Baías e Baronis - FCP vs Atlético Madrid


Cheguei a casa cansado. Estava exausto com as emoções do jogo, com a indecisão da equipa, o cansaço de Belluschi, o calcanhar de Falcao e os carrinhos salvadores de Fucile...ah, a Liga dos Campeões! Estes são os jogos que trazem mais sal ao futebol, incomparavelmente mais emocionante que qualquer jogo contra o Leixões ou a Naval.
No estádio fiquei com a ideia que nem tudo vai bem com o FC Porto, apesar dos bons resultados desta última semana. Mas no meio das arreliações e da pseudo-melancolia que parece assolar-me nos piores momentos, há sempre algumas coisas que se safam. Vamos aos B&Bs (ou aos F&Ps, segundo alguns caríssimos amigos meus, onde F seria Frangueiro e P seria Perneta. Concordo com o segundo, discordo com veemência com o primeiro!):





BAÍAS





(+) Falcao foi o autor de um dos golos individualmente mais vistosos que já vi. Foi daqueles lances em que se tenta e reza-se para que corra bem...e desta vez correu mesmo. O colombiano acaba por ser um jogador importante na equipa, já com 6 golos este ano, e joga como ponta-de-lança puro. Homem de área, raramente descai para qualquer um dos flancos, o que transforma o jogo do FC Porto em relação aos anos transactos, em que se habituou a ter alguém lá...mas nunca sempre o mesmo. Falcao está a alterar a maneira do FC Porto atacar e isso nota-se bastante, particularmente na forma como os extremos acabam por tentar cruzar para ele, apesar de o fazerem, na maior parte das vezes, sem resultados práticos.

(+) Fucile. Que jogaço, menino! Parafraseando o meu amigo de Porta 19: "Se ele jogasse sempre assim já não estava no FC Porto...". Não me lembro de ver Fucile a jogar com tanta certeza nas entradas, a ganhar muitas bolas de cabeça (é certo que contra o Simão não conta para muito, mas ainda assim ganhava-as) e a sair para o ataque em tabelinhas com Hulk. Genial nas entradas de carrinho, particularmente na segunda-parte, onde salvou várias vezes o couro dos colegas frente a Forlán ou Simão ou até Reyes. Uma entrega tremenda, fez um jogo quase perfeito. Aposto, para mal dos meus pecados, que o Jorginho vai fazer um jogo horrível no Domingo só para eu ter de engolir estes elogios todos...

(+) Hulk esteve bem enquanto teve pernas. Perea deve ter pensado que mal fez para ter de aturar a primeira parte de Hulk, que lhe desfez os rins sempre que pôde. Faz a assistência para o golo de Falcao e foi o autor das principais jogadas de perigo durante quase toda a partida, muito embora parecesse menos afoito que no jogo frente ao Sporting.

(+) Guarín entrou muito bem e acabou por equilibrar a equipa, algo que Jesualdo deveria ter feito desde o início, na minha opinião. Quando se pede ao colombiano para criar jogo, para atacar e arrastar a bola para a frente...sai borrada. No entanto, quando se lhe diz para ter calma, para jogar com o corpo e com cabecinha bem assente nos ombros, rodar a bola e segurar o jogo, é valioso.

(+) Não sendo muito adepto dos insultos às equipas adversárias, sou adepto da pressão directa sobre os jogadores. Se essa é uma estratégia que funciona...depende muito do jogador. Funcionava com o Marinho (ex-Sporting) nas Antas, mas hoje não funcionou nem com Simão nem com Paulo Assunção. O primeiro pior que o segundo, mas creio que os permanentes assobios não ajudaram a baixar a moral de nenhum deles. Agora uma coisa é certa: gostei de ver (ou melhor, ouvir) os adeptos a assobiar fortemente tanto o ex-benfiquista como o ex-nosso-trinco-titularíssimo desde o início até ao fim do jogo. Pode não fazer muito, mas nunca se sabe, o rapaz pode estar num dia mau e ficar deprimido!





BARONIS





(-) Tomás Costa. O rapaz andou perdido uma grande parte do tempo, e se serve de atenuante o facto de nunca ter jogado a trinco na vida dele (segundo as suas próprias palavras na zona mista), as constantes distracções e o nervosismo que mostra tornam-no numa arma perigosa. O número 20 do FCP parece querer ser o próximo Bandeirinha em termos de versatilidade: tanto joga a trinco ou a interior direito, como até pode jogar a lateral, direito ou esquerdo. Agora, como Bandeirinha, nunca o faz bem. E a continuar assim, nunca fará.

(-) Já começa a ser uma constante dar um Baroni ao Mariano, mas é impossível não o colocar aqui. A verdade é que a maior parte das vezes que está em campo a equipa acaba por parecer jogar com menos um jogador. Continua trapalhão, domina mal a bola (hoje ia conseguindo o feito extraordinário...a tentativa de controlar a bola com o pescoço!!!) e o ataque pára quando o argentino toca na bola. É o anti-Midas da equipa.

(-) Se contra o Sporting os primeiros 20 minutos tinham sido muito bons, aqui foram os últimos 20 que foram menos maus. Agora no resto dos 70 minutos...foi mais uma vez um FC Porto lento, muito estático nas marcações e demasiado trapalhão nas transições para o ataque. Era desesperante ver os jogadores do Atlético a correrem metros atrás de metros com a bola nos pés, e os nossos rapazes, cheios de medo dos papões do contra-ataque vermelho e branco, recuavam...recuavam...recuavam, até entrarem na própria área e dando todo o espaço do mundo para Forlán e companhia. Tomás Costa andava sempre perdido, Meireles continuava mau no passe e na criatividade, Belluschi raramente aparecia...e não fosse a entrada de Guarín e a passagem de Meireles para trinco para re-equilibrar a equipa, e provavelmente estaríamos a lamentar dois pontos perdidos. Muitos passes pelo ar, muito nervosismo e acima de tudo muito medo da velocidade adversária. É preciso ser mais, fazer mais, agir mais! A questão coloca-se: porque é que Jesualdo não apostou em Meireles para trinco desde o início?!

