Um tipo humilde

"Renovação? Temos falado muitas vezes com o clube e tudo dependerá do que acontecer agora nestes meses. As conversas estão em aberto, já estamos comprometidos há muito tempo e estou disponível para continuar, mas isso dependerá sempre do interesse das duas partes."

"Cada domingo era muito difícil, mas custou-me especialmente falhar o jogo da Supertaça. Felizmente ganhámos."

"O treinador está a ajudar-me muito, o departamento médico está sempre em cima de mim, os meus colegas também puxam sempre por mim, isso é importante."

Mariano González, em declarações à "imprensa", no dia 29 de Dezembro de 2010.

Um rapaz que está lesionado há tanto tempo como ele e que esse motivo não é inscrito na Liga mas acaba por recuperar mais depressa que o previsto, ficando de fora das escolhas durante mais um mês...tem a humildade de perceber e de admitir que as renovações de contrato não são automáticas e que se prendem por pormenores de produtividade e/ou investimento futuro.

Nesse período nunca levantou problemas, nunca veio para a imprensa reclamar, nunca barafustou por estar de fora. Levantou a cabeça e continuou a trabalhar para recuperar da lesão e para poder ser opção para o treinador e provar assim que merece que lhe renovem o contrato. É um dos capitães de equipa e dá o exemplo para os outros na perfeição: só através de humildade e de trabalho é que se vai longe no FC Porto.

Todos sabem o que sinto pelo rapaz. É tolo, trapalhão e distraído ao mesmo nível que é esforçado, lutador e humilde. E tem o meu apoio, para lá das piadas fáceis que por vezes faço à custa dele.

Bem vindo de volta, Mariano!

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Um tipo honesto

Um jogador à Porto (aquele mito que perdura nos três maiores clubes portugueses, bem explanada pela expressão "à"), segundo a nossa perspectiva, é aquele rapaz que dá o litro em campo, que é positivamente agressivo, que sabe o seu lugar na equipa e no seio da estrutura e que não se coloca à frente da instituição. Joga simples, joga fácil e não tenta abusar da sorte nem tem tiques de vedetismo excessivo para lá do que o talento lhe permite. É para além de um bom jogador um bom homem de família, digno, respeitador e honesto.

Hoje em dia, no nosso plantel, temos um excelente exemplo da imagem mental de um jogador à Porto, personificado em Jorge Fucile.

Fucile (ou Fucíl, para Valdemar Duarte), depois de um excelente Mundial, chegou a falar do interesse de clubes italianos e alemães para a sua saída, nunca andou a pedir para sair, a reclamar melhores condições em público mas ao contrário de muitos outros, o Jorginho que até tinha razões para assumir essa posição, nunca o fez. A dignidade com que se apresentou fê-lo ganhar ainda mais adeptos entre dragões:

"Não estou desesperado para sair do FC Porto. Estou num grande clube, que me tem dado todas as condições para evoluir e não tenho pressa de sair. Tenho grande respeito pelo presidente, pelo clube, pelos adeptos, e por muito valorizado que esteja o meu passe, nunca me ouvirão dizer que gostaria de jogar neste ou naquele clube, enquanto for jogador do FC Porto. Uma coisa é dizer que gostaria de experimentar novas sensações, outra coisa, muito diferente, é dizer que pretendo sair do FC Porto. Não sou ingrato e gosto do meu atual clube. Sei que há clubes que estão a demonstrar interesse em contratar-me, o que é bom para mim. Mas no meio de tudo isto há um clube com quem tenho contrato e que merece respeito. O meu e o de outras pessoas."

23 Julho 2010

Ficou-me na memória. Gosto deste puto e aprovo a renovação até 2014. E é também por isto que lhe perdoo exibições como a de ano passado em Londres, onde não havia buraco suficientemente grande para se enfiar. Só gostava que não se pusesse a fintar meia equipa adversária sozinho para não vir a correr como um demente para ver se recupera. Mas isso, como se diz aqui no burgo, são outros quinhentos.

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Equipa do ano 2010

Onze do ano de jogadores que alinharam pelo FC Porto no ano de 2010:

GR: Helton
DD: Fucile (3º no Mundial 2010)
DC: Maicon
DC: Rolando
DE: Álvaro Pereira (3º no Mundial 2010)
MD: Fernando
MC: Belluschi
MC: João Moutinho
AV: Varela
AV: Hulk
PL: Falcao


Jogador do ano: Falcao




Onze do ano 2010 de ex-Portistas ainda no activo, escolhido por mim:

GR: Hilário (Campeão de Inglaterra + primeira internacionalização por Portugal)
DD: Paulo Ferreira (Campeão de Inglaterra)
DC: Bruno Alves (Transferência por 22M€ para o Zenit + Campeão da Rússia)
DC: Ricardo Carvalho (Campeão de Inglaterra + Transferência por 9M€ para o Real Madrid)
DE: Aly Cissokho (Transferência por 15M€ para o Lyon + Primeira internacionalização pela França)
MD: Paulo Assunção (Vencedor da Europa League)
MC: Raul Meireles (Transferência por 13M€ para o Liverpool)
MC: Lucho González (Campeão de França pelo Marselha)
AV: Alan (2º lugar com o Braga na Liga Sagres)
AV: Ricardo Quaresma (Vencedor da Champions League + Campeão de Itália + Transferência por 7,5M€ para o Besiktas)
PL: Lisandro Lopez (3º melhor marcador em França + Jogador do ano para a UNFP)

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Extremaduro


Depois não digam que não percebem porque é que os extremos que saem das nossas escolas não ficam na equipa principal...

PS: este é um post de brincadeira, meus amigos. Espero ainda esta época dar vários Baías ao Mariano e acolher um rapaz trabalhador, esforçado e lutador de volta ao seio da massa associativa. Não sabe muito mas faz o que pode e às vezes faz o que nem tinha ideia que podia.

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Parabéns, Presidente!

O grande desafio da liderança é ser forte mas não bruto; ser bom mas não fraco; ser corajoso mas não agressivo; ser pensativo mas não preguiçoso; ser humilde mas não tímido; ser orgulhoso mas não arrogante; ter humor mas não ser parvo.

Jim Rohn

Parabéns, Presidente. Se o pudéssemos ter por mais 73 anos, era menino para fazer uma petição ao recém-papá/recém-ele lá de cima.

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SWOT - 2010/2011 - Resultados a meio da época

No passado mês de Agosto fiz uma análise SWOT sobre a nova temporada do FC Porto e o facto de ser uma época de mudança para todos, com um novo treinador e alguns novos jogadores a pegarem no touro pelos cornos. Chegou a altura de um pequeno balanço nesta fase de descanso natalício. Segue abaixo:



Os vistos verdes representam items que estavam correctamente estimados, os vermelhos foram especulações rotundamente erradas e os amarelos são pontos de incerteza. Não quer portanto dizer que os items que estão marcados a verde são benéficos para o clube nem que os vermelhos são prejudiciais (se bem que como todos sabemos, o vermelho tende a sê-lo), apenas traduzem uma análise correcta ou não.

Vamos lá perceber então se a época está a corresponder às (minhas) expectativas:

STRENGTHS (Pontos fortes):

Nem preciso de entrar em detalhe, certo? Tudo o que se assumia veio a ser comprovado.


WEAKNESSES (Pontos fracos):

Aqui já há pontos que não foram previstos na mesma medida correcta dos pontos fortes no que acabou por resultar em benefício do clube:

- Falta de alternativas na frente de ataque na ausência de Falcao, já que Walter precisa de forma física e não há mais nenhum ponta-de-lança. - Continuo a achar que Walter ainda não é uma alternativa credível a Falcao para ser titular, e caso o colombiano não jogue terá sempre de haver alguma adaptação de Hulk a ponta-de-lança ou então mudar o sistema para um 4-4-2 que, admita-se, não está ainda oleado na perfeição.

- A saída de Bruno Alves ainda não foi suprida e internamente Maicon ainda não tem experiência suficiente para se afirmar em pleno. - Já a saída de Bruno Alves parece não ter feito grande mossa, apesar das bolas aéreas já não serem quase sempre dominadas em voo, mas a forma de Maicon (quando não se põe a brincar como em Alvalade) colocou o ex-capitão quase no esquecimento precoce e Otamendi parece cada vez mais um valor seguro.

