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Baías e Baronis - FC Porto vs Rio Ave


Há uma imagem que me vai ficar na cabeça deste jogo, para lá da excelente jogada de envolvimento que deu o golo de Varela. Há um lance a meio da segunda parte em que durante mais uma das jogadas em que a bola rondou a baliza de Helton, um dos defesas (sinceramente já me esqueci quem foi) que está a entrar na pequena área na direcção da baliza, na altura a ser pressionado por um dos esforçados jogadores do Rio Ave, olha para o nosso guarda-redes e vendo-o perto da linha de golo...atrasa-lhe a bola na direcção da baliza. Este desnorte, fruto sabe-se lá do quê, está a contagiar toda a equipa e é perigoso porque está a colocar por terra a imagem que tínhamos vindo a criar no país e no mundo nesta temporada. Três pontos foram ganhos, objectivo "mínimo dos mínimos" conseguido. Uff. Venham as notas:










(+) Varela  Teve um início forte e rápido pela ala, num arranque de jogo em que o FC Porto trocou repetidamente as posições do ataque, com Hulk a vaguear do centro para a ala e Varela a surgir muitas vezes como ponta-de-lança. Foi aí que apareceu num cabeceamento "textbook" (ou "como mandam as regras", como se diz cá), acabando por fazer a diferença. Mais alguns bons arranques na primeira parte, acabou por perder força e pernas depois do intervalo.

(+) Sereno  É um exemplo pela dedicação, agora que está mais calmo. Se continuasse como no início da temporada, não conseguia de certeza terminar um único jogo com as nossas cores, mas parece que aprendeu a jogar com mais calma e a manter a mesma determinação que mostrava e que estava claramente a ser mal direccionada, quer pelo nervosismo quer por inadaptação. Sabe que não sabe muito e como sabe que não sabe, não inventa. Surgiu bem pelo flanco e não fez melhor porque, sinceramente, não podia.

(+) James  Tenho ouvido muitas críticas ao jovem colombiano. É o que acontece com todos os "boy wonders" que já aparecem com um rótulo de craque e que aos olhos de muitos não correspondem às expectativas. James é um exemplo perfeito dessa dualidade entre a imprevisibilidade da adaptação a uma vida nova e a necessidade de vincar a diferença na sua profissão. James tem talento, é inegável, e na minha opinião está a justificar a titularidade na ausência de Falcao. O toque de bola é bom, o remate é forte e bem colocado e a visão de jogo parece acima da média. Continua-lhe a faltar calo, mas isso só se ganha jogando. Vejo boas coisas para este rapaz no futuro de azul-e-branco.












(-) Fernando  Desde que regressou da lesão é possível contar pelos dedos de um mau marceneiro os bons jogos que Fernando fez pelo FC Porto. Hoje, à semelhança do que tinha acontecido na quarta-feira contra o Benfica, fez asneira atrás de asneira com passes para o adversário, falhas posicionais e de acompanhamento das jogadas e uma insuportável tendência para caminhar mais com a bola do que deve, o que levava quase invariavelmente a enfiar-se num buraco onde só havia gajos de verde e branco. Pelo que já vimos de Guarín este ano, Fernando não está a merecer ser titular.

(-) Ruben Micael  Mais um jogo, mais uma oportunidade perdida para marcar pontos pela titularidade. Não sei o que se passa, sinceramente, mas começo a perder a paciência com o madeirense. É provável que a culpa seja um pouco derivada da minha exigência como adepto. Enquanto que com jogadores como Guarín ou Mariano, os níveis de qualidade mínima são mais baixos do que com jogadores como Ruben, Moutinho ou Fucile. Quando já se mostrou qualidade e quando reconheço que o rapaz pode e deve fazer muito melhor, o patamar exigível sobe e perdoo menos algumas falhas ou maus comportamentos. Ruben está actualmente a ter o mesmo efeito no jogo da nossa equipa como um camião cheio de estrume tombado numa auto-estrada.

