ruben Micael está a mostrar serviço e parece querer assumir um papel na equipa principal, não se sabendo ainda qual é que esse papel vai ser. Quer a jogar na direita quer na esquerda do meio-campo, Ruben fez duas boas exibições e os adeptos esperam mais. Dado que poderá servir como alternativa a Belluschi, perguntei: um ou outro?
  • Ruben Micael: 70%
  • Belluschi: 29%
Aparentemente faltou-me a terceira opção: ambos. Pareceram entender-se bem na Choupana, e logo é possível que voltem a alinhar juntos. É o que dá espetar inquéritos no blog às 2 da manhã...

Próxima votação: Vale a pena receber Farías de volta?

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E agora sai este...

(foto retirada d'A Bola)

Mais que o Kléber ou o Farías ou o novo potencial reforço David Addy (ver aqui a notícia), preocupa-me mais a saída de Fernando Gomes da SAD por alegadamente discordar da política de gestão da mesma. Numa altura de grande crispação na opinião pública e um sentimento em geral anti-portista que está a reaparecer na sociedade, o facto de não conseguirmos apresentar uma frente unida mostra que há algo de errado dentro de portas. E isso aborrece-me mais que avançados gananciosos ou guarda-redes frangueiros.

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Farías no FC Porto, adeus Kleber!


Novo reforço do FC Porto, vindo do Cruzeiro. F***-se.

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Baías e Baronis - Nacional vs FCP


(foto retirada do blog Carrega Porto)

Foi um jogo fácil demais, em grande parte causado pela expulsão (justa) do jogador do Nacional, que teve a pior estreia possível na Liga. Conseguimos jogar bastante bem, particularmente do meio-campo para a frente, com Álvaro e Varela a rasgar as alas, Micael a orientar o meio-campo com qualidade e Falcao a mostrar o porquê de ser o melhor avançado do FC Porto. Gostei, e teria gostado mais se tivesse acontecido contra 11. Vamos a notas:




BAÍAS



(+) Álvaro estava como queria. Raramente teve de defender, apanhou um corredor enorme e desimpedido pela frente e não se fez rogado. Zarpou por ali fora como um cavalo de competição, fez duas assistências perfeitas para Falcao concretizar e foi o principal impulsionador do nosso ataque, sempre com velocidade alta e bom domínio de bola. Está a ser um dos melhores jogadores do plantel este ano.

(+) Varela também esteve bem, a tentar sempre que possível a linha, baralhando os defesas do Nacional que, valha a verdade, não são grande coisa. Foi incisivo, marcou por duas vezes, com um penalty idêntico aos que tinha marcado ao Belenenses e uma correria depois de passe de Micael que acabou no nosso quarto golo. Continua um pouco trapalhão mas compensa com esforço e produtividade...ouviste, Mariano? (ver abaixo)

(+) Ruben Micael (ainda não decidi se lhe chamo Ruben, Micael ou os dois juntos) está a tentar provar que a sua contratação foi acertada, e se continuar a jogar ao ritmo que o fez ontem, será uma tarefa fácil. Sempre que tinha a bola criava perigo, fosse com passes a rasgar as defesas ou com rotações simples para o flanco, trouxe uma clarividência que este ano ainda não tinha visto. Palavra que por vezes parecia que Lucho ainda estava a jogar, tal era a diferença do seu toque de bola para os outros que lá costumam andar. Gostei de ver o empenho, o esforço e a qualidade. Só foi pena ter levado tanta pancada dos seus ex-colegas que teve de sair tocado e sem conseguir marcar o golo que merecia.

(+) Falcao está em forma de novo, e marca duas vezes em trabalho puro de ponta-de-lança, sempre bem municiado por Álvaro Pereira. Continua a trabalhar imenso como pivot, a reter a bola à espera que os médios ofensivos (finalmente dois!) apareçam para rematar. Que continue assim na terça-feira!!!






BARONIS





(-) Mariano, mais uma vez, foi uma nulidade. Quase sempre que teve a bola nos pés acabou por estragar jogadas da equipa e perder a bola, ou então passar a bola com força a mais e o destino era o mesmo, bola perdida. Foi fraco demais para uma das primeiras opções alternativas, e questiono-me o porquê de termos emprestado Candeias e Ukra quando este rapaz, sinceramente, não dá uma para a caixa. Pelo lado positivo, quando Rodríguez saiu lesionado e Mariano entrou para o seu lugar, Varela trocou para o lado esquerdo onde conseguiu criar ainda mais perigo para o ataque. Sem querer estiveste bem, Mariano!

(-) A caça ao Ruben que se verificou ontem foi absurda. Manuel Machado veio no fim do jogo reclamar do penalty que Fucile teria cometido (admito que sim) e da excessiva e não-punida agressividade de Fernando. E o que dizer de Leandro Salino e Luíz Alberto, que sempre que se aproximavam de Ruben tentavam acertar-lhe como um puto furioso faz a caixotes do lixo? Não compreendo como Xistra deixou aquilo andar e andar sem chamar os jogadores do Nacional à razão.

(-) Fernando continua a rejuvenescer pelos piores motivos. Reclama demais e anda a varrer jogadores pelo campo quando não deve. Está a ter sorte por não levar mais cartões em alguns jogos e tem de ter mais calma.

Enquanto o jogo estava em igualdade numérica de jogadores, houve igualdade no marcador e também em termos de qualidade de futebol. Estávamos por cima mas nada faria prever o resultado final. Apesar da "sorte" do jogo nos ter favorecido, conseguimos estabilizar processos e mostrar que também podemos fazer coisas bonitas, tão longe este ano das nossas exibições. Vamos ver se continuamos a onda na 3ª feira, no Dragão, contra o Sporting. Eu vou lá estar!

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