- Fecho tardio do plantel, com elementos a chegar ainda não integrados e outros que estando integrados podem facilmente sair. - O plantel fechou a horas, sem compras loucas (Prediger e Valeri no ano passado, lembram-se?) e não fossem os casos Walter e Kléber e não tínhamos tido grandes motivos de conversa no defeso. Bruno e Raul eram já sabidos que iam sair, só não havia a certeza para onde...

- Em alguns casos as diferenças entre os titulares e as alternativas é grande demais para garantir segurança, seja por período de adaptação curto ou por falta de qualidade. - O ponto mais importante é mesmo este último. É verdade que temos alternativas mais credíveis que no ano passado mas a equipa ressente-se quando as alterações são grandes ainda que pontuais, como aconteceu com Emídio no lugar de Álvaro, Walter em vez de Falcao ou Ukra/Cebola a substituir Varela. Apenas para o final de 2010 é que houve uma mescla mais produtiva, com Ruben a crescer de forma, Fucile e Sapunaru ambos em bom nível, Otamendi mais calmo e James a mostrar o que vale. Espero que continuemos a melhorar em 2011, porque os primeiros 3 meses não foram seguros caso os titulares se lesionassem. Como sempre tenho dito, aceita-se mas é preciso mais e melhor.


OPPORTUNITIES (Oportunidades):

- Possibilidade de chegar mais longe na Liga Europa que na Liga dos Campeões. - Na Liga Europa ainda não chegamos aos 1/8s por isso o patamar standard da Champions ainda não foi atingido, por isso esperamos todos para ver...

- Menos pressão para vencer da parte da imprensa pode levar a boa gestão de expectativas. - Numa palavra: balelas. Mal a comunicação social começou a ver que havia ali material de qualidade e que a primeira derrota não surgiu, foi automática a forma como as pressões se intensificaram, culminando com o jogo frente ao Paços. Pressão? Venha ela!

- Permitir a gestão do plantel por forma a rentabilizar o máximo dos jogadores, permitindo utilização de todos em várias competições. - Todos os jogadores foram utilizados até esta altura. Mais uma vez, excelente gestão do plantel.

- Voltar a apostar na “prata da casa” por forma a não gastar verbas astronómicas na contratação de jogadores de valor não confirmado. - Não posso dizer que tenha havido uma aposta clara nos putos da formação, apesar da chamada constante de Badr, Maia, Kadu ou Tiago Ferreira (entre outros) aos treinos dos seniores. Castro e Ukra tem sido usados de forma intermitente, com menos jogos que outros jogadores "caros" que existem no plantel como Walter, James ou Souza, mas a diferença está na qualidade. Castro poderia perfeitamente ser alternativa a Souza ao passo que a diferença de produção entre Ukra e Cristian Rodriguez não é suficiente para que o uruguaio tenha levado a melhor. Espera-se pelo mercado de inverno para saber se ficam ou se vão rodar.

- Juntar os adeptos à equipa depois do desânimo geral causado pela má época 2009/2010. - Sem comentários. Estamos todos com a equipa e o número de espectadores no Dragão é prova disso.

THREATS (Ameaças):

- Pouca paciência dos adeptos para sequências de resultados negativos. - Ainda não houve uma "sequência" de resultados negativos, e os três empates (dois para o campeonato e um na Europa League) não são propriamente negativos já que um foi em Guimarães, outro em Alvalade e outro frente ao Besiktas, e em todos terminamos o jogo em inferioridade numérica. Já se ouviram assobios no Dragão mas espero que os pipoqueiros se acalmem.

- Reforço do plantel em desespero de causa se não conseguirmos os acordos com os jogadores pretendidos. - Nada a comentar. O investimento foi normal e o facto de Kleber não jogar agora de azul-e-branco serve para provar que não fomos gastar dinheiro à louco.

- Pouca utilização pode levar a baixa de moral para alguns jogadores (Beto, Castro, Ukra...). - Qualquer um destes rapazes tem vindo a dizer que não está insatisfeito, apesar de querer jogar mais. Assumo que a gestão de plantel é complicada mas moralmente parece-me tudo bem.

- Inexperiência do treinador pode ser aproveitada por oponentes com mais “calo”, particularmente com resultados negativos. - Mais uma vez...é preciso para isso ter resultados negativos. E não incluo aqui a irascibilidade de Villas-Boas nos empates em Guimarães e Alvalade porque, sinceramente, foi extrapolado em demasia pela imprensa.

- Acumulação de jogos em fases cruciais (Setembro), a somar a ausências pontuais de alguns jogadores em competições internacionais - A qualificação para a fase de grupos da Europa League passou sem espinhas e os jogos da Selecção deixaram poucas mazelas. O plantel deu conta do recado.

Estamos perto de terminar a primeira volta. Será que a segunda parte do campeonato vai trazer novidades?

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Feliz Natal, malta!



É o que desejo a todos. Todos. Até ao Domingos Amaral e ao Eduardo Barroso.

Divirtam-se, comam, bebam, descansem. Tenhamos paz e harmonia ao menos uma vez por ano!

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Neste Natal...

Que o Falcao continue humilde e a marcar golos como o Van Basten se jogasse na 3ª divisão búlgara...

Que o Hulk permaneça até ao fim da época...

Que o Fucile faça o mesmo...

Que o Helton se mantenha bem-disposto e confiante, que toque lá a música dele mas que não a passe para o campo...

Que o Sapunaru não se meta no álcool de novo...

Que o Álvaro trate bem das pernas porque vai precisar delas na segunda volta...

Que o Varela recupere rápido porque faz falta...

Que o Guarín não regrida um ano e continue a ser prático e objectivo a jogar...

Que o Walter passe a semana de Natal no ginásio do Biggest Loser...

Que o Maicon deixe de brincar na defesa...

Que o Otamendi continue a ver bem ao longe porque os carrinhos são bons mas arriscados...

Que o Villas-Boas consiga motivar os rapazes até ao fim em todas as provas e lhes mostre que a vitória só chega quando se levanta o troféu...

Que os adeptos voltem a encher o Dragão em 2011...


E acima de tudo...que sejamos campeões!

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Memória Azul - Nº 6 - Benfica vs FC Porto



foto retirada da Record "Revista da época 1996/1997"

No dia 11 de Outubro de 1996, o FC Porto visitou a Luz para o Campeonato e venceu por 2-1 com golos de Jorge Costa e de um rapaz que na altura já estava a começar a dar que falar: Mário Jardel. Esta foto consegue o raro feito de reunir duas duplas que fizeram história em Portugal, por motivos totalmente diferentes: Aloísio e Jorge Costa, pela solidez defensiva, classe e profissionalismo; Paulinho e João Pinto, pela rivalidade extrema dentro de campo. E umas cotoveladazitas.

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RIP Pôncio Monteiro



Um grande Portista, sempre disposto a defender as nossas cores fosse onde fosse.
À família e amigos, as minhas condolências.

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Planeta Azul Nº16 - USL Dunkerque


Planeta Azul Nº16 - USL Dunkerque















País: França

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Quando é merecido...



Já nem falo do papel de Iniesta e o seu mérito futebolístico pelo festival de futebol que o Barcelona mais uma vez brindou o público do estádio onde jogou. Apenas me foquei na incrível manifestação de carinho e reconhecimento de um acto de honra que Iniesta tinha tido na homenagem a Jarque, jogador do Espanhol que faleceu no ano passado. Daí os aplausos.

Fez-me lembrar um dia em que aplaudi um certo Ion Timofte de axadrezado vestido em pleno Estádio das Antas. Foi em Outubro de 1998 e tínhamos acabado de levar uma banhada do Boavista, com dois golinhos (um dos quais marcado pelo nosso ex-jogador) sem resposta da nossa parte. Quando o romeno foi substituído, levantei-me e bati palmas. O resto do estádio, decerto não inspirado pelo meu gesto mas impelido pela força de uma noção de justiça que se sobre-elevou à acesa rivalidade, estava a fazer o mesmo.

Foi uma das únicas vezes em que aplaudi o adversário do FC Porto. A outra, que me lembre, foi contra a Sampdoria, com Robson no banco e Latapy a falhar um penalty. Mais uma vez foi merecido e quando é assim, não há nada a dizer. Só aplaudir.