(-) Hulk ao meio. Novamente.  Já por várias vezes falei disto, mas continuo a bater na mesma tecla. Não quero acreditar que há problemas pessoais entre Villas-Boas e Walter porque seria pura especulação da minha parte. Até posso perceber o uso de Hulk ao meio proporcionando a James e a Varela a capacidade de criação de jogadas ofensivas. Mas Hulk não rende nem metade naquela zona do que poderia render numa ala e Villas-Boas está a insistir numa solução que não é a melhor. Pode achar que "dá para safar", mas não dá. E continua a chatear os adeptos quando não escolhe Walter sem explicar porquê. Não chega, André.

(-) Intranquilidade  A súbita inércia e letargia que invadiu as mentes e almas dos jogadores portistas nos últimos tempos é estranha e assustadora. Jogadores que mostraram excelente futebol, organização táctica e solução diversas para se soltarem da grande maioria dos problemas que nos foram colocados...fizeram o jogo que viram hoje. A minha cara-metade, sábia na questão da psicologia empírica (sem ironias, a miúda é daquelas pessoas que tem o dom de ler bem as pessoas), diz-me que lhe parece que os nossos putos estão desabituados de perder e que a derrota com o Benfica lhes abanou a cabeça. Ela é benfiquista, mas não diz isto por mal. E não lhe quero dar razão...mas que me parece correcto, lá isso...



É verdade que os momentos que vão ficar para a história deste jogo se reduzem a um resultado: 1-0. É pouco para uma equipa com o nosso talento e com a capacidade de gerar futebol bonito e vistoso como já fez este ano. Mais importante ainda, é estranho para os adeptos que se habituaram a ver jogadas fluidas e bem engendradas a transformar-se num conjunto de jogadores amorfos, nervosos e pouco confiantes. Todos estes problemas começam a compôr um quadro complicado quando vemos que a baixa de forma que se verificou em Janeiro se está a estender e até a agravar em Fevereiro. Vem aí o Sevilha e nesta altura devíamos estar a jogar bem mais do que estamos a mostrar...

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Ouve lá ó Mister - Rio Ave

André, vingador renascido!

Parece que não saímos do Dragão nestes últimos tempos, homem! Não posso dizer que estou farto de lá ir porque estaria a mentir, é sempre um prazer subir as escadas a caminho do meu lugar cativo, conviver com os meus colegas de lugar e discutir as tuas escolhas. Uns concordam, outros nem tanto. Mas todos defendemos que o melhor para o clube é ganhar, já não é mau, certo?

Depois da não-noite de quarta-feira, já sabes que o pessoal que lá aparecer hoje ao fim da tarde está com vontade de ver sangue. É natural, pá, um gajo não pode passar muito tempo sem ver o clube a ganhar, porra, até parece mal! Toda a gente quer ir lá ver um bom jogo mas acima de tudo uma vitória. Manter os 11 pontos é essencial e nunca se sabe quando é que o Benfica vai fraquejar mas o que temos de esperar é que eles não vão perder mais nenhum ponto...tirando os três que lhes vamos tirar quando lá formos em Abril. E olha que esta de tirar os três era mesmo para ser mais que só uma menção à vitória que queremos, é mesmo para pensares em obrigar o Luisão a sentar-se numa bandeirola de canto para não sentir mais dor pelo resultado...mas divago, perdão, voltemos ao Rio Ave!

Já vi que estás a gostar de ter o Hulk no meio em vez de alguém que esteja habituado a lá jogar. Pá, tu é que sabes, eu tomaria outra decisão. Chama-me conservador mas gosto pouco de adaptações. Que queres que te diga, para mim quando não tenho salsa para cozinhar não vou lá colocar um cacto só porque é verde! Somos gajos diferentes, se calhar é por isso que estás aí e eu estou no sofá armado em parvo.

De qualquer forma, amanhã é para ganhar. Com ou sem Walter, com ou sem Belluschi, Álvaro, Falcao. É para ganhar e ponto+ponto+ponto!