(-) A capacidade física de alguns jogadores está-me a preocupar. Belluschi não aguenta mais de parte e meia, e Hulk quase nem isso. Se somarmos Meireles a jogar mal, Mariano a preencher candidaturas para doses industriais de Prozac para ver se tem mais calminha e as lesões de Varela e Rodríguez...as opções no plantel reduzem-se, e a rotatividade pode ser acelerada.

Acabada a partida, revi o calendário. Temos tudo a nosso favor, e se ganharmos os dois jogos frente ao APOEL, acabamos por apenas precisar de um ponto para dependermos só de nós. Como acredito que o Chelsea ainda vai dar um jeitinho ao ganhar ao Atlético, pode ser que tal nem seja preciso. Agora venha o Olhanense para voltarmos ao nosso triste fado da Liga Sagres...

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Baías e Baronis - FCP vs Sporting





Quando chegou o dia do primeiro clássico, não estava muito confiante. É certo que estava um pouco ressacado de um jantar muito animado que tinha acontecido na noite anterior, mas ainda assim as circunstâncias que rodeavam a equipa nos últimos jogos acabavam por confirmar a minha tradicional maneira pessimista de encarar estas partidas. No entanto acabei por sair do estádio num misto de satisfação pela vitória conseguida, acoplado de uma frustração pelo escasso resultado. Após um Domingo passado num estado de constipação intensa, seguem os B&Bs igualmente intensos abaixo:





BAÍAS





(+) Hulk esteve de volta. Um verdadeiro terror para os laterais do Sporting, mais Grimi (e depois Miguel Veloso) do que Abel, foi pelo lado direito do nosso ataque que Hulk conseguiu desfazer os rins a tudo que lhe aparecia pela frente. Sacou a falta que deu o golo e voltou a ser decisivo ao conseguir sofrer a falta que deu origem ao penalty que Falcao se encarregou de falhar. É este Hulk que precisamos e espero parar com este ping-pong constante entre Baía e Baroni com que tenho brindado o nosso Givanildo.

(+) Falcao marcou um e falhou 3, um dos quais um penalty. Apesar do fraco aproveitamento, a questão é que apareceu por diversas vezes em situação de perigo para a baliza adversária e isso já é bom, tendo em conta que a equipa raramente joga para ele. Sofre mais quando usamos a parvoíce do jogo directo, com Helton a enviar a bola pelo ar e Falcao a saltar pelo meio dos centrais. No entanto, a capacidade de domínio e protecção de bola é bem acima da média no colombiano e isso pode ser muito útil para aguardar a chegada dos extremos e médio ofensivo (sim, só há um, não me venham dizer que Raul Meireles o é, porque não é, pelo menos ainda não). 5 golos em 6 jogos é bastante bom para a primeira temporada, espero que continue!

(+) Os primeiros 20 minutos do FC Porto foram avassaladores. Empurrámos o Sporting contra as cordas e só graças à tradicional inépcia em frente às redes é que não ganhámos avanço para dormir o resto do jogo. Os verdes lá reagiram com força e subiram no terreno, com o FC Porto sempre perigoso no contra-ataque. Foi uma excelente primeira parte para quem gosta de futebol e especialmente para quem não se interessava pelo resultado.

(+) Fernando. Já começa a ser uma chatice ter sempre de colocar este rapaz aqui na lista dos Baías, mas o que é facto é que cada vez gosto mais de o ver a jogar. Tem potencial para ser um dos melhores do mundo e é dos poucos jogadores em que dou a mão à palmatória quanto ao julgamento de Jesualdo. Rápido a interceptar a bola, muito bom na marcação e excelente a rodar a bola para a frente, é imprescindível...o que me lixa as contas para o jogo de quarta-feira contra o Atlético. Até ver Prediger a jogar (e na Champions também não vou ver...) não há alternativa credível ao brasileiro.






BARONIS





(-) Mariano e Meireles. Um dos piores jogos de Meireles que me lembro. O que mais me impressionou foi a insistência em erros infantis, especialmente em zonas perigosas como a entrada da nossa área. Arriscou em demasia e fez algumas faltas que, caso Duarte Gomes quisesse, podia perfeitamente ter resultado no segundo cartão amarelo. Quanto ao argentino, voltou ao início de 2007/08. Não conseguia dominar uma bola, falhou passes atrás de passes e perdeu bolas consecutivas com a equipa balanceada para o ataque. Era um modelo recorrente: bola para Meireles, passa com força demais, perde a bola; bola para Mariano...domina mal, perde a bola. Eu, bem como a malta à minha volta, estávamos a ficar doentes...

(-) Depois do penalty falhado...a miserável exibição contra um adversário reduzido a 10 jogadores. É absurdo passar do 80 para o 0,8 mas foi o que aconteceu. Uma primeira parte bem boa e depois foi o estouro físico, o medo, a fraqueza nas pernas e nas cabeças. Falta muita estaleca a esta equipa e diria que ao treinador também, mas esse já não tem emenda, já que passa sempre para os jogadores os seus próprios receios, a estratégia do "1-0 chega, 'bora para trás que os outros aí vêm" está enfiada na mente dos nossos rapazes e vai ser complicado, se possível, mudar esta atitude. Para sermos uma grande equipa não podemos ficar pelo 1-0, especialmente quando estamos a jogar a mais. É provinciano e medíocre e exige-se mais.

(-) Ao mesmo tempo que critico a minha própria equipa, critico ainda mais o Sporting. A cambada de meninos mimados, enjoados com as arbitragens e com a própria incapacidade de amadurecimento precoce que apareceu no Estádio do Dragão é de causar náuseas. 11 e depois 10 gajos concluiam cada apitadela do árbitro com uma reclamação, era uma floresta de braços levantados e de pressão constante sobre o árbitro, que acabou por se virar contra eles. Esta campanha que o Sporting anda há anos a criar, esta figura patética de Calimero permanente que quixotescamente se revolta contra moínhos que não existem e pensa ter, por alegar tal mau tratamento, carta branca para fazer um berreiro sempre que é assinalado um fora-de-jogo ou um lançamento contra eles. Calem-se, é mau, dá mau nome ao vosso clube e só deixa transparecer que a instabilidade é ainda maior do que se pensa. E Paulo Bento não está acima deles, é tão infantil e desregrado como a manada de bezerros que orienta. Cresçam, são bons jogadores, só vos falta serem homenzinhos.