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Baías e Baronis - Paços Ferreira vs FC Porto

Foto retirada do Sapo Desporto

Ainda estou a assentar ideias quanto ao jogo de hoje. Complicado é dizer pouco, como qualquer Paços/Porto, em que a equipa da casa aplica sempre uma agressividade acima da média contra nós, o que não sendo censurável acaba por ser impeditivo de um jogo mais conseguido. O resultado de 3-0, apesar de não espelhar o que foi uma segunda-parte que deixou todos os portistas com o proverbial credo na boca, devia ter sido obtido nos primeiros 45 minutos, onde falhámos golo atrás de golo e acabámos por entregar ao adversário a dinâmica de ataque que nos ia lixando a vida. Safamo-nos no final, com um penalty não-muito-visível-mas-nunca-se-sabe-porque-ainda-no-dia-anterior-tinha-sido-marcado-um-idêntico, mas a eficácia dos últimos 10 minutos foi-nos favorável e ainda bem. Acabamos o ano em primeiro lugar, com 8 pontos de avanço, mas os jogos estão a ser progressivamente mais sofridos e complicados. Vamos a notas:









(+) Hulk  Não consigo encontrar lugar para o criticar hoje. Não está na mesma forma que no início da temporada, nem o maior fã poderá afirmar isso. Mas a produtividade hoje em Paços de Ferreira foi alta, com um golo e duas assistências a fazerem com que Hulk fique para a história do jogo como o elemento em maior destaque. Ah, e sofreu um penalty por mais um dos jilhões de calcadelas dos jogadores do Paços, mas como não interessa para as contas, ninguém liga. Hulk está a sofrer a diferença que se nota do que foi o Hulk do início da temporada onde apareceu com níveis físicos muito acima dos adversários e dos próprios colegas, ao passo que agora já me parece estar mais nivelado. Se souber intercalar a explosão com o sentido prático, volta a ser o "Incrível" do costume. Assim, é só um excelente jogador que nos dá golos e pontos.

(+) Otamendi  O golo é excelente mas o que me fica mais na cabeça são as inúmeras vezes que apareceu a cortar lances de grande perigo para a nossa defesa. Quase sempre bem posicionado em relação aos avançados contrários, a única coisa que lhe posso apontar é que parece ainda não estar muito bem entrosado com Rolando, o que apesar de ser compreensível acaba por colocar em risco a solidez defensiva da equipa. Na segunda parte baixou o nível, tanto técnico como de concentração, mas continuo a achar que está muito bem na equipa.

(+) Álvaro  Todo o flanco outra vez, Álvaro! Não tão bem na defesa mas importantíssimo no ataque, especialmente quando Villas-Boas reordenou as tropas e o sistema táctico na saída de James e na entrada de Souza para o meio campo, obrigando o uruguaio a apoiar o ataque com Moutinho um pouco à frente. Álvaro nunca se faz rogado, zarpa por lá fora cheio de força e adiciona sempre uma opção pelo flanco, vital para alargar o jogo quando é preciso, seja a atacar como a guardar a bola com um espaço mais amplo para o oponente cobrir. Muito esforçado.

(+) Sapunaru  Menos vistoso que Álvaro, foi quase sempre seguro e continua a ser uma boa surpresa. O facto de parecer não saber mais do que o que mostra em campo acaba por limitar a nossa perspectiva dele como adeptos, já que sabemos não esperar mais do que pode e faz. Não me importo. Sapunaru cresceu muito em confiança e apesar de não subir tanto como o colega do outro lado, não causa perigo para a defesa porque apela naturalmente ao sentido prático. Está em perigo? Bola fora. É só o que lhe peço.

(+) Helton  Seguro durante toda a segunda parte, apesar de uma falha muito grande quando socou a bola para pouco longe, tendo a sorte do cabeceamento seguinte ter saído direitinho para as suas mãos. Muitas defesas simples mas seguras e uma garantia aos defesas que estão em boas mãos quando a bola passa por eles.










(-) Ineficácia na primeira, tremideira na segunda  Mais uma vez, à imagem do que se passou nos jogos contra Setúbal e Portimonense, uma vantagem de um golo não é confirmada rapidamente com o segundo ou o terceiro. Pode soar a arrogância assumir que essa seria uma vantagem digna sobre outras equipas menos abonadas tecnica e financeiramente, mas não é isso a que me refiro, mas sim à quantidade ridícula de golos falhados que temos vindo a acumular. Como quem falha arrisca-se a sofrer, andamos com algumas segundas-partes que estão a enervar os adeptos que não percebem como se pode falhar tanto. O empenho da equipa não está aqui em questão, mas não quero que a equipa se transforme num Sporting que se pode lamentar das bolas à trave ou dos remates ao poste. Não preciso de remates a 30 metros ou bicicletas, quero golos simples, mas que entrem.

(-) Belluschi  Voltou a não ser o Belluschi do primeiro terço do campeonato e o desdobramento do meio-campo está a sofrer com isso. Entre Sapunaru/Fucile, Ukra/James ou Guarín/Souza, já há dúvidas suficientes para o onze-base do FC Porto para termos um Belluschi a precisar de rodar no banco um bocadito. As coisas não lhe estão a correr bem e torna o jogo mais complicado com constantes tentativas de adornar os lances pelo ar em vez de "sentar" a bolinha na relva e passá-la com maior certeza que chegue ao destino correctamente. Tem de melhorar.

(-) André Leão e Filipe Anunciação Não era preciso consultar o Oráculo de Delfos (ou o de Bellini para ser um bocadinho mais prosaico e ao nível destes anormais) para perceber que estes dois exemplos de masculinidade sobre-compensada iam passar o jogo armados em porteiros de discoteca. Casos óbvios de Katsouranização, era calcadelas, entradas por trás, carrinhos de pé no ar, tudo valia. Hulk, Álvaro, James e Falcao lutaram contra estas paredes de betão estúpido sem grande sucesso. E se Filipe andou menos interventivo porque jogou a central, já o amigo André mostrou que ainda precisa de muitas aulas de danças de salão para que lhe ensinem que se fôr a pisar assim os colegas de profissão...um dia destes vai levar com um martelo na nuca. Não danço por isso não sei qual será a reacção, mas se lhe fizerem o mesmo que o André Leão hoje fez, não deve fugir disto.



Custou mas vencemos num campo muito difícil contra uma equipa muito rija, com avançados rápidos e destemidos, com a garra da juventude a criar muitos problemas aos nossos rapazes. O Paços tem alguns bons jogadores, boas opções e alternativas ofensivas que lhe deviam dar um lugar superior no campeonato. Não fosse Sapunaru e Otamendi na primeira parte a somar a Helton na segunda, e o resultado podia ter sido muito diferente. Estamos no bom caminho para sermos campeões, e as vitórias finais fazem-se de muitas destas vitórias parciais. E contam tanto como as outras.

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Ouve lá ó Mister - Paços Ferreira

André, destruidor de mitos!

Arranjaram-te um rico número do Pena. Agora cada jornada que passe vai ser um "será que é desta que o FC Porto perde?" em todas as bocas, da imprensa aos adeptos, dos presidentes aos jogadores. Já não se pode jogar rotineiramente bem neste país que nos caem logo em cima. Enfim, nada que desmoralize as tropas.

Mas confio em ti, homem. Quando começou o campeonato, pensei que terminar o ano em primeiro lugar seria muito bom, e agora que esse objectivo está conseguido convém continuar a manter a distância. São só oito simples pontos, o equivalente a um empate e duas derrotas. Já passaste por isso no Chelsea e no Inter e sabes que as vantagens se perdem muito rapidamente, por isso todos os jogos são complicados a partir desta altura. Este em particular, porque o pessoal do Paços está cheio de papo e têm alguma razão para isso. O campo é difícil, curto, estreito, e vai estar com 11 gajos de amarelo e verde do outro lado que estão a arder para ganhar o jogo. Além disso joga o Filipe Anunciação e em qualquer jogo que essa besta alinhe, é garantido "à lá Flávio Meireles" que vai haver molho.

É triste ser pessimista mas eu sou um dos que pertence a esse grupo. Acho que o jogo vai ser tramado e só um jogo duro, rijo e disciplinado vai fazer com que mantenhamos os 8 pontos de avanço. Contraria-me ou confirma o que digo. E ganha o jogo.

Sou quem sabes,
Jorge

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Porto's Buy Low, Sell High Strategy


"They have become the ultimate football traders, buying low and selling high with great success, which should be applauded, especially as their results on the pitch have rarely suffered."

Uma longa e excelente análise ao modelo estratégico do FC Porto no mercado de transferências nos últimos anos, feita pelo blog Swiss Ramble.

Fica o aviso: é um bocado pesado nos termos e conceitos financeiros.