Sou quem sabes,
Jorge

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Baías e Baronis - Rio Ave vs FC Porto

Foto retirada do MaisFutebol

Não foi um jogo bonito, mas ganhámos com mérito e com valentia. A equipa jogou um futebol enfadonho, mas eficaz. Simples, mas prático. Pouco inteligente durante largos minutos, mas directo ao assunto e sem grandes invenções. Esteve aí a marca da diferença do FC Porto de Villas-Boas esta noite no Estádios dos Arcos, uma marca que se vai tornando notória à medida que os jogos vão decorrendo: estamos aqui para vencer, vamos vencer e quando fôr preciso, joga-se bonito, como no caso do segundo golo, uma obra de arte em forma de contra-ataque. Vamos a notas:









(+) Hulk Dois golos hoje e mais um no primeiro jogo colocam-no na liderança dos melhores marcadores. Hulk está em boa forma e isso reflecte-se na forma como joga. Apesar de continuar a enervar os adeptos quando por vezes parece "guloso" demais ao aparecer a rematar quando deve passar e vice-versa, é uma unidade que neste momento rende mais que vários Varelas a jogar em paralelo. É a força-motora da equipa, o homem que pega na bola e arranca para o ataque, quer venha da ala ou do centro do terreno, substituindo muitas vezes os médios criativos, já que hoje nem Moutinho nem Belluschi estiveram nos seus melhores dias. É actualmente insubstituível no FC Porto.

(+) Rolando+Maicon Depois da miserável exibição frente ao Genk, a dupla de centrais redimiu-se hoje, principalmente Rolando, bem mais activo e alerta, a sair a jogar e a interceptar bola atrás de bola que chegavam perto de si. Maicon, por outro lado, foi prático e não inventou nada. Deve ter ouvido das boas do André quando chegou ao balneário no final do jogo contra os belgas, deve...

(+) Sapunaru Foi (mais) um jogo esforçado do nosso bebedolas, que lutou contra um adversário muito complicado como é Bruno Gama e safou-se muito bem. Depois dos primeiros 5 minutos em que pensei que se fosse ver à rasca para parar o nosso ex-extremo, conseguiu limpar o flanco quase sempre com facilidade e até aparecer a ajudar o ataque. Teve azar na lesão e pode ter dado o lugar a Fucile...se este não sair até terça-feira.

(+) Fucile Há grandes diferenças entre Fucile e Sapunaru, como é óbvio para quem vê os jogos do FC Porto. Fucile é ofensivo, acelerador, inteligente e espalhafatoso. Sapunaru é calmo, defensivo e parece estar sempre preocupado com o que vem aí pelo flanco dele "ai senhores que o gajo sabe fintar, deixa-me recuar para ver se ele não me ultrapassa já e...pronto, já cá está a bola!". Mas para grandes equipas, Sapunaru, apesar de não ser mau jogador, é limitado, arrisca pouco e perde em relação a um Fucile em forma. É que dá gosto ver o uruguaio, tirando o ridículo penacho louro no cabelo, a correr pelo flanco fora em auxílio do ataque, e faz falta vê-lo na posição dele. Se sair é uma perda muito grande para a equipa.










(-) Varela Não dá, rapaz. Assim não dá. Continua com medo de meter o pé à bola e temo que regresse da Selecção ainda com mais medo. Apesar de ter feito a assistência para o segundo golo e ter estado envolvido no primeiro, durante o resto dos minutos que esteve em campo andou a passear sem lutar muito com os adversários, fugindo do choque como um gótico de água fresca e deixou várias vezes Álvaro Pereira à rasca com dois gajos pela frente. Não está a merecer a titularidade.