Muito mais poderia ser dito sobre o jogo. As emoções foram fortes e prometem não parar porque na próxima 4ª feira temos já um jogo decisivo para o nosso futuro na Liga dos Campeões. Sem Fernando, Rodríguez e Varela (os mais importantes), a tarefa vai ser complicada...haja Hulk e Falcao!

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Frase do ano


Apesar deste ser um blog que claramente trata de temas relacionados com o universo Portista, não resisto a colocar aqui uma frase que ouvi ontem, proferida por Rui Oliveira e Costa em resposta a uma provocação do realizador António-Pedro Vasconcelos no "Trio de Ataque":


"Podes meter as sondagens onde quiseres que eu nunca te falei de filmes!"

Como isto saiu da cabeça daquele acéfalo sportinguista é uma questão para ser examinada pelas grandes mentes dos nossos netos. Enfim, até um relógio avariado está certo duas vezes por dia.

Com este pequeno post fica feita a minha provocação ao reino sportinguista. O resto guardo para sábado às 19h15.

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Hulk: batalhas perdidas

Quando na época passada começamos a apresentar Hulk na equipa principal, muitos se questionaram quanto ao seu verdadeiro valor. O brasileiro começou por mostrar pouco, mas gradualmente foi subindo de forma e até aparecerem as lesões provocadas por diversas entradas assassinas e não sancionadas (Guimarães, Reboleira et al) foi uma das figuras da equipa, acabando por eclipsar o próprio Lisandro em termos de produção ofensiva e até em número de golos apontados.


Sempre lhe foi apontado algum individualismo em excesso, e desde cedo tive o pressentimento que ia demorar algum tempo até que o menino Givanildo se transformasse num belo espécimen de futebolista. É lógico que tem força, potência de arranque, capacidade de improviso e um remate de meter medo. No entanto, como vários antes dele, Jesualdo tinha a minha confiança para conseguir efectuar a transição de Hulk até um patamar decente e que mostre o valor que parece querer ter.

Neste início de época acabo por verificar que Hulk vai ser um caso complicado de transformação. O primeiro jogo frente ao Paços (sim, porque os amigáveis são mais importantes que treinos de conjunto mas pouco mais) confirma que o rapaz ainda era exactamente isso, um rapaz. Refilão, indisciplinado, com pouco sentido prático e elevada falta de jogo de equipa, parecia ter mais uma pequena travessia no deserto de ideias que na altura era a equipa do FCP. Apanhou dois jogos e ficou a promessa de se auto-açaimar quando fala com os árbitros (ainda que eu pense que nem o deveria fazer) e de jogar mais para a equipa. Fica dois jogos de fora e volta frente ao Leixões, fazendo um jogo...que não fazia sentido, tendo em conta o histórico do jovem. Energético como sempre, mas voluntarioso, a passar bem a bola e na altura certa, jogando e fazendo jogar, com discernimento acima do normal e a fazer os adeptos pensar que Jesualdo tinha recuperado o jogador no sector que interessava mais, a mentalidade competitiva.

Engano. O jogo contra o Chelsea, apesar das circunstâncias atenuantes, volta a mostrar um Hulk mais individualista e com metafóricas pálas nos olhos, a olhar só para a frente e com pouca claridivência em campo. Frente ao Braga voltou a jogar mal, com simulações ridículas e pouco inteligentes que não ajudaram a equipa e apenas serviram para encinzentar ainda mais a imagem do próprio jogador perante os adeptos que tanto o apoiam e procuram nele um salvador para alguns momentos de menos capacidade criativa do colectivo.

Com Hulk estamos a perder batalhas sucessivas pela reabilitação moral do jogador. Jesualdo tem uma imagem de professor calmo e compassivo, que trata os jogadores por tu e que acaba por conseguir pegar em fulanos aparentemente irrecuperáveis e transformá-los em jogadores úteis à equipa. Neste caso, as batalhas que estamos a perder têm sido consecutivas e importantes, e começamos a ter pouco tempo para rentabilizar o jogador que pode ser fulcral para levar o clube às glórias que pretendemos.

Como a Inglaterra de Montgomery no Norte de África, depois das batalhas perdidas acabou por vencer a guerra. Será que Hulk vai ser o nosso Monty?

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Votação: Portista mediático preferido?


Sou uma daquelas pessoas que gosta de ouvir pessoas a falar de futebol. É triste fazer uma afirmação destas e imaginar-me a berrar com a televisão quando ouço alguma coisa que me parece errada ou tendenciosa, mas é um facto e não vale a pena desmentir. Como há inúmeros programas na TV portuguesa com temáticas futeboleiras, há boas hipóteses de escolha dos mais agressivos aos moderados, dos mais acéfalos aos mais eloquentes. Em termos de apelidos, dos Barrosos aos Moreiras.
Rui Moreira é o melhor deste extenso grupo. Não concordando com tudo o que diz, o Presidente da Associação Comercial do Porto é a pessoa mais inteligente e defensora dos nossos interesses que estão todas as semanas a expôr-se no pequeno écran.
A votação, por isso, acaba por confirmar que os gostos dos portistas se assemelham aos meus. Os votos ficaram assim distribuídos::
  • Francisco José Viegas: 10%
  • José Guilherme Aguiar: 0%
  • Manuel Serrão: 20%
  • Miguel Sousa Tavares: 28%
  • Pôncio Monteiro: 10%
  • Rui Moreira: 30%
Apesar das várias escolhas, faltaram alguns nomes óbvios que por lapso não coloquei. Miguel Guedes, Júlio Magalhães, António Tavares Telles, entre outros, são nomes importantes do mundo mediático portista que deveriam ter figurado desta selecção. Do resto dos meninos que foram colocados à votação, divido a atenção entre Guilherme Aguiar, que parece estar cada vez mais senil, e Miguel Sousa Tavares, nas crónicas jornalísticas. É como digo, as escolhas são várias e apesar dos estilos serem bem diferentes, todos pugnam por um FC Porto melhor e mais forte, que, no fundo, é o que todos queremos!