A ler aqui: Porto's Buy Low, Sell High Strategy

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Nem bom vento...


De todas as hipóteses que nos podiam ter calhado em sorte, saiu a segunda mais complicada. Pior só mesmo o Nápoles.

Se queremos tentar chegar à final em Dublin, temos de estar prontos para estes confrontos com equipas acima da média. Uma coisa é certa: podemos pedir informações ao Braga, eles já sabem o que é preciso fazer para eliminar estes rapazes.

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Is Andre Villas-Boas About to Take Over the World?

"As of yet, Villas-Boas is just a 33 year-old with less than a year of managerial experience who hasn’t won anything on his own. But his resume is already impressive, and he carries himself with an air of confidence that at the very least suggests that he knows deep down that he can do this and he belongs in the position he is in."

A entrada de rompante de André Villas-Boas no mundo portista, vista por um dos residentes do blog The Offside.

A ler aqui: Is Andre Villas-Boas About to Take Over the World?

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Antigamente divinizava-se...

Mal vi o resultado do sorteio da Taça que nos colocou o Pinhalnovense pelo caminho, a primeira coisa que pensei foi: "Que sorte estamos a ter este ano no sorteio!". Como é lógico no pensamento deturpado da maioria da gente mal-intencionada, logo comecei a ler tiradas com lamúrias à legalidade do sorteio, que o FC Porto era sempre beneficiado, que estes "inserir termo depreciativo aqui" são sempre a mesma coisa. O costume, portanto.

Assim sendo e como os comentários surgiram em blogs afectos ao Benfica (que sigo porque gosto de saber o que pensa o "inimigo", como sabem) dei-me ao trabalho de recolher dados sobre as últimas 7 edições da Taça de Portugal (usando o ZeroZero como base de dados) e comparar as estatísticas de ambos os clubes nesta competição. Ora vejam lá os jogos do Benfica desde 2003/04, o último ano em que venceram o troféu:


E agora os jogos do FC Porto:


Muita informação, não é? E um quadro-resumo, isso é que era! Cá está ele:


É fácil perceber que a conversa é apenas isso. Conversa. A forma como se interpretam factos de uma maneira subjectiva é sempre passível de contraditório, particularmente pela própria subjectividade. Em português: "oh, tem juízo!".

O problema, como disse em conversa com um amigo, é que a maior parte das pessoas que gostam da bola não fazem uma análise crítica e séria aos factos que ouvem e tomam como verdadeiros. Assumem que a sua verdade é A verdade, emprenham de ouvido e propagam a mentira, servindo o propósito dos que a espalham. Em tempos idos, a malta divinizava tudo o que não compreendia ou que achava ser contrário às suas pretensões. Hoje em dia, para um segmento da nossa sociedade, tudo o que acontece de mal a essa malta...acabam por corruptizar. É normal e perfeitamente saudável.

Fica o apelo: quando ouvirem algum facto como verdade, tentem descobrir se o é de facto...um facto. É só para evitar que façam figura de parvos.

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Baías e Baronis - FC Porto vs CSKA Sofia

Foto retirada do MaisFutebol

Hoje o jogo pautou-se pela meia-dúzia. Meia-dúzia de graus de temperatura. Meia-dúzia de adeptos contrários. Meia-dúzia de vezes que gritei: "Oh Souza, passa a bola rápido!". Meia-dúzia de oportunidades de golo bem criadas e ainda melhor falhadas. Meia-dúzia de lapadas no focinho que o Maicon devia apanhar. E por aí fora. Foi um jogo simpático, calmo e sem levantar grandes questões, onde Villas-Boas experimentou um sistema táctico novo e onde descobriu que pode jogar com a formação do costume, que tendo James em campo pode sempre adaptar o futebol para outro modelo sem precisar de mudar grande coisa. Gostei muito do puto mas acima de tudo gostei da forma como a equipa correu quando foi preciso e soube descansar nas alturas em que as coisas não correram tão bem. Acima de tudo foi mais uma vitória, um bom triunfo a fechar o ano no Dragão, onde se perspectivam bons confrontos nos primeiros meses de 2011. Venham de lá essas notas:









(+) James Rodriguez  Se dúvidas houvesse depois do jogo contra o Juventude de Évora, dissiparam-se hoje. James (ou Rámés, como quiserem) sabe jogar à bola e mostrou-o hoje mais uma vez. Versátil quanto baste, pode jogar encostado à esquerda ou no meio, e compreendi hoje porque lhe chamam "El Bandido", tal foi a forma como aparecia e desaparecia do jogo quando lhe apetecia, surgindo pronto a receber a bola para criar jogadas de perigo para o adversário. Bom tecnicamente, sabe rematar e acima de tudo joga de cabeça levantada. Precisa de, como se diz aqui no Norte, "botar corpo" para poder lutar contra defesas mais rijos. Temos homem.

(+) Fucile  O melhor em campo a par de James. Com o 4-4-2 que Villas-Boas pôs em campo, os laterais teriam um papel ainda mais preponderante na criação de jogadas ofensivas, não fazendo o overlap do costume mas tomando eles próprios a iniciativa de romper pela defesa contrária. Fucile fê-lo durante todo o jogo e quase sempre bem, com a garra que todos lhe conhecemos e a mostrar-se mais parecido com o Fucile da selecção do Uruguai no Mundial'2010 do que o Fucile do FC Porto 2009/2010.

(+) Otamendi  Estou a gostar deste fulano. É rijo o suficiente e não se intimida com nenhum adversário que lhe calhe na rifa. Cortes milimétricos efectuados com precisão e muita técnica, foi o companheiro que Maicon precisava para suportar o chorrilho de disparates que o brasileiro hoje protagonizou. Marcou um golo com alguma sorte mas acima de tudo esteve sempre em bom nível na defesa.

(+) Ruben Micael  Melhor, muito melhor que no passado Sábado, mais solto, mais prático e mais confiante no que sabe e pode fazer. Mais um golo na Europa e principalmente a garantia que pode ser opção segura para o meio-campo. Infelizmente parece estar mais talhado para jogar no lugar de Moutinho do que como alternativa a Belluschi, tendo em conta a forma pausada como pensa o jogo, o que levaria a que o sistema pudesse mudar um pouco. Como Belluschi (jogo fraquinho) rompe mais pelas defesas e joga muito melhor com Moutinho ao lado do que com Ruben...vai ser difícil ao madeirense ser titular a curto prazo.

(+) M'Bolhi  Fez algumas defesas apertadas mas acima de tudo esteve sempre bastante seguro na baliza, bem posicionado e sem inventar. Foi por culpa dele (e da pouca força da maioria dos treze remates que fizemos) que o jogo acabou com apenas três golos na nossa conta. O penalty foi relativamente fácil de agarrar mas ainda assim é meritória a calma com que enfrentou o nosso Radamel.










(-) Mais um penalty falhado  Percebi que havia a intenção de permitir a Falcao marcar um golo por forma a consolidar a liderança nos melhores marcadores da Europa League. Ainda percebo mais porque a forma como sacou o penalty foi inteligente e Falcao merecia ser ele a marcar. O que não percebo é como é que ainda ninguém ensinou a Falcao como marcar um penalty em condições. O guarda-redes não defendeu: apenas se deixou cair. Já são muitos penalties falhados e se neste jogo não interessou muito, noutros pode ser a diferença entre qualificação e eliminação.

(-) Maicon  É uma frustração ver um rapaz com talento e que habitualmente transmite segurança aos colegas e aos adeptos a brincar desta maneira e a ter desconcentrações como as que Maicon teve hoje. Para lá do lance do golo onde foi inacreditavelmente displicente, esteve muito mal em mais alguns lances, perdendo a bola para o adversário directo ou pondo Helton em perigo com atrasos absurdos. Mais para o fim era notório o desconforto com o que tinha feito, quando nem sequer tentava controlar o lance, limitando-se a enviar a bola para fora sem pensar duas vezes. Custa fazer parvoíces e tomar noção do que se fez, não é, rapaz? Ao menos isso, que aprenda com os erros e deixe de os fazer de uma forma que parece deliberada, porque está a perder o estado de graça com os adeptos...e depois é uma chatice para o recuperar.