(-) Álvaro Pereira Já no jogo contra a Naval "deu" um penalty aos adversários que não foi assinalado e hoje em Vila do Conde mais uma vez fiquei com a impressão que fez falta sobre Tarantini dentro da área. Felizmente o árbitro achou que tinha sido simulação do vilacondense e Álvaro safou-se mais uma vez. Mas tem de ter calma com os carrinhos, um dia destes vai sofrer com isso e arrasta a equipa com ele. Para além disso continua muito distraído na defesa e não pode continuar a falhar como tem falhado.



Chegamos à primeira paragem do campeonato em primeiro lugar com três vitórias em três jogos. Podemos não estar a ofuscar as outras equipas com a qualidade do nosso futebol, mas acima de tudo estamos a ser práticos e eficazes. É isso que se pede a uma equipa que está em construção, que vá ganhando para continuar a crescer e a melhorar o entrosamento entre elementos e sectores. Vamos pelo bom caminho e os sócios começam a ganhar alguma fé na equipa. Espero que a paragem não traga lesões e que consigamos manter o mesmo nível depois dos rapazes regressarem dos jogos pelas selecções. Ah, e já agora, que se feche o mercado rapidamente...

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Porta19 entrevista João Paulo Meneses (reisdoave.blogspot.com)

Continuando a rubrica que abri aqui com a entrevista a Wim Nijst, em antecipação do próximo Rio Ave vs FC Porto coloquei algumas perguntas ao co-autor do blog Reis do Ave, o blog mais representativo da malta adepta do maior clube de Vila do Conde. Jornalista na TSF, onde apresenta a conhecida rubrica "Mais Cedo ou Mais Tarde", também consultável como blog aqui, João Paulo Meneses acedeu a tirar algum tempo da sua preenchida agenda para responder a meia-dúzia de perguntas. Cá estão elas:






Porta19: O Rio Ave está a jogar bem, com garra e empenho mas até agora os resultados não têm sido positivos e ainda não marcou um golo. Com o FC Porto em crescendo de forma, há esperança de parar o Dragão nos Arcos?

João Paulo Meneses: Claro que sim. O Rio Ave nunca entra em campo derrotado. E o nosso treinador é a imagem disso mesmo.



Porta19: Quem são os jogadores de maior potencial no plantel do Rio Ave para 2010/2011? Há mais um Vítor Gomes ou um Sílvio na calha?

João Paulo Meneses: Temos bons jogadores, desde Joao Tomás (há poucos no futebol português como ele) a Bruno China; de Saulo, bom extremo, a Bruno Gama, no outro lado. Mário Felgueiras é um optimo guarda-redes. Atenção ao central Jeferson.





Porta19: Carlos Brito é um treinador que deixou uma imagem de marca ofensiva quando apareceu no nosso futebol mas que parece ter evoluído para um resultadista nos últimos tempos. Que abordagem prefere?

João Paulo Meneses: Brito joga sempre em 4-3-3, na Luz ou em Vila do Conde. Mas um empate é melhor do que uma derrota...


Porta19: Com a imprensa tão tri-polarizada em Portugal, como é que vê o desprezo a que são votadas as equipas de dimensão mais pequena?

João Paulo Meneses: Com (quase) normalidade (afinal eu proprio sou jornalista e trabalhei no jornalismo desportivo). Tentamos contornar.



Porta19: O Reis do Ave é um blog que marca pontos pela diferença por ser mais que um replicador de notícias sobre o clube mas também por manifestar opiniões livres sobre o seu clube. De onde vem a motivação para escrever depois de um dia de trabalho?

João Paulo Meneses: Ajudar a fazer do Rio Ave um Clube maior (em todos os aspectos) é a nossa motivação.


Porta19: Ainda há esperança para a maioria dos blogs Portugueses de futebol ou a inspiração está a definhar em função das redes sociais e dos fóruns de discussão?

João Paulo Meneses: São modas. Os blogues viram para ficar, com este ou outro nome.



Porta19: Para concluir, um pedido: são capazes de calafetar o Estádio dos Arcos para não estar sempre tanto vento? ;)

João Paulo Meneses: Já tentámos, mas o toldo voou, com as nortadas!!!