Próxima votação: Qual a alternativa mais credível a Fucile?

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Baías e Baronis - Braga vs FCP



Saí de casa para um jantar de aniversário e deixei o jogo a gravar. Tive o azar do raio do restaurante ter uma televisão que me deixava ir vendo o jogo pelo reflexo no vidro à minha frente, e por isso quando saí de lá e regressei a casa sentei-me no meu sofá a ver a partida. O que vi foi mais ou menos o mesmo que tinha visto no referido reflexo. Mau, muito mau. Costumo ler os blogs e os jornais desportivos antes de fazer a minha análise, fundamentalmente para me acalmar e tentar perceber se todo o mundo vê os jogos como vejo, sempre tentando não me deixar influenciar pelo que leio. Hoje nem isso faço, só procurei uma foto e vou directo para a análise. Vamos a notas:





BAÍAS





(+) Num jogo de pouco trabalho defensivo, Rolando foi o melhor de todos. Admito que a pele Aloísica lhe fica bem, especialmente nas dobras e na colmatação das falhas consecutivas de Bruno Alves. Para continuar a titular.
(+) Fernando esteve bem, não tão eficaz como noutras partidas mas ainda assim acabou por tapar Hugo Viana e não o deixou fazer muito (sem contar com o lance do golo, que nasce de um lance de bola parada).
(+) Varela, apesar de notar-se alguma incapacidade de crescimento em função das primeiras exibições da temporada, é dos poucos que produz alguma coisa que se veja.
(+) O jantar de aniversário, com amigos e comida razoavelmente bem confeccionada. O aniversário de um amigo de longa data passa sempre à frente do futebol e este foi mais um. De salientar que o animal do meu amigo sempre que faz anos e marca um jantar, há-de calhar um jogo do FC Porto. E normalmente perdemos pontos. Não lhe bastava estar (mais) velho, também me lixa o clube. Raios te partam.





BARONIS





(-) Por onde começar? Num jogo em que aparentemente nenhuma das equipas quis vencer, o Braga, sem fazer muito por isso, acaba por marcar num chouriço do tamanho das sapatilhas do Shaquille O'Neal. Ainda assim, Helton não fica isento de responsabilidades no golo, o que depois da excelente exibição em Londres acaba por marcar o pleno regresso às displicências que nos habituou. Fraco.
(-) E lá vem Jesualdo inventar. Depois de alguma consistência conseguida com Belluschi, eis senão quando aparece Guarín de aparente pedra e cal na equipa, transformando um meio-campo já de si pouco criativo numa parede defensiva demasiado próxima dos centrais e a deixar um espaço extraordinário para os avançados. Falcao muito preso na área, Hulk a inventar e apenas Varela a conseguir produzir o mínimo aceitável, era confrangedor para não dizer vergonhoso ver o FC Porto a organizar jogo antes do meio-campo.
(-) Hulk. Estamos a perder batalhas atrás de batalhas na guerra de tentar transformar este fulano num jogador a sério. Não sei se está cansado do jogo de Inglaterra, mas depois da bela exibição frente ao Leixões teve dois jogos horríveis e voltou a ser o Hulk fintento, simulatório e ineficientíssimo, entre outras palavras com mais sílabas que deviam. Só lhe faltou reclamar com o árbitro para ser o velho Hulk que me habituei a insultar mais que elogiar. Vá lá.
(-) Álvaro Pereira é vítima dele próprio. A inconsistência exibicional parece ser patente no uruguaio, que talvez se dê bem melhor com Fucile do que os portistas gostariam. Como o colega de sector falha muito e em zonas fulcrais do terreno, sobe quando não deve e deixa muito espaço atrás para os extremos adversários. Terá que rever rapidamente estes erros posicionais porque vêm aí Simão e Aguero.
(-) Guarín não teve culpa de ter nascido com dois pés esquerdos e não saber usá-los. É incapaz de fazer um passe correcto a mais de 5 metros, e mesmo no intervalo entre 0 e 4,9 metros a vida afigura-se-lhe como complicada. Quem aposta nele é que já devia saber disso.

A primeira derrota na Liga Sagres aparece num momento complicado. Nesta altura aqui há um ano, regressávamos de uma coça em Londres para vencer em Alvalade. Hoje foi o contrário e a falta de capacidade ofensiva e o aparentemente desinteresse pela vitória (já nem falo do futebol ofensivo e bonito, deixo isso para o Benfica) deixa-me apreensivo. Mais um ano a subir o monte começa a custar...

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Baías e Baronis - Chelsea vs FCP


(foto tirada de uefa.com)

Quando vi a equipa do FC Porto que ia entrar no relvado de Stamford Bridge enviei uma mensagem ao meu companheiro portista e colega de Porta a dizer: "Guarín em vez de Belluschi, Rodríguez e Mariano em vez de Varela e Falcao, vamos lá jogar como o Leixões no Dragão". Apesar de tudo não acertei completamente. Perdemos mas não foi a humilhação que pensei, fizemos uma boa primeira parte, tivemos algum azar no golo e notou-se a diferença de nível técnico e especialmente físico entre as duas equipas. Acabado o jogo, fiquei mais triste que chateado e ansioso que chegasse o jogo contra o Atlético para ganharmos os (sim, oS, como em 3) primeiros pontos! Onwards to the B&Bs:





BAÍAS





(+) Fernando foi, para mim, o melhor jogador em campo. Esteve sempre no sítio certo como o último reduto antes da entrada da área, recuperou inúmeras bolas e saiu quase sempre bem para o ataque. Acaba por ser bem expulso apesar do primeiro cartão amarelo ter sido "culpa" de Guarín, o que o afasta do jogo contra o Atlético. E que falta vai fazer...
(+) Hélton parece ter-se decidido a limpar a má imagem com que costuma sair do espaço aéreo britânico. Uma exibição ao mais alto nível, do melhor que o vi fazer desde que veste de azul e branco (ou preto ou amarelo, pronto, a metáfora fica). Defesas simples, sem inventar num relvado complicadíssimo, salvou a equipa até onde pôde, até mesmo no lance do golo. Não foi por culpa dele que perdemos.
(+) Um Baía histórico para Guarín. E espero que não seja o único, apesar da história e estatística me desmentir, mas enfim, veremos. Fez uma primeira parte muito acima do esperado, a jogar simples e prático, sem criar jogo mas sem se atrapalhar todo com a bola, rodando-a sempre que pressionado e fazendo-o com facilidade. Ajudou bem na defesa e tapou bem os buracos que iam surgindo no super-povoado meio-campo portista. Se continuar assim pode ser opção e obriga-me a engolir as minhas palavras do início de época.
(+) Álvaro Pereira e Fucile fizeram um belo jogo, especialmente na primeira parte. Fucile saiu bem para o ataque e Álvaro, apesar de menos bem na defesa, esteve excelente no apoio à linha, com cruzamentos perigosos e boas recuperações.
(+) Falcao e Varela entraram muito bem em campo, numa altura complicada. Deram bem conta do recado (especialmente Varela, que desfez os rins a Ashley Cole na primeira vez que toca na bola, e teve um remate que só não deu golo porque o Cech estava em dia bom. Maldito.




BARONIS





(-) Jogar com três médios de cobertura/defensivos pode ser uma boa ideia para controlar o genial meio-campo do Chelsea, mas deixa pouco à imaginação. A imagem da equipa durante toda a primeira parte é uma imagem de medo do papão inglês e a assunção das nossas limitações. É triste, realista e infelizmente, português.
(-) Rodríguez e Mariano. A experiência não é tudo, e a falta de ritmo (e excesso de peso) do uruguaio notam-se bem, e não há experiência que lhe valha. Quanto a Mariano, o costume. Trapalhão, sem noção de colocação táctica no apoio ao desgraçado do Fucile que apanhou com Ashley Cole e Malouda em cima e que deve ter rogado pragas ao argentino.
(-) A expulsão de Fernando, apesar de compreensível, acaba por deixar a equipa manca para o próximo jogo. Nuno André Coelho e Prediger, alternativas credíveis para o lugar, não estão inscritos, e por isso afigura-se-me uma escolha dificílima entre Tomás Costa, Guarín e Raúl Meireles para ocupar a posição 6. Arghhhhhhh!

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Baías e Baronis - FCP vs Leixões



Um jogo que se perspectivava fácil, tendo em conta o jogo de pré-época que tivemos contra os jovens de Matosinhos. Acabou por ser ainda melhor, com uma primeira-parte de luxo e uma segunda parte de gestão, calma e tranquila, apesar do golo sofrido que mostra mais uma vez que não se pode dormir na forma, mesmo contra equipas fracas como o Leixões. Vários pontos positivos e alguns negativos, escalpelizados abaixo:





BAÍAS




(+) O FC Porto soube tornar o jogo fácil a partir dos primeiros 10 minutos. Futebol rápido com boas trocas de bola, a jogar simples e a colocar a bola nas alas onde claramente o Leixões é uma miséria. Jogadas com entendimento acima da média, frescura mental e entre-ajuda nas desmarcações e coberturas defensivas fizeram com que a primeira-parte passasse rápido e colocou sorrisos na focinheira do Dragão, eu incluído.
(+) Quem era aquele número 12 de azul e branco? Costumava ver um rapaz a jogar com o mesmo número, mas esse não passava a bola a ninguém, fazia arranques fenomenais, tentava fintar tudo o que visse à frente e rematava sempre que via a baliza. Ontem, o super-herói passou a bola, jogava de cabeça levantada, integrava-se nas jogadas combinadas da equipa...e não abriu o pio quando sofria faltas, o que é extraordinário tendo em conta o passado recente. É um misto entre o antighulk e o novhulk que precisamos, um jogador explosivo mas calado, criativo mas eficiente. No fundo, brasileiro mas não-muito-brasileiro.
(+) Álvaro Pereira continua a consolidar a posição com muita facilidade. As subidas no terreno fazem dele essencial (um novo Bosingwa) na construção ofensiva e se melhorar um pouco na defesa, é candidato a um dos jogadores do ano.
(+) Falcao não é Farías e ontem provou-o de novo. A capacidade de domínio de bola, quando comparada com os tijolos dos pés do argentino, é bem acima da média, e funciona muito bem como uma versão mais jovem do Nuno Gomes, mas em homem. A parte que não liga muito bem ao Nuninho...é que este marca golos. Este ritmo é impossível de manter, mas por agora está bastante bem no ataque.



BARONIS





(-) O Leixões é fraquinho. Muito fraquinho. Não vi grandes pontos positivos para os bébés (que nome estúpido) e prevejo que vai andar a disputar os últimos lugares com o Setúbal e a Naval.
(-) Benítez. Como é que fomos alguma vez pensar que este fulano poderia ser titular no FC Porto é uma dissertação que deveríamos todos fazer, ao nível de "N'tsunda e Zwane: duas amebas?" e "Paulinho César, ou Ensaio sobre a Cegueira".
(-) Ao intervalo, enquanto alguns no Dragão exultavam a primeira parte e ansiavam por bater os 8-1 do Benfica ao Setúbal, eu disse para o meu amigo: "Isto hoje muda aos 4 e acaba aos 4". Acertei nos nossos, enganei-me nos deles porque ainda sofremos um. Compreendo a descompressão que é natural na estrutura mental das equipas de Jesualdo, afinal não têm nada a provar ao contrário dos encarnados, e acima de tudo com jogos frente a equipas como o Chelsea num espaço tão curto de tempo seria inútil andar a estourar as pernas já cansadas contra o Leixões pela fugaz glória de mais um ou dois golos. No entanto, a constante displicência especialmente da parte de jogadores-chave como Bruno Alves, não se pode admitir.