(-) Souza  Definitivamente não é trinco. Cometeu os mesmos erros que Guarín fez quando começou a jogar naquela posição (que agora parece ter corrigido), guardando a bola em demasia, procurando fintar os adversários que encontrava em vez de jogar simples e prático para o colega mais próximo. Perdeu várias bolas e pareceu totalmente fora do jogo em algumas alturas, falhando no tempo de salto, no posicionamento e na rotação de bola. Guarín está muito acima de Souza na luta pelo lugar com Fernando. Porra que isto até custa a dizer.



Só volto ao Dragão em 2011. É pena porque estou a gostar de ver este FC Porto a jogar. Alguns dos rapazes que ano passado andaram em muitos jogos como perfeitos imbecis a actuar com medo da própria sombra parecem ter recuperado a garra e a inteligência e estão com confiança para mostrarem o que valem. O FC Porto sabe quando acelerar, sabe travar, sabe romper e sabe descansar. Uma prova de fogo na Europa League precisa-se, porque podemos ser candidatos a vencer este troféu outra vez. Espero pelo sorteio na 6a feira para me decidir se estou a ser optimista em demasia...

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Ouve lá ó Mister - CSKA Sófia

André, приятел!

Podes pensar que este jogo não interessa nem ao Menino Jesus, ele que estará brevemente prostrado nas proverbiais palhinhas e deve preferir ver a Casa dos Segredos a assistir a mais um confronto luso-búlgaro, novamente no mesmo dia de outro semelhante mas entre duas equipas de estatuto mais parecido. Mas para mim interessa e muito.

É fácil perceber porquê. É o último jogo do ano no Dragão, a uma semaninha do Natal, e queremos que a nossa árvore seja banhada a ouro e incenso (a mirra dispensa-se), não a lágrimas e lamúrias. 'Tis the season to be jolly, por isso vamos saudar os búlgaros numa saída honrosa da Óroliga com garra e deixar uma boa recordação aos adeptos que só para o próximo ano voltarão a pisar aquela maravilha da arquitectura.

É verdade que faltam alguns rapazes importantes e que te apetece experimentar mais um bocadinho. Não te censuro. Se fosse a ti até descansava o Moutinho porque o jogo de Domingo em Paços vai ser tramado. Que tal Otamendi na rectaguarda, Castro e Ruben no meio e James à esquerda? O puto tem de confirmar o que fez no jogo da Taça senão vai ser sempre apontado a dedo que só serve para jogar contra equipas pequenas e já que devemos ficar sem ele em Janeiro era boa malha pôres o catraio a correr. Mas cuidado, este CSKA é de Sófia e não de Moscovo, mas não quer dizer que não nos lixe o que pode ser uma boa quarta-feira europeia. E que saudades temos todos das quartas-feiras europeias, André...


Sou quem sabes,
Jorge

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Jovens promessas

Um dos sites que costumo visitar regularmente é o Academia de Talentos. Não sou um habituée dos jogos dos nossos escalões de formação, longe disso, e exactamente por isso habituei-me a confiar nas análises e comentários dos autores sobre os talentos que vão despontando no panorama nacional. Ficam alguns perfis que surgiram no site sobre os nossos jovens pupilos dos juniores que poderão no futuro vestir a camisola da equipa principal...e por isso interessará a todos os portistas saber quem será o futuro Baía ou Domingos ou João Pinto...ou não.

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Falcao no Benfica!!!


Coitado do quarto classificado na lista de melhores marcadores do campeonato. Depois de na SIC lhe chamarem Gaitán, agora o Record transfere-o para o Benfica sem avisar ninguém.

Que virá a seguir? Aposto que só vão começar a contar os golos que marcar fora da área.

(Hat tip para o Céu Encarnado pela descoberta)

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Um Guarín renovado?

Há uma tradição de mal-amados no mundo do futebol e o FC Porto não foge à regra. Há tantos anos que os vejo a derrapar na relva, a escorregar quando em vez de atrasar a bola para o guarda-redes a colocam directamente no caminho do incauto e sortudo avançado, a centrar para a bancada ou a rematar ao poste quando a baliza está deserta. Alguns rapazes simplesmente não caem no goto do povo. Azares, dirão alguns, inépcia, reclamarão outros.

Guarín é só mais um numa longa lista onde figuram nomes como Secretário, Folha, Chippo, Esquerdinha, Chaínho, Soderstrom, Pena, Jankauskas e mais recentemente Marek Cech, Farías ou Mariano (sim, e há muitos outros que podiam entrar na lista...), todos eles rapazes que se esforçavam para serem ídolos de massas, esperneando como porcos na fila para o matadouro a tentar marcar a diferença pela positiva, quando boa parte das vezes as coisas não saíam como queriam.

O meu colombiano preferido depois de Falcao (e talvez James...e definitivamente Valderrama) está em plena ascensão. Ocupando a vaga deixada livre pela lesão de Fernando, Guarín tem beneficiado da táctica "rotativa" no meio-campo de Villas-Boas, que dá mais liberdade aos médios quando a equipa está com a bola, obrigando-os a saírem da posição que ocupam em situação defensiva e a trocar de lugar com os colegas (assim à Barcelona ma non troppo), o que parece estar a agradar ao louco Fredy que já não precisa de estar tão estático na posição 6, função em que não funcionou muito bem nos dois anos em que cá esteve.

Hoje em dia, Guarín parece menos "louco", mais prático e a jogar simples, usando a força que tem para impôr respeito mas tem abdicado das correrias doentias pelo campo fora, galgando e calcando relva, bolas, botas e tudo o que aparecesse pela frente, só para perder a bola no final da jogada demente que tinha iniciado. Critiquei-o já imenso no passado e continuá-lo-ei a criticar se voltar aos mesmos erros que cometia, mas pareço ver um novo Guarín que pode dar muito jeito nalgumas circunstâncias.

Guarín, como todos os homens mal-amados antes dele, merece a minha crítica e o meu respeito. Às vezes mais um que outro...

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ReporTV - "Porto Vintage"



Descoberto no Mística do Dragão. Para ver e rever.

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Baías e Baronis - FC Porto vs Juventude Évora


Sábado à tarde, tempo ameno, bom ambiente com muita malta que claramente nunca esteve num estádio de futebol e o FC Porto defrontou aquilo que foi o equivalente a onze embalagens de pão-de-forma Bimbo (tanto visualmente como em termos de talento, salvando-se a boa vontade com que tentaram jogar à bola naquilo que foi pouco mais que um treino com bola. O resultado foi suficiente para um jogo deste calibre e ainda bem, porque se o FC Porto tivesse acelerado um bocadinho, o resultado chegava a números superiores ao 9-1 de 1997. Acima de tudo foi um jogo tranquilo, bem-disposto e com poucos motivos para chatices. Vamos a notas:









(+) João Moutinho  Abriu a conta de golos com a nossa camisola e fê-lo através de uma jogada quase perfeita de entendimento com os colegas. É esta a evidência que faltava e que todos os adeptos ansiavam: Moutinho sabe marcar golos. Durante o jogo foi o jogador mais clarividente como já é seu hábito, com a consciência perfeita de quando passar a bola, quando a guardar, reservando para si o lugar de principal jogador na criação de jogadas ofensivas. É um deleite vê-lo a olhar para o jogo, a rodar a bola quando deve e a pensar o jogo como poucos vi a fazer até hoje. A forma como já conquistou os adeptos é sintomática da empatia que todos sentimos com ele.

(+) James Rodriguez  Boa exibição de um dos jogadores que maiores expectativas tem criado nos adeptos. Villas-Boas apostou no colombiano e não pode dizer que se tenha saído mal, porque esteve quase sempre em bom plano. Perfeito no cruzamento para Falcao no primeiro golo, bem no entendimento para o segundo, ainda somou mais um belo remate em banana e podia (devia) ter marcado em dois lances onde cabeceou fraco quando tinha a baliza vazia à frente. Não me parecendo ser um ala puro (não é rápido nem em velocidade nem em execução), pode ser um excelente "reforço" para a segunda parte do campeonato. É preciso é vê-lo a jogar contra uma equipa que dê mais luta que o Juventude de Évora.

(+) Álvaro Pereira  É completamente diferente ver Álvaro e Emídio Rafael naquele flanco. O uruguaio, apesar das pequenas loucuras que decorrem das subidas permanentes no terreno, é vital nas rotinas ofensivas do FC Porto, com as diagonais que faz para o meio e a forma simples como aparece sozinho, criando espaços e originando desiquilíbrios, tornam-no num homem muito importante para a equipa. Apareceu na altura certa para marcar (ligeiramente em fora-de-jogo) um golo que ainda lhe dará mais moral depois da fabulosa recuperação que teve da lesão que sofreu no jogo da selecção.