Aproveito para agradecer ao João Paulo pela disponibilidade. Não se esqueçam de sintonizar a TSF para ouvirem o excelente programa que ele apresenta. Quem sabe, pode ser que ouçam alguma coisa que daqui a uns tempos vai ser notícia no mundo todo e já podem dizer aos amigos: "Oh, já sei disto há tanto tempo, vocês são uns incultos, só falam de futebol!". Fica sempre bem.

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Baías e Baronis - FCP vs Rio Ave









(foto retirada do MaisFutebol)

Passei pelo Dragão a caminho de casa e fiquei na dúvida se o jogo seria cá ou em Vila do Conde. Afinal parece que era mesmo na Invicta e o ambiente é que era fraquinho. Tal como o jogo. Apesar da falta de interesse (incluo-me nas pessoas que optaram por não ver o jogo ao vivo) que esta 2ª mão das meias-finais da Taça de Portugal despertou, acabamos por ter algumas notas positivas no meio do habitual aborrecimento que é ver o actual FC Porto jogar. Siga para notas:





BAÍAS







(+) Valeri. Entrou muito bem no jogo e continuou bem na 2ª parte. Pareceu ocupar confortavelmente o espaço habitual de Raul Meireles mas ainda terá de trabalhar muito mais para conquistar um lugar na equipa. Com notícias que ficará mais um ano ligado ao FC Porto, fico à espera para ver mais do argentino.

(+) Addy. É aquilo que estava à espera. Com vontade de jogar e fazer as coisas simples, é o típico lateral africano, com velocidade e empenho, a atacar bem melhor que a defender, mostrou que precisa de mais ritmo e mais minutos nas pernas para se aperceber da melhor forma de jogar em campeonatos que exijam um pouco mais que o dinamarquês. Cresceu durante o jogo, fez o público gostar dele (o que, convenhamos, não é fácil de conseguir no Dragão) e pode ser um bom jogador para o futuro.




(+) Beto. Esteve muito seguro na baliza, com várias defesas e saídas a cruzamentos que deram segurança ao sector defensivo. Questiono-me se ainda terá hipótese de fazer parte da convocatória de Queiroz para o Mundial, não como primeira escolha mas como credível alternativa a Eduardo.



(+) Guarín. É raro "Baiar" este rapaz, mas hoje mereceu, em exclusivo pelo golo que marcou, já que nos 20 minutos que esteve em campo pouco mais fez para merecer nota acima da média. Mas o remate com que fez o 2-0 foi simplesmente extraordinário, digno de figurar no filme com os melhores golos do ano. Se ao menos fizesse outras coisas com o mesmo nível...



(+) Falcao. Comparar Falcao com Farías, como fiz no início da temporada, é uma parvoíce. No pouco tempo que esteve em campo, apesar de alguns passes falhados, mostrou o que deve ser um ponta-de-lança a sério, a aparecer nos locais exactos para finalizar e a criar espaço para dominar a bola e arrastar os defesas. Excelente.




BARONIS





(-) Ritmo do jogo. Sei que era um jogo que se previa tranquilo e que o resultado da primeira mão quase decidiu a eliminatória a meio, mas os primeiros 45 minutos foram lentos e relaxados em demasia. Para os adeptos que lá foram deve ter sido uma bela duma seca, não fosse a chuva que ia caindo.


(-) Hulk. Assim não, Givanildo! A malta enerva-se contigo, Givanildo! Então um gajo elogia-te durante tanto tempo e depois entras em campo a olhar para baixo e a tentar fintar o relvado? Não pode ser, rapaz, é pouco para o que vales, é pouco para o que já mostraste e é pouco para o que exigimos de ti.


(-) Farías. Grandes penalidades falhadas são (quase) sempre culpa do jogador que a aponta.