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Acrónimos


Há alturas em que fico a olhar para algumas notícias que vejo e começo a ter uma pequena visão da "big picture" (e não me refiro ao genial foto-blog do Boston Globe) e da forma como as mentalidades se foram formando. Na era da publicidade ainda mais agressiva do que a que vemos retratada no Mad Men, em termos de marcas há uma espécie de Lavoisierismo corrente e constante que, à falta de outros termos, já enoja. Falo, para quem ainda não percebeu no meio do meu discurso pseudo-intelectual, nos acrónimos e o seu exageradíssimo uso no futebol.


Os acrónimos já no mundo da moda se fazem notar desde há uns anos, quando a Mango passou a ser MNG ou a Springfield se transformou em SPF, entre outras. Em todo o mundo há talvez demasiados acrónimos (ou siglas, se preferirem) que apesar de simplificarem as coisas acabam por desumanizar as entidades e transformá-las em fugazes ícones de pop-culture que, francamente, só entusiasmam as pitas guinchadoras e os jornalistas da Cofina.

Em Portugal, talvez tenha começado com Ronaldo. Quando estava no Manchester United era vulgar referirem-se a ele como CR7, passou para o Real Madrid e é o CR9. A discussão acerca das marcas e do seu registo empolga gente como o Nuno Luz, arauto-mor de tudo o que é fútil e desinteressante acerca do desporto-rei, e apenas se traduz na propagação do marketing e do merchandising que enriquece os bolsos desses meninos.

Qual é o problema que tenho com isto, perguntarão? É como em todas as coisas, começa por ser giro, passa a ser banal e acaba por ser fastidioso.

No FC Porto começou com Rodríguez. A absurda nomenclatura usada para Cristián Rodríguez como CR10 é uma cópia foleira do que é usado com Ronaldo e em nada abona em favor do nosso Cebola. Agora usa-se também o RF9 para Falcao, como se fosse um nome de código de um Cessna, e cheira-me que não vai parar por aqui. Um dia destes ainda vamos ver uma ficha de jogo deste género:

FC Porto: H1; JF13, BA2, R14, AP15; F25, RM3, FB7; CR10, H12, RF9
SL Benfica: Q12; MP14, L4, DL23, S3; JG6, RA5, DM20, PA10, OC7, JS30.

Ora temos aqui o que poderiam perfeitamente ser caças-bombardeiros americanos, vitaminas para os ossos, modelos de aviões telecomandados, compostos orgânicos, portáteis da IBM ou sectores do Estádio do Dragão. Ridículo.

O marketing domina o nosso mundo, mas é preciso saber dizer basta. O Record vende a grande parte dos jornais pelo tom ridículo e cor-de-rosa que coloca em grande parte das notícias e é exactamente isso que deve ser impedido. São estes senhores que colocam as vedetas no topo, os enchem de mimos e de nomes queridos, só para serem também os primeiros detractores quando as coisas não correm bem e os carpideiros das mágoas extra-futebol que aparecem constantemente na imprensa.

Chamem-me purista mas abomino este tratamento mediatizado dos jogadores. Se chamassem A6 ao André ele pensava de certeza que estavam a falar de uma auto-estrada e entrava de carrinho sobre o primeiro gajo que lhe dissesse uma coisa dessas. Aqui a P19 continua a luta. Porra.

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Asfixia Vermelhática


Ora todos sabemos que os paladinos da verdade vestem de vermelho. Todos somos bombardeados diariamente com insinuações sobre a mentira no futebol que é perpetuada pelo FC Porto, com os seus tentáculos a estenderem-se sobre tudo o que mexe na tentativa de, zelando pelos seus maléficos interesses, esconder o que se passa nos bastidores e arrancar vitórias falseadas e que nunca seriam possíveis num universo de pureza benfiquista.


E depois acontecem coisas destas. Numa altura em que a imprensa está preocupadíssima com tudo o que seja asfixia democrática...onde é que este caso está exposto nos jornais desportivos em papel? Um rebuçado de gengibre para o primeiro a acertar...

A Liga de clubes puniu com 18 meses de suspensão o delegado do Benfica-Nacional, relativo à temporada passada, por «falsificação de relatório», como se lê no comunicado da comissão disciplinar, assim como por «remissão para os factos dos árbitros».

Isto porque o delegado João Pedro Simões Dias não mencionou no relatório, de modo intencional, o comportamento do capitão do Benfica, Nuno Gomes, e pelos quais recebeu dois jogos de suspensão e multa de 1000 euros.

«Comete aquele ilícito disciplinar, "na forma de declarações ou informações falsas", o delegado que, no relatório de ocorrências de jogo, em relação à pergunta "algum agente desportivo teve grave comportamento incorrecto para com a equipa de arbitragem", declara que "não se presenciaram graves comportamentos incorrectos por parte de qualquer agente desportivo", uma vez demonstrado que tal delegado presenciou, após o jogo, no túnel de acesso aos balneários e junto da equipa de arbitragem, comportamentos injuriosos de agentes desportivos e tais comportamentos lhe foram comunicados pela mesma equipa de arbitragem», lê-se no acórdão da Comissão Disciplinar da Liga.


Se calhar é de mim, não sou versado nos meandros jurídicos e depois confundo-me com o legalês. Mas a especulação que abunda diariamente na imprensa não deveria ligar isto ao Benfica como liga tudo o que vê de remotamente suspeito...ao FC Porto? Não? Ah, esqueci-me, é da asfixia...

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Baías e Baronis - Hungria vs Portugal


Este é um blog que se dedica a dois tópicos: o FC Porto e o cabelo do Rui Santos, quando fôr decente. No entanto, queria fazer um pequeníssimo Baías & Baronis sobre o jogo de hoje. Pequeníssimo que é como quem diz dois de cada.


Cá vai:




BAÍAS





(+) Era preciso mas mesmo preciso ganhar? Ganhámos. Jogámos mal? Ver primeira resposta.
(+) Os melhores jogadores são os ex-brasileiros. Contra a Dinamarca, Deco e Liedson. Hoje foi Pepe. Se tiverem todos esta qualidade, venham, até porque não acredito que naturalizemos o Patric.