(+) Guarín  Mais um bom jogo de Guarín. A constante rotação do meio-campo de Villas-Boas é claramente benéfica para o colombiano, porque pode aparecer bem mais à frente do que lhe foi exigido quando chegou às mãos de Jesualdo que, como jogava com o trinco colado aos centrais, não deu espaço a Guarín para poder subir quando quer. Este Guarín que hoje vi, o Guarín prático e simples, é útil. O outro, nem por isso. Precisa que lhe ensinem a rematar uma bola em condições porque de cada vez que prepara um remate, dá ideia que está a treinar pontapés de baliza, tal é a forma como se inclina para trás e levanta a bola por baixo...

(+) Ambiente no Dragão  É verdade que há coisas que me enervam neste tipo de jogos, desde o pessoal que trata os stands de comes e bebes como os pacotes de amendoíns nos aviões (só por lá estarem não quer dizer que se tenham de comer!!!) até à malta que não se senta quando se deve. Só hoje apanhei um conjunto de meninas teenagers atrás de mim que decerto pensavam que o Falcao era a encarnação latina do Justin Bieber, um homem que perguntou: "Aquele número 4 quem é? Nunca o vi. É o Maicon? Ah, rapou o cabelo!", ou a melhor pérola da noite: "Este jogo é para quê?". Mas ao menos estiveram 26 mil pessoas a ver um jogo morno. Dessas todas, muitas podem voltar para jogos mais a sério e o clube só tem a ganhar com isso.









(-) Hulk  Foi notória desde o início do jogo a incapacidade de Hulk em jogar simples e directo. Não conseguiu nunca ser a tradicional locomotiva porque sempre que tentava "brincar", saía torto. Ao lado do mexido James e do prático Falcao, Hulk pareceu sempre fora da maneira de jogar da equipa, que propositadamente lenta e sem intenção de imprimir velocidade ao jogo, acabou por retirar a Hulk a sua grande mais-valia. Hulk não sabe jogar lento, não sabe recrear-se calmamente com a bola e tende a ser trapalhão e a perder lance atrás de lance porque mais nenhum colega seu conseguia (nem queria) jogar ao ritmo dele. Não funcionou.

(-) Ruben Micael  Continua a desapontar-me esta temporada. Pouco incisivo nos movimentos e nos passes de ruptura, olha sempre para o mesmo lado quando precisa de passar a bola e não parece estar com o mesmo ritmo do ano transacto. Compreendo que a lesão o tenha afectado mas o toque de bola não parece ser o mesmo e a maneira triste como joga está a afectar a sua performance. Tem de melhorar para conseguir lutar pelo lugar com Belluschi.

(-) "Chutas tu ou chuto eu?"  Fui ao jogo com um bom amigo e a sua filhota de 7 anos (vês, Rita, cá estás tu!), e a uma dada altura a miúda disse: "Os jogadores do Porto hoje estão trapalhões e preguiçosos". Concordo com a parte dos trapalhões com alguns jogadores, mas preguiçosos já nem por isso (desculpa, Rita!). A equipa teve sempre a consciência que se arrancasse para um ritmo intenso de jogo, rapidamente se resolvia a contenda e andávamos a procurar mais e mais golos, levando o adversário a uma humilhação imensa. Ainda assim, o problema esteve em grande parte na falta de sentido de eficácia na entrada da área, onde 3 ou 4 jogadores do FC Porto acabavam por trocar a bola entre si à procura de espaço para furar a defesa recuada dos alentejanos. Podiam ter apostado numa forma mais directa de jogar e com menos brincadeira, mas havia demasiada vontade de adornar lances que podiam ter sido resolvidos com maior sentido prático.



É perfeitamente natural que um grupo de jogadores talentosos como os do FC Porto, quando confrontados com uma equipa que apesar do esforço e do suor não conseguiriam nunca bater-se de igual para igual com os nossos rapazes, tendam a brincar um bocado. É humano e compreensível, todos nós quando jogamos futebol começamos a dar uns toques de calcanhar e a picar a bola por cima dos defesas, três ou quatro pontapés de bicicleta e uns passes de ombro (não é, Hulk?) para se divertirem um pouco mais do que simplesmente a marcar golos. É tão português como uma boa sarrabulhada. O jogo tornou-se fácil demais e a malta conseguiu entreter-se com boa disposição e alguns golos porreiros. Ah, fosse sempre assim...

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Ouve lá ó Mister - Juventude Évora

André, experimentalista!

Esta semana é diferente das outras. Em vez de lisboetas, austríacos ou sadinos, temos alentejanos no Dragão. Já não me lembro de ver esse bom povo a desfilar pelo mais belo relvado da Invicta desde 2001, quando o Campomaiorense cá deu um salto e onde insultei o Laelson com toda a força ainda no Estádio das Antas. Na altura jogavam gajos como o Ovchinikov, o Pena e o folha...ao lado do Drulovic, do Alenichev e do Capucho. Outros tempos, portanto!

E ainda me lembro do outro jogo contra o Juventude de Évora onde o Jardas espetou sete batatas aos rapazes. Não se faz, Mário, a partir de um "poker" um gajo deixa de ter nomes para chamar a essas sequências, pá! Ainda assim, não espero que a história se repita, até porque acho que devias experimentar um bocadinho. Sei que o pessoal está à espera de uma goleada monumental, com golos de todas as formas e feitios, mas este é o jogo ideal para dar minutos aos moços que devem estar a desesperar por eles. James, Ukra, Castro, Kieszek, Walter, Sereno, todos eles precisam de jogar mais. Já sei, já sei, não se pode mudar a equipa toda, mas dá sempre para ver se temos uma segunda linha que aguente a pressão de ganhar sempre, não achas?

É uma competição mais aborrecida, não há dúvida. Os eborenses (oh pra mim armado em letrado) vêm cá para tentar ganhar, não há dúvida. Ainda assim, não lhes fazendo o favor, esquece que vai estar uma boa casa e que o pessoal quer ver golos. Deixa os nossos girinos rabiar, permite que os nossos bolbos desabrochem, incentiva os vitelos a enrijecer os cornos. Podemos todos ganhar com isso!

Sou quem sabes,
Jorge

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James, Castro e Ukra

«São jogadores fundamentais. O Castro e o Ukra têm sido elogiados por mim em privado e em público. Não quero abdicar deles. Quero continuar a tê-los. O plantel é extenso, mas é um número controlável. São 26 jogadores, podiam ser 24, não é grave. O James tem um potencial incrível e pretendo fazê-lo evoluir. Vai ter uma oportunidade já frente ao Juv. Évora», indicou Villas-Boas.

«O James teve uma semana muito positiva e já lhe disse que conto com ele. Esta é uma oportunidade boa, mas não é definitiva. Não será a última, com certeza.»

André Villas-Boas

Tudo boas palavras para três jovens com futuro mas que até agora poucas oportunidades tiveram para mostrar serviço. Fico à espera que Villas-Boas os ponha a jogar mais vezes.

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É cedo, é barato...vamos à bola!!!


Sábado, 18h. É a horas decentes.

2€. É barato.

Almoçam na Baixa (no Guarani, por exemplo), dão uma volta pelas lojas, seguem para o Dolce Vita, compram mais umas prendinhas de Natal e vão ao Dragão ver a bola. Que tal?

Eu vou lá estar, e vocês?

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Focus!!!

Este ano temos assistido a um FC Porto com duas caras. Muito prático e eficaz nos jogos grandes contra equipas fortes e que não se remetem à defesa durante quase todo o tempo de jogo, ao mesmo tempo que é menos criativo e atravessa maiores dificuldades em furar defesas que se fecham em campo, especialmente quando fecham as linhas entre meio-campo e defesa. Parece que a inspiração têm batido contra uma parede de cimento e que o movimento dos nossos elementos mais profícuos se limita a incursões de Hulk ou a cruzamentos da lateral que nem sempre chegam ao sítio certo.