Um jogo que deu pouco trabalho e que mostrou que o FC Porto pode ser eficaz quando quer. Os últimos 20 minutos foram bem jogados, com o Rio Ave a tentar atacar para marcar um golinho e o FC Porto a marcar em quase todas as vezes que chegou perto da baliza adversária. Que seja um resultado idêntico contra o Chaves na final da Taça!

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Baías e Baronis - Rio Ave vs FCP






(foto retirada do MaisFutebol)

Quando saí de casa ontem pelas 20h30, deixei o jogo a gravar para ver quando chegasse. A noite estava excelente, quente e convidativa, e quem tinnha planos extra-futebol decerto não lamentou a opção. Ainda assim, quando regressei ao conforto do lar pus-me a ver o jogo, já sabendo o resultado final. O sacrifício que fiz para aguentar 90 minutos da miséria futebolística que teve lugar ontem em Vila do Conde, meus amigos, foi grande. O FC Porto jogou mais uma vez sem grande discernimento, com empenho mas pouca inteligência, fruto de, creio, alguma desmotivação (incompreensível) e de um jogo extra-agressivo da parte dos jogadores do Rio Ave. Siga para notas:





BAÍAS





(+) Helton. E lá vai o terceiro Baía para Helton, o homem que ontem garantiu pontos para o FC Porto. Digo pontos porque o Rio Ave teve mais que uma oportunidade clara de golo que o brasileiro negou com classe e elasticidade, sempre mantendo a defesa segura e as redes invioláveis. Excelente numa defesa na relva, com uma estirada providencial.

(+) Farías. Entrou e, como de costume, marcou. A produtividade do Ernesto é qualquer coisa que devia ser estudada por teóricos estatísticos, tal é a marca que atinge em termos de rácio golo/minutos de jogo. Continuo com a minha opinião bem vincada: Farías é esforçado mas até pode marcar 8 golos ao Barcelona em Nou Camp...continuo a dizer que não podemos depender dele como avançado principal para o nosso clube e é caro demais para estar ao banco. Ainda assim o golo foi bom e deu muito jeito!

(+) Hulk. Não estando ao nível dos últimos dois jogos, provavelmente pela lesão que sofreu no aquecimento, louvo a capacidade de se manter calmo e não-confrontacional perante as entradas muito duras que ia sofrendo consecutivamente por parte dos jogadores do Rio Ave. Manteve a calma durante o jogo todo, quase que marcava na melhor jogada do encontro depois de se entender bem com Meireles (ou Ruben, lá está uma desvantagem de ver o jogo às quatro da manhã...) e foi de uma forma geral o melhor jogador do meio-campo para a frente.






BARONIS





(-) Laterais do FC Porto. Um jogo para esquecer tanto para Miguel Lopes, de regresso aos Arcos, e para Álvaro Pereira. Estiveram todo o jogo distraídos, com pouca concentração nas tarefas defensivas e pouco eficazes no ataque. Miguel Lopes continua a ser agressivo em demasia quando não tem necessidade de o fazer, e Álvaro podia ter originado dois golos depois de falhas defensivas intoleráveis.

(-) Cobertura do meio-campo defensivo. Mais uma vez conseguimos ver a equipa adversária a subir no terreno como quer sem encontrar problemas da nossa parte. Acho fantástico como é que os jogadores do FCP se "cravam" no terreno, fixando posição em vez de rodar numa cobertura zonal, fazendo pressão quando a bola entra na área que estão a tentar defender. É confrangedor.


(-) Agressividade exagerada. Hulk levou, sem exagero, 4 patadas nos pés, todas elas sem dúvida deliberadamente para acertar no avançado do FC Porto. Não me parece que as entradas fossem totalmente orientadas a lesionar o rapaz, mas que levavam um selo intimidatório do estilo "vê lá se não corres muito senão apanhas com o pitãozinho no ossinho", lá isso levavam. O árbitro deu alguns amarelos mas houve lá algumas que mereciam um bocadinho mais.