BARONIS





(-) Pôr o Duda em campo é o mesmo que pôr um pneu. Furado e enlameado. E aposto que o pneu dominava melhor a bola.
(-) O Ronaldo está para a Selecção como o Jardel estava para o Porto. Nunca é substituído, mesmo que só faça cagada.

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Mea culpa, Miguel!

foto retirada do Bibo Porto Carago

Por lapso esqueci-me do Miguel Guedes na votação para portistas mediáticos. Gosto muito de o ouvir na Antena 1 nos "Grandes Adeptos" e sempre achei que é dos mais bem-falantes dragões que têm a oportunidade de difundir a sua opinião em público. Quem preferir votar nele...que me mande um mail ;)

Mea culpa, Miguel!

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Votação: Beto a titular?



Beto foi uma das contratações mais pedidas pelos adeptos e serve perfeitamente, na minha opinião, para morder os calcanhares do nosso perenemente facilitador Helton. Não que o brasileiro seja mau guarda-redes, longe disso, mas como por vezes é propenso a lapsos técnicos e de concentração, é conveniente que alguém um pouco melhor (e mais novo) que Nuno esteja pronto a ocupar a baliza e levar o brasileiro a sentar-se no banco.
Assim sendo e depois do jogo menos conseguido de Helton frente à Naval, com algumas dessas falhas a acontecerem (felizmente sem consequências de maior), coloca-se a pergunta: chegou a altura de Beto ser titular? As respostas foram:
  • Sim: 71%
  • Não: 28%
Lá está, era esperado. Devo dizer que não concordo, creio que Helton deve-se manter como titular, especialmente numa altura de pré-Champions onde colocar Beto a titular seria atirar o rapaz à fogueira como Oliveira fez a Costa naqueles 0-4 em Manchester.

Próxima votação: Quem é o vosso portista mediático preferido?

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Seriembro


Seguindo na peugada de um dos blogs portistas que sigo com atenção, o Varanda do Dragão, venho lembrar à malta que estamos em Setembro, o mês que considero o arranque da época propriamente dita depois das primeiras 2 ou 3 jornadas em Agosto que servem para aquecer a malta. Setembro é o mês de arranque da Champions, e estou pronto para ela. A música, o ambiente, os jogos ao fim da tarde, o início do tempo mais frio e as brutais rajadas de vento que caem no Dragão sobre os incautos que vão sem agasalho para ver os meninos de azul-e-branco a chutar a pelota. É aqui que se distinguem os jeitosos dos génios, os fraquinhos dos gajos que roubam os berlindes dos putos na escola dos anos 80, os Secretários dos Lisandros.


O FC Porto chega a esta altura fulcral do início da temporada num estado não muito bom de forma futebolística e ainda menos a nível físico. Com os jogos da Selecção a intercalarem uma semana sem futebol doméstico e vários jogadores do plantel (Bruno Alves, Rolando, Raul Meireles, Fucile, Álvaro Pereira, Rodríguez, Guarín e Falcao), cinco deles titulares indiscutíveis, ausentes nesses desafios, o jogo frente ao Leixões neste sábado apresenta-se como uma boa hipótese para as alternativas saltarem do anonimato e inscreverem os seus nomes nas folhas de jogo. Aproximando-se o confronto com o Arsen...o Chelsea (perdão, que isto de ler as capas d'A Bola põe um gajo cheio de dúvidas), o regresso de Hulk é de saudar, até porque vai ser titular sem qualquer reserva e pode ser um dos nossos trunfos para a viagem a Londres. A somar a isto, teremos uma defesa quiçá remendada, com hipóteses para Maicon ou Sapunaru se estrearem como titulares. A somar a esses, Valeri está a treinar bem e pode ser mais uma alternativa.

Uma coisa é certa: o jogo contra o Leixões é para ganhar, e a série que se segue (Chelsea, Braga, Sporting, Atlético Madrid) é das mais complicadas que vamos atravessar esta época. Por isso é preciso estar a 100% fisicamente e acima de tudo a 110% mentalmente, porque se o plantel oferece alternativas, essas ainda não se confirmaram como credíveis e os processos demoram tempo. Tempo esse que não temos, se queremos ganhar alguma coisa este ano para lá de prestígio e prémios de participação.

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Joaquim Rita - A Jogada

Excelente análise de Joaquim Rita à estreia da Liga Sagres nas manhãs de Domingo. A ler aqui.

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Carta aberta a Quaresma


Caro Ricardo Quaresma:


Eu sei que as coisas não te tem corrido particularmente bem na vida pós-FCP, e tenho pena. É um desperdício ver que um jogador com o teu talento se perca em fracas e pouco esforçadas exibições, tu que és do melhor que já vi a jogar à bola. Agora uma coisa me deixa verdadeiramente intrigado: valeria mesmo a pena meteres-te numa vida de crime, rapaz? Era preciso isso? Já temos os Pidás e alguns dos Super Dragões a manchar o nome da cidade/clube, e agora um dos gajos que mais alegrias nos deu acaba por se ver envolvido nestass tramas dos pum-pums nos aviões?

Ganha juízo, homem!

Um abraço de um admirador,
Jorge

PS: se a foto não fôr tua, esquece lá esta carta e volta às trivelas. Um dia hão-de chegar à cabeça de um avançado. Agora também dava uma palavrinha lá ao Abdullah Ahmed Ali. O gajo é a tua cara chapada!

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Candidato Vieira?


Quando Pinto da Costa ia jantar com deputados socialistas era constantemente "queimado" na imprensa. Quero ver o que vai acontecer com Vieira.

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A Bola: Mais uma destas...


Director: Aquela peça sobre o Hulk está pronta?