Não partilho da fé comum que a equipa está desmotivada e a navegar em velocidade de cruzeiro desde o jogo contra o Benfica no que diz respeito aos jogos da Liga. O jogo de Viena provou que não estamos adormecidos, bem como a segunda parte contra o Sporting, apesar de contra-balançarem contra as exibições mais descoloridas contra Portimonense, Moreirense e Setúbal. Estes três jogos têm em comum três defesas fechadas, três formações sempre atrás da linha da bola e com fugazes tentativas de contra-ataque que raramente resultaram em perigo. Não quero arranjar desculpas, mas parece que toda a gente se está a esquecer que o jogo contra o Portimonense se seguiu a um jogo extraordinário contra o Benfica, com toda a pressão moral e física que foi libertada do lombo dos nossos homens, e que o jogo contra o Setúbal vem depois de uma vitória excepcional na neve de Viena, num jogo extremamente difícil e cansativa. É natural que haja algum relaxamento pela vantagem obtida, mas é preciso continuar com confiança mas com luta, com inteligência mas com sacrifício. Confio em Villas-Boas para conseguir dar a volta à cabeça dos rapazes e fazê-los regressar já neste sábado a uma boa exibição.

A época 2010/2011 têm sido um conjunto de altos e baixos exibicionais, mas uma coisa nos têm mantido orgulhosos e bem-dispostos: continuamos invictos e a liderar a Liga. E todos os Portistas esperam que continuemos assim durante muitas semanas.

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A vuvuzela do portista

Desde 1992 que sou sócio do FC Porto e nos 18 anos tive o prazer de ostentar o cartão de sócio do meu clube, começando por um papelinho azul e branco plastificado e atravessando as transições da modernidade, continuando a diminuir em tamanho e a crescer em tecnologia, estando hoje em dia no formato de um moderno cartão multibânquico. Nesses 18 anos fui religiosamente às Antas e continuo agora no Dragão, com vários jogos fora pelo meio. Já estive no Bessa a apanhar chuvada de meia-noite, em Aveiro a fugir da polícia, na Luz a tentar não ser apunhalado pelos adeptos da casa e em Espinho a tentar ver o jogo por entre as colunas de cimento. Nas Antas, por entre granito e granizo, bancadas de cimento e cadeiras de plástico, superior e bancada, sol e chuva, tardes e noites, vi jogos perfeitos e jogos horríveis. No Dragão, com a vantagem de fugir das pedradas, sejam elas de que índole forem, aconteceu o mesmo. Só duas coisas se mantiveram imutáveis neste percurso de associado do meu clube do coração: sempre cantei o hino nos jogos em casa e nunca assobiei a equipa.

Hoje em dia, quando vou ao Dragão e ouço um desses auto-vuvuzeladores a ruminarem alto os tradicionais assobios, começo por enervar-me e acabo entristecido. Aquilo que deveria ser uma força que o proverbial 12º jogador transmite aos rapazes de azul-e-branco que lutam pela nossas cores acaba por se transformar numa infeliz manifestação de impaciência e de exigência assoberbada que as mesmas pessoas criticam nos outros clubes e que prejudica a união e força da nossa equipa. Se dependesse de mim, cada gajo que fosse apanhado a assobiar as nossas exibições de uma forma consistente devia ser levado para fora do estádio, os seus privilégios de sócio seriam revogados e uma sonora vergastada seria administrada por um adepto não-assobiador seleccionado aleatoriamente.

Candidato-me para carrasco.

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Baías e Baronis - FC Porto vs Vitória Setúbal

Foto retirada do Maisfutebol

Hoje foi talvez o pior jogo da época do FC Porto. Podemos dizer que a equipa estava cansada depois da exibição de snowboard em Viena, mas não é suficiente para explicar o que não fizemos hoje. Não fomos práticos, não fomos eficazes, não fomos capazes de ultrapassar a ansiedade que levou a que o Setúbal, sem saber como, quase conseguisse sair da Invicta com um pontinho. Um penalty (que admito não existir) decidiu o resultado, outro penalty (menos duvidoso mas ainda assim...duvidoso) podia ter resolvido, se não tivesse havido um pequeno milagre que limpou a consciência dos jogadores. Foi mau e espera-se mais. Vamos a notas:









(+) Cristian Rodriguez Já aqui falei muito mal deste rapaz, acima de tudo pela ineficácia das suas exibições. Hoje não foi muito diferente, mas notei alguma vontade extra de mostrar serviço, talvez pela ausência forçada de Varela, o Cebola hoje foi mais Cebola do que tinha vindo a ser. Lutou imenso e a lesão vem lixar-lhe a vida novamente, numa altura em que parece haver uma praga do lado esquerdo do FC Porto.

(+) Hulk  Pelo penalty que marcou e pela constante tentativa de furar a recuadíssima defesa contrária. Não está no melhor momento de forma e continua a ser eleito o melhor jogador da Liga. Imaginem se estivesse a jogar ao nível do início da temporada...

(+) Guarín  Simples, rijo, prático. Recuperou bastantes bolas no meio-campo ofensivo e na segunda parte caiu em produção como o resto da equipa mas manteve-se forte contra uma equipa que não tinha um meio-campo fisicamente imponente, o que fez com que Guarín se destacasse pela positiva. Bons remates na primeira parte.

(+) Diego (guarda-redes do Setúbal)  A história do jogo podia ter sido completamente diferente se um dos 4 ou 5 excelentes remates do FC Porto nos primeiros 20 minutos tivesse entrado na baliza do Setúbal, mas Diego encarregou-se de desviar todas as bolas que lá foram parar. Muito seguro.










(-) Ritmo de jogo  Infelizmente não pude ir ao Dragão esta noite, mas ao ver o jogo pela ridícula emissão da TVI, que tinha deixado a gravar e que vi depois de chegar a casa, o sono quase se apoderava de mim. A primeira parte foi má e a segunda parte então foi má demais. É verdade que os rapazes estavam cansados, mas a forma como se deixavam antecipar por um adversário mais rápido e mais agressivo era marca de um jogo que todos queríamos que mudasse mas que ninguém quis pegar no facho. O ataque ineficaz e o meio-campo pouco móvel obrigaram a que os defesas subissem muito, e se Fucile adora fazê-lo, Emídio Rafael sofreu mais com a inépcia no passe que apresentou e a equipa perdeu bolas demais para o lugar que ocupa. Tem de fazer melhor.

(-) Assobios  Não se pode enfiar esta malta toda num daqueles "cones de silêncio" que o Maxwell Smart tinha para falar com o chefe? É que até parece mal ouvir estes portistas de algibeira a assobiar os jogadores que deveriam incentivar, que apoiam e que são os primeiros a aplaudir e a bater no peito em júbilo quando marcam um golo ou brilham com a nossa camisola...e que são também os primeiros a insultá-los e a considerar que não são merecedores de a ostentar. Lixo, meus amigos, lixo humano, e se algum desses estiver a ler as minhas palavras, que pense numa coisa: se é para isto que lá vão, deixem de o fazer. Prefiro ver cadeiras vazias a saber que está lá gente que não merece ser portista.



Foi mau, lento e muito diferente do que se tem vindo a assistir do FC Porto 2010/2011. O cansaço que começou a ser evidente na segunda parte não pode ser explicação para tudo e não fosse a falta de calma de Jaílson e podíamos estar a lamentar a perda de dois pontos que tanta gente no Dragão já começava a prever. Continuo a afirmar que estamos no bom caminho, mas é preciso manter o ritmo sempre de princípio a fim e apenas aqueles 5 minutos no início do jogo deram mostra do que podemos e devemos fazer. Ainda assim mais três pontinhos, vantagem de 8 pontos reassumida e candidatura ao título não beliscada. Avante!

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Ouve lá ó Mister - Vitória Setúbal

André, invicto!

Já estás mais quentinho? Aquilo de jogar na neve não é para todos, pá, mas sinceramente parece que o clube está talhado para ambientes desconfortáveis, pelo menos desde 1987. E já viste que só este ano, num espaço de apenas 4 meses, já jogámos numa piscina, no equivalente a um concerto do Justin Bieber turco, numa retrete avantajada e numa pista de gelo? Porra, só falta mesmo jogar no topo de Machu Picchu ou no meio de um bosque bávaro! Até podíamos encontrar o pinheiro que o Paulo Sérgio queria e assim tinha de encostar o proveta ou o mesmo-muito-levezinho. Enfim, outras contas.

Segunda-feira não vou lá estar, homem. Outros compromissos impedem-me de ir ao estádio ver mais um grande jogo da minha equipa (e tua também, não me esqueço) e por isso deposito toda a minha confiança em ti. Há vários rapazes que mudava na equipa, só para ver se descansam um bocadinho, mas tendo em conta que vamos ter uns simpáticos alentejanos daqui a uma semana no Dragão, talvez queiras esticar a corda só mais um bocadinho para puxar por uma vitória mais fácil.