Não há muito mais a dizer sobre este jogo, muito longe de ter sido memorável. Foi fraco demais, mal jogado, com trocas de bola desinteressantes, poucos lances de perigo e, no fundo, safou-se o resultado. São 3 pontos, sempre positivos quando o adversário directo ganhou os mesmos pontos, e a recuperação de Farías pode dar jeito no final da temporada, já que creio que o rapaz terá mais 5 jogos (a correr bem, 6) para mostrar serviço. Quarta-feira apanhamos o Rio Ave de novo, desta vez no Dragão. Cheira-me a poupança...

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Baías e Baronis - Rio Ave vs FCP








(foto retirada do MaisFutebol)

Num dia em que o futebol jogado dentro das quatro linhas quase ia passando despercebido, tal foi o reboliço com os ex-castigos de Hulk e Sapunaru, o FC Porto deu um passo importante para disputar a final da Taça de Portugal, no Jamor. Com todas as ausências que se conhecem, entramos com força e com uma dinâmica curiosa no meio-campo, fruto de inúmeras jogadas de entendimento de Ruben e Meireles, que mais pareciam irmãos que jogavam juntos desde sempre. Onde estava esse entendimento nas últimas semanas?...Enfim, o jogo foi disputado a um nível muito acima do habitual desta época, com boas jogadas ofensivas, poucas falhas na defesa e um sentimento no final da partida que há muito não tinha: ganhámos bem.





BAÍAS





(+) Ruben. Um golo e duas assistências. Só estas estatísticas comprovam a influência que o madeirense teve hoje na equipa do FC Porto. O golo foi mais que merecido, especialmente por ser o primeiro de azul-e-branco vestido, mas o que mais impressiona no jogo de Ruben é a constante vontade de jogar futebol, de criar jogo ofensivo, de pautar as movimentações dos colegas, arquitectando jogadas de ataque que passam todas pelos seus pés. Excelente a combinar com Meireles hoje, muito melhor que em outros jogos, e pareceu gostar de jogar na táctica que Jesualdo hoje "inventou".

(+) Meireles. Onde andava este Meireles? Heim? Raúl? Come out, come out, wherever you are! É este o Meireles que nos habituamos a ver, é este espírito, esta entrega, esta garra a jogar que tanta falta nos tem feito este ano. Marcou um golo importante que nos recolocou na vantagem e acima de tudo foi um elemento chave no meio-campo de 4 (por vezes 5) elementos de hoje. Tal como Ruben, pareceu adaptar-se bem ao esquema com um centro de terreno mais povoado.

(+) Fernando. A diferença vê-se nos pequenos detalhes. Onde Tomás Costa desliza, Fernando não mexe. Quando Guarín falha, Fernando acerta. É titularíssimo, só precisava de estar em melhor forma física para aguentar 90 minutos a sério.

(+) Beto. Esteve muito seguro na baliza, sem culpas no tento do Rio Ave. Defendeu vários remates de longe, incluindo um corte traiçoeiro de Álvaro que ia dando em auto-golo, que palmou para canto, lesionando-se no processo. Gostei da confiança.

(+) Jesualdo. Convenhamos que a tarefa era complicada. Sem Hulk, Varela, Rodríguez e Mariano, com Farías no banco para fazer número e mais alguns rapazes bem cansados, Jesualdo era forçado a inventar uma táctica para acomodar os onze que iam entrar em campo. Fê-lo bem, com uma espécie de 4-1-4-1 que foi enchendo o meio-campo e impedindo ataques pelo centro (a não ser pelo ar), basculando os jogadores para as alas quando era preciso. Muito bem a experimentar quando colocou Miguel Lopes no lado direito do ataque para testar alternativas. O plantel é infelizmente curto em qualidade e ele sabe disso, daí entenderem-se os testes em diferentes posições.





BARONIS





(-) Fucile. Notou-se que está com pouca confiança e não é o Fucile que já foi esta época. Precisava de férias mas como ainda tem alguns meses de competição (e depois o Mundial), lá vai ter de engolir os sapos da sua própria consciência e voltar à luta. Continua a ter entradas arriscadas que lhe valem cartões a mais.