Subalterno: Está sim, mestre.
Director: Pronto, então põe uma caixinha na primeira página, só aquele tamanho que dedicamos a notícias daqueles merdeiros do norte, já sabes das regras, certo?
Subalterno: Sim, meu general.
Director: Já agora, é sobre o quê a notícia? Não que me interesse muito...
Subalterno: É a dizer que o Hulk vai regressar do castigo e joga contra o Leixões e na primeira jornada daquela taça europeia dos campeões, aquilo que nem conta para nada, não é como a majestosa Liga Europa, isso sim, uma taça à maneira!
Director: Muito bem, Jeremias, gosto do que ouço! É contra quem o jogo?
Subalterno: Não sei ao certo, não é que seja fácil obter informação sobre essa competiçãozeca...acho que é o Arsenal ou o Chelsea ou o Wimbledon ou parecido...
Director: Wimbledon? Oh amigo isso é ténis, pá...põe Arsenal que é vermelho e fica melhor quando ganhar aquelas bestas...e também se não fôr ninguém há-de notar...
Subalterno: Os seus desejos são ordens, Adónis dos meus lençóis.
Director: Jeremias, já lhe disse para mantermos a relação puramente profissional enquanto estivermos na repartição...
Subalterno: (suspiro)...

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As escolhas para a Champions


Está escolhido o plantel Portista que vai tentar passar a primeira fase da Liga dos Campeões frente a Chelsea, Atlético de Madrid e APOEL. Apesar de ter o distinto som de um abaixamento de expectativas, é exactamente isso que estes jogadores vão tentar fazer, já que pode haver alterações à lista de nomes na passagem para a segunda fase (ver regulamento da UEFA aqui).

À primeira vista, e sabendo os condicionalismos que a selecção de jogadores enfrenta, entre as quais a obrigatoriedade de ter 7 jogadores formados no país (e desses, 4 no clube), as escolhas parecem naturais...mas há que ver mais ao perto, raciocinando por sectores:

Guarda-Redes

Não há muito por onde escolher. Temos três e temos de escolher três: um titular, uma alternativa ao titular e uma opção extra caso haja lesões/castigos. Signed, sealed, delivered.
MENINOS: 3

Defesas

Aqui há alternativas. Temos 4 centrais no plantel e foram escolhidos 3. Ao experiente Bruno Alves e ao menos-experiente-mas-marcou-um-golaço-ao-Dínamo-em-Kiev Rolando soma-se Maicon, com potencial reconhecido por todos. Fica de fora Nuno André Coelho, que apesar de português não é formado no clube e como tem tido um início de época talvez abaixo das expectativas, tendo mostrado fracas capacidades de adaptação a uma posição alternativa como defesa direito. Para tal teremos Sapunaru, que apesar de não ter sido usado no FC Porto como defesa central já tem alguma experiência passada no posto durante a sua carreira na Roménia. Restam os laterais, Fucile e Álvaro Pereira, inquestionáveis, e Miguel Lopes, uma esperança portuguesa.
MENINOS: 10

Médios

Talvez as escolhas mais complicadas, na minha opinião. Fernando, Meireles e Belluschi são titulares e teriam de entrar. Valeri e Guarín têm sido as alternativas mais utilizadas e por isso faz sentido estarem na lista. Restariam Tomás Costa e Prediger. A polivalência e maior experiência de Tomy parece ter levado a melhor em relação à dúvida que é Prediger, que cada vez mais me faz confusão quanto ao seu valor, pois pelo que custou já deveria ter sido chamado a jogar nem que seja um minuto. Porra, ao menos convocado! Guarín continua a ser uma espinha atravessada na minha garganta (aquele jogo contra o Arsenal no ano passado, nem me quero lembrar) mas será uma escolha infinitamente questionável de Jesualdo, ao passo que Valeri se vai integrando na equipa e nas opções do professor.
MENINOS: 16

Avançados

Aqui não havia dúvida. Põe-se tudo o que mexe e só não vai o Orlando Sá porque ainda está (e estará) a recuperar da grave lesão com que chegou. Hulk, Varela, Farías, Cristián Rodríguez, Mariano e Falcao vão ser as nossas opções para marcar muitos golos. Ou 1 de cada vez, jã não era mau.
MENINOS: 21

Assim sendo, temos 21 rapazolas (somados a mais 4 miúdos dos sub-19), assim divididos e comparados com o plantel completo:

Helton
Beto
Nuno
--------
Fucile
Miguel Lopes
Sapunaru
Bruno Alves
Rolando
Maicon
Nuno André Coelho
Álvaro Pereira
--------
Fernando
Prediger
Raul Meireles
Tomas Costa
Guarín
Valeri
Belluschi
--------
Hulk
Falcao
Farías
Varela
Mariano González
Crístian Rodríguez
Orlando Sá
--------
David (defesa)
Amorim (médio)
Dias (médio)
Claro (avançado)
Alex (avançado)

Prontos para o jogo contra o Chelsea? Não. Com vontade de lá chegar? Claro!!!

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Planeta Azul Nº4 - SC Heerenveen


Planeta Azul Nº4 - SC Heerenveen


País: Holanda

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Votação: Paineleiros



Ah, o que seria do panorama nacional de discussão futebolística se não houvesse não um, não dois, não três, não quatro...mas cinco (!) programas dedicados unica e exclusivamente à temática da degladiação semântica dos três grandes da nossa Liga. Gostos aparte, é complicado escolher só um, tal é a diferença de opiniões e estilos que pauta cada um dos espaços televisionados.
Assim sendo, e tal a crispação que as opiniões proferidas por essa malta cria em todo o povo que gosta de futebol, o inquérito impunha-se: qual o vosso preferido, ou melhor, quais os que não podem esconder da vossa grelha pessoal da caixa preta? Houve 20 singelos votos que como tinham escolhas múltiplas acabaram por me lixar as percentagens, mas ainda assim cá vão:
  • Tempo Extra (SIC Notícias): 20%
  • O Dia Seguinte (SIC Notícias): 30%
  • Prolongamento (TVI24): 5%
  • Trio de Ataque (RTPN): 80%
  • Pontapé de Saída (RTPN): 20%
As minhas preferências ficaram espelhadas quase perfeitamente na votação, se excluírmos o Prolongamento que francamente não suporto. Vejo religiosamente o Rui Santos para me indignar, o Dias Ferreira para me rir e o Trio de Ataque para ouvir o Rui Moreira a insultar o Vasconcelos. Paineleirices :)

Próxima votação: Chegou a altura de Beto ser titular?

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