Todo o mundo não-portista está à espera que fraquejes. Já sabes que com o Benfica a 5 pontos vai ser uma loucura se começarmos a perder pontos, por isso não se pode facilitar com esta malta! Bora lá ganhar aos sadinos e voltar aos 8 de avanço. Sim. Muito bem.

Sou quem sabes,
Jorge

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Planeta Azul Nº15 - Chester City FC


Planeta Azul Nº15 - Chester City FC



País: Inglaterra

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Sugestões para o site oficial - Nº3



  • Galerias de fotos da história dos equipamentos do FC Porto ao longo dos tempos.


exemplos:
The Arsenal home kit @ Arsenal.com
Chelsea FC Classic Kits @ ChelseaFC.com

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O que disse Barroso

"O resultado do Porto em Alvalade foi um grande resultado para o Porto, provou duas coisas que eu sempre disse, provou que o treinador do Porto não tem estatura para estar à frente do Porto, não sabe estar à frente do Porto, não sabe perder, não sabe empatar, não sabe estar em desvantagem, é uma coisa espantosa, eu vou-lhe dizer, eu não me lembro de ver tanta histeria no banco do Porto quando vi o Porto a perder 1-0, nao me lembro de ver aquela histeria, que era uma histeria completa com gestos macacóides quer dizer eu de facto nunca vi na minha vida de futebol um treinador com um destrambolhanço tão grande com 13 pontos de avanço (...) e isso provou aquilo que eu digo, este sinal de imaturidade, este estrambolhamento psicológico (...) eu houve uma altura em que tive vergonha por ele porque não percebia aquela posição na linha lateral do treinador do Porto, aquilo nao faz sentido, um grande treinador de futebol, nao vimos isso hoje com o Mourinho, não vimos com o Guardiola, não vimos isso com outros treinadores de Sporting ou de Benfica, aquilo é revelador de facto de uma pessoa que não sabe estar e que não consegue estar, que não tem maturidade para estar e que tem a sorte de estar à frente de uma equipe que, provavelmente outro treinador faria o mesmo. É isso que eu penso (...) acho que se calhar nao vou ter essa experiência de ver o que era este homem a perder dois jogos seguidos, ele ainda não perdeu nenhum não é, perder dois ainda vai ser difícil, perder dois seguidos vai ser muito difícil mas eu acho que ele não tem capacidade intelectual para poder estar ali à linha, aquilo chegou a ser confrangedor, cheguei a ter constrangimento em ver aquele comportamento na linha lateral, já nem digo quando marcou o golo que parecia que tinha ganho a Liga dos Campeões mas isso é bom porque estava a ver que ia sair derrotado de Alvalade mas não é isso, aquele comportamento não é compreensível."

Eduardo Barroso, Prolongamento, TVI24, 29 de Novembro de 2010

O shôr dôtôr provou, no Prolongamento desta segunda-feira, que é honesto e diz o que pensa. O que faz dele uma besta que merece tanto respeito da minha parte como um pedófilo apanhado a violar um miúdo.

Até pode ser um excelente cirurgião, mas se me dessem a escolher preferia ser operado pelo gajo da motoserra do Texas Chainsaw Massacre do que por este gajo.

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E no início, houve uma Taça...

Foto retirada de Record.pt
Estes senhores foram os responsáveis por me tornar Portista. Obrigado, rapazes.

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Falcao no topo dos marcadores


A competição não será a melhor possível, mas ainda assim é um mérito...

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Baías e Baronis - Rapid Wien vs FC Porto

Foto retirada do MaisFutebol

Sentado em casa no meu confortável sofá, a apreciar um merecido dia de férias, tinha o aquecimento ligado e pensava que bom era estar longe do frio que lá fora fazia. A televisão mostrava já imagens brancas de Viena, do belo Estádio Ernst Happel onde 23 anos antes uma pequena grande equipa portuguesa tinha feito história ao dar a volta a um resultado negativo. Muito diferente foi este jogo, tanto na comparação entre o estatuto das equipas mas também pelo tempo, com a neve a cair inclemente durante 90 minutos, mas a sorte sorriu novamente aos nossos, desta vez de amarelo em vez de azul. Depois do dilúvio de Coimbra e da neve de Viena...aposto que ainda vamos ter de jogar no planalto perto de um vulcão ou numa cratera lunar! Foi um jogo emotivo, nem sempre bem jogado mas que apenas durante dois minutos pareceu ver a balança injustamente desiquilibrada. Ah, e houve a confirmação (ainda era preciso?) de Falcao como um dos melhores pontas-de-lança a jogar na Europa. Vamos a notas:









(+) Falcao  É um dos melhores pontas-de-lança que já vi a jogar. Pronto, está dito. É lutador, é oportunista, tem cheiro de golo e aparece nos locais certos na altura certa. Dos três golos que marcou, todos eles tiveram em comum a capacidade de luta e de nunca desistir das jogadas. Falcao apareceu sempre em grande, sempre a procurar o golo, sempre atento às falhas dos adversários, quer do distraído central ou do guarda-redes mãos-de-manteiga que lhe ofereceu os dois últimos golos. É preciso renovar com ele, oferecer-lhe o que ele quiser, porque é vital na equipa e não há muitos como ele. No Mundo.

(+) João Moutinho  Foi dos mais inteligentes em campo, sempre a tentar arrastar o jogo para os flancos e a falhar menos passes que os colegas. Rodou o jogo sempre que pôde e fez várias faltas nos momentos certos e em locais que não causava perigo. Talvez se tenha adaptado melhor que Ruben e Belluschi mas de qualquer forma foi o melhor do meio-campo portista.

(+) Sapunaru  Sem qualquer dúvida o melhor jogador da defesa portista. Simples, prático, sem inventar nem abusar do passe curto, talvez por ainda se lembrar do que é jogar com neve e frio, o romeno esteve impecável na marcação e na cobertura aos chatinhos alas do Rapid.

(+) Guarín  Estranho, não é? O rapaz jogou bem! Apesar de falhar inúmeros passes, o que é compreensível tendo em conta as condições do terreno, gostei de ver Guarín a varrer o meio campo com a força do seu futebol trapalhão e positivamente agressivo. Foi o jogador que precisávamos na altura ideal.










(-) Helton  O golo do Rapid é totalmente culpa de Helton. A forma como sai a medo da baliza, sem confiança nem em si nem no defesa central que estava à sua frente, podia ter comprometido a estrutura da equipa. Não tem sido hábito falhar tanto como fez hoje, e apesar de se compreender a menor preparação mental para uma partida destas dada a lesão de Beto no aquecimento, não se aceita. Continuo a confiar nele a 100% mas foram estas falhas que no passado lhe fizeram a vida negra com muitos adeptos, por isso convém que não aconteça muito mais vezes.

(-) Pouco sentido prático  A equipa, como foi muito bem interpretado por Pedro Henriques, a comentar em excelente nível na SportTV, denotou uma inadaptação às condições do relvado gelado. A forma como saíram para o ataque, constantemente em passes curtos, levou a imensas perdas de bola pelo centro do terreno que o talento dos austríacos não conseguiu fazer com que criassem perigo para a baliza de Helton. Ainda assim, era penoso ver Fucile, Guarín ou Otamendi a falharem passes simples porque foram práticos. Acredito que Villas-Boas optou por uma aproximação ao jogo que orientou os seus rapazes a serem menos práticos e mais fiéis ao fluxo natural a que estão habituados, mas creio que neste jogo seria mais inteligente um jogo rápido e directo pelos flancos. Correu bem mas se Falcao não estivesse lá nunca se sabe o que poderia ter acontecido.



Quem disser que a vitória foi fácil está a mentir. Nas condições que o terreno oferecia, com a dificuldade de jogar na neve e a apanhar com ela no lombo, só um conjunto de heróis conseguiria aguentar a compostura e com maior ou menor dificuldade chegar à vitória. Marcamos tarde e conquistamos o primeiro lugar do grupo à custa de muito frio, muito gelo e muito esforço. Todos os louros são merecidos para estes rapazes até esta altura, numa altura em que nos fizeram lembrar de Gomes, Madjer e companhia, no deserto gelado de Tóquio, numa longínqua noite de 1987, de onde trouxeram taças e carros como pequeno prémio para uma etapa histórica na vida deles e do clube. Estes também mereciam uma taça, só por este jogo...

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