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Baías e Baronis - Rapid Wien vs FC Porto

Foto retirada do MaisFutebol

Sentado em casa no meu confortável sofá, a apreciar um merecido dia de férias, tinha o aquecimento ligado e pensava que bom era estar longe do frio que lá fora fazia. A televisão mostrava já imagens brancas de Viena, do belo Estádio Ernst Happel onde 23 anos antes uma pequena grande equipa portuguesa tinha feito história ao dar a volta a um resultado negativo. Muito diferente foi este jogo, tanto na comparação entre o estatuto das equipas mas também pelo tempo, com a neve a cair inclemente durante 90 minutos, mas a sorte sorriu novamente aos nossos, desta vez de amarelo em vez de azul. Depois do dilúvio de Coimbra e da neve de Viena...aposto que ainda vamos ter de jogar no planalto perto de um vulcão ou numa cratera lunar! Foi um jogo emotivo, nem sempre bem jogado mas que apenas durante dois minutos pareceu ver a balança injustamente desiquilibrada. Ah, e houve a confirmação (ainda era preciso?) de Falcao como um dos melhores pontas-de-lança a jogar na Europa. Vamos a notas:









(+) Falcao  É um dos melhores pontas-de-lança que já vi a jogar. Pronto, está dito. É lutador, é oportunista, tem cheiro de golo e aparece nos locais certos na altura certa. Dos três golos que marcou, todos eles tiveram em comum a capacidade de luta e de nunca desistir das jogadas. Falcao apareceu sempre em grande, sempre a procurar o golo, sempre atento às falhas dos adversários, quer do distraído central ou do guarda-redes mãos-de-manteiga que lhe ofereceu os dois últimos golos. É preciso renovar com ele, oferecer-lhe o que ele quiser, porque é vital na equipa e não há muitos como ele. No Mundo.

(+) João Moutinho  Foi dos mais inteligentes em campo, sempre a tentar arrastar o jogo para os flancos e a falhar menos passes que os colegas. Rodou o jogo sempre que pôde e fez várias faltas nos momentos certos e em locais que não causava perigo. Talvez se tenha adaptado melhor que Ruben e Belluschi mas de qualquer forma foi o melhor do meio-campo portista.

(+) Sapunaru  Sem qualquer dúvida o melhor jogador da defesa portista. Simples, prático, sem inventar nem abusar do passe curto, talvez por ainda se lembrar do que é jogar com neve e frio, o romeno esteve impecável na marcação e na cobertura aos chatinhos alas do Rapid.

(+) Guarín  Estranho, não é? O rapaz jogou bem! Apesar de falhar inúmeros passes, o que é compreensível tendo em conta as condições do terreno, gostei de ver Guarín a varrer o meio campo com a força do seu futebol trapalhão e positivamente agressivo. Foi o jogador que precisávamos na altura ideal.










(-) Helton  O golo do Rapid é totalmente culpa de Helton. A forma como sai a medo da baliza, sem confiança nem em si nem no defesa central que estava à sua frente, podia ter comprometido a estrutura da equipa. Não tem sido hábito falhar tanto como fez hoje, e apesar de se compreender a menor preparação mental para uma partida destas dada a lesão de Beto no aquecimento, não se aceita. Continuo a confiar nele a 100% mas foram estas falhas que no passado lhe fizeram a vida negra com muitos adeptos, por isso convém que não aconteça muito mais vezes.

(-) Pouco sentido prático  A equipa, como foi muito bem interpretado por Pedro Henriques, a comentar em excelente nível na SportTV, denotou uma inadaptação às condições do relvado gelado. A forma como saíram para o ataque, constantemente em passes curtos, levou a imensas perdas de bola pelo centro do terreno que o talento dos austríacos não conseguiu fazer com que criassem perigo para a baliza de Helton. Ainda assim, era penoso ver Fucile, Guarín ou Otamendi a falharem passes simples porque foram práticos. Acredito que Villas-Boas optou por uma aproximação ao jogo que orientou os seus rapazes a serem menos práticos e mais fiéis ao fluxo natural a que estão habituados, mas creio que neste jogo seria mais inteligente um jogo rápido e directo pelos flancos. Correu bem mas se Falcao não estivesse lá nunca se sabe o que poderia ter acontecido.



Quem disser que a vitória foi fácil está a mentir. Nas condições que o terreno oferecia, com a dificuldade de jogar na neve e a apanhar com ela no lombo, só um conjunto de heróis conseguiria aguentar a compostura e com maior ou menor dificuldade chegar à vitória. Marcamos tarde e conquistamos o primeiro lugar do grupo à custa de muito frio, muito gelo e muito esforço. Todos os louros são merecidos para estes rapazes até esta altura, numa altura em que nos fizeram lembrar de Gomes, Madjer e companhia, no deserto gelado de Tóquio, numa longínqua noite de 1987, de onde trouxeram taças e carros como pequeno prémio para uma etapa histórica na vida deles e do clube. Estes também mereciam uma taça, só por este jogo...

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Ouve lá ó Mister - Rapid Wien

André, kamerad!

Eu não te disse que o clássico ia dar problemas? Os gajos corriam que nem loucos e nós não devíamos ter deixado os rapazes a voar por ali fora, tanto com a bola como sem ela, que o Moutinho ainda deve ter as marcas bem fundas na coxa depois daquela bestinha enchouriçada lhe der carregado à pitonada. Enfim, já passou e agora vêm os austríacos.

A malta está à espera de uma vitória, homem. É que até podemos ter empatado em Alvalade, e sei que foi complicado e que acabou por ser porreiro para o jogo que fizemos, mas o povo não enche a barriga com empates. Eu até sou paciente e tu sabes disso, mas já falei com muita gente que quer é enfiar 3 ou 4 valsas nestes rapazolas para dizer: "Nózen estámuzen aquízen!" a todos, em bom alemão. Dóitche, como eles dizem.

Não tens Maicon. Não tens Rodríguez. Que tal experimentar o Otamendi e o James? O pessoal é que gostava de os ver jogar, carago, disso podes ter a certeza! Seja qual fôr a equipa, a naçom portista está contigo. Mas fica a nota: é preciso voltar com as boas exibições e resultados convincentes, senão corres o risco de começar a chatear alguns gajos que têm a mania que só com goleadas é que lá vamos...olha que quem te avisa...

Sou quem sabes,
Jorge

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Baías e Baronis - FC Porto vs Rapid Wien

Foto retirada do MaisFutebol

Na saída do estádio, entre conversas em tom amigável com os colegas da Porta19, vinha satisfeito. O jogo foi fracote mas o adversário não exigia mais e acabou por ser bem mais macio do que pensei. Gostei da inteligência da equipa na retenção da posse de bola, gostei imenso dos adeptos do Rapid, a ganir como loucos com 3 batatas na mona e gostei de uma ou outra jogada de um ou outro jogador. Acima de tudo, foi um exemplo simples que esta fase de grupos da Europa League não pode oferecer grande resistência ao nosso clube, bastando para tal jogar com alguma cabecinha e sem facilitar em demasia. O resto resume-se a talento, e disso temos nós suficiente para eliminar os nossos adversários do Grupo L. Vamos a notas:









(+) João Moutinho Este foi o melhor jogo de Moutinho pelo FC Porto. Continuo a dizer duas coisas às pessoas que o criticam e que não vêem um fora-de-série: primeiro, ele não é um fora-de-série; segundo, vão ver um jogo dele ao vivo e digam-me se o rapaz não é bom de bola. Raramente falha um passe e quando a bola chega aos pés dele há quase garantia que vai ser entregue ao jogador na melhor posição possível para continuar a jogada de uma forma positiva. Não pensem em jogadas individuais com dribles sucessivos (apesar de hoje ter feito uma dessas), atravessando barreira atrás de barreira adversária para culminar num remate brutal ao cantinho. Moutinho é cerebral, calmo, disciplinado. O FC Porto não poderia jogar desta forma sem ele.

(+) Maicon Conseguiu secar a torre que lhe apareceu à frente todo o jogo, o que já chegava para uma nota positiva, porque apesar do rapaz não ter talento proporcional à altura, incomodava bastante. Excelente no passe longo, merecia o golo que Falcao acabou por marcar e teve um falhanço terrível em frente ao guarda-redes que mais pareceu tiro ao meco, com um meco obeso que não se mexesse. Gostei muito.

(+) Cristián Rodriguez Duas assistências e muita entrega. Ainda tem de melhorar o físico e continua a ser pouco mais que uma formiga manca no 1x1, mas começa a ser uma alternativa viável a Varela.

(+) Ruben Hesitei em dar-lhe nota positiva. A primeira parte foi fraca, continua com medo de meter o pé e tem de melhorar MUITO no posicionamento táctico sem bola, mas o golo que marcou é excelente e a segunda parte foi melhor que a primeira. Precisa de ritmo para ganhar mais minutos porque gosto de o ver jogar com bola, é inteligente e sabe o que fazer. Neste momento perde para Belluschi porque o argentino está muito mais prático e rápido (o contrário do ano passado, portanto).

(+) Rotação do plantel Dar alguns minutos a outros rapazes que têm jogado pouco foi excelente. Castro e Walter puderam entrar em jogo e ganhar algum ritmo, numa altura em que estamos a meio de um ciclo complicado e em que todas as armas têm de estar afiadas.










(-) Álvaro Pereira Continuo a achar que é o jogador em pior forma na equipa-base do FC Porto. Anda desatento na defesa e falha muitos passes na construção inicial de lances ofensivos. Tem de melhorar muito.

(-) Rapid Wien Muito fraquinho. Sei que tinham várias baixas, algumas delas titulares, mas é mau demais. Houve alturas em que pensei que estava a ver uma equipa inglesa dos anos 80, tal era a parvoíce do "bola prá frente e siga que a torre há-de fazer alguma coisa". Nem os adeptos lhes valeram, eles que estiveram a berrar todo o jogo, cheios de força (cerveja) e voz afinada (mais cerveja).




Estamos com uma média acima de 3 golos por jogo no Dragão e os adeptos gostam. Temos de continuar a ter paciência com o estilo de jogo mas creio que é um hábito adquirido. O nosso modus operandi é mais lento, mas mais inteligente, mais pausado mas mais controlado, mais eficaz ainda que com menos oportunidades. Por agora está a funcionar e Villas-Boas tem todo o mérito nisso.

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