(-) Falcao. Não é uma nota negativa pelo esforço, mas sim pela falta de produtividade quase total, para lá da assistência no primeiro golo. Vê-se que está cansado (pudera!) e começa a notar-se ainda mais no campo, quando já não tem forças para lutar como fazia há um mês atrás.

(-) Belluschi. O argentino não engata. Com o toque de bola que tem acaba sempre por tentar fazer mais do que é preciso e raramente consegue criar perigo, perdendo muitas bolas de uma maneira infantil, quase ridícula para um jogador com alguma experiência. Não entrou mal no jogo mas cedo percebi que ia ser o costume, com muitas falhas e pouco sumo.



Um bom resultado, acima de tudo, porque vencer fora é sempre agradável, mas acima de tudo uma boa exibição. Teve os seus altos e baixos mas em nenhuma altura pensei que não conseguíssemos ganhar o jogo. Está tudo pronto para fazermos um jogo tranquilo no Dragão e passarmos à Final!

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Baías e Baronis - FCP vs Rio Ave


(foto retirada d'A Bola)

Não tive hipótese de ver o jogo ao vivo no Dragão porque me encontrava na altura aos saltos como um louco no Pavilhão Atlântico a ver os Muse (obrigado, foi excelente!) e apenas vi o jogo quando cheguei a casa, por volta das 3 da manhã, o que leva a que a minha percepção do que se passou em campo possa estar um pouco torcida. Ainda assim, vamos lá à escalpelização dos factos...e olhem que escrever isto direitinho com 3 horas de sono não é fácil. Onward:




BAÍAS





(+) Varela. É quase impossível não gostar do rapaz, especialmente quando pega na bola vindo de trás e arranca por lá fora, tentando não driblar muitos defesas mas sim passar por eles em velocidade. É rápido, é agressivo e é um jogador para ser titular, por muito que custe aos outros dois avançados que jogam nas alas, eles que também estão a subir de forma. Varela pode ser uma das pedras-chave para o regresso do nosso clube ao lugar que se espera meritório mas que, por agora, nos contentamos que seja apenas estatístico.

(+) Notei algo de diferente na equipa, particularmente após a entrada de Varela. Houve maior agressividade, maior empenho em cada um dos lances disputados e uma tentativa de fazer mais e melhor. Gostei de Hulk e de Rodríguez a lutarem pela bola, gostei de Meireles menos esticado no terreno e gostei de ver a equipa como um todo a rodar a bola cada vez mais em cima do adversário.

(+) Fucile esteve bem, apesar do penalty ter sido absurdamente marcado pelo árbitro. A forma como sobe desinibido pelo flanco dá muito apoio ao ataque, fazendo constantes overlaps de posição com Hulk e terminando as jogadas sempre em cima dos adversários. É este Fucile que queremos!!!

(+) Estou a começar a gostar de Beto. Ontem, com a relva molhada, a ser pressionado por constantes cruzamentos e remates traiçoeiros do Rio Ave, esteve impecável. Sem culpa no golo (onde andavam os centrais?), o nosso Pimparel esteve em todas, defendeu algumas complicadas e muitas simples, sempre a agarrar a bola com segurança e a lançar imediatamente o ataque...com certeza no envio da bola, não me lembro de o ver a fazer como Helton, que normalmente lança a bola com a mão para 50 metros longe da baliza...só para a bola ir para fora. É assim que um guarda-redes deve lançar os ataques, pelo chão, para os pés dos jogadores, tal como Baía fazia na era Mourinho.






BARONIS





(-) Chuva + vento + frio + Domingo + 20h15 = Pior assistência da época. Estavam à espera de quê?!

(-) Belluschi. Entrou muito bem em jogo, mas não me dá grande hipótese de louvar a capacidade técnica quando se afasta da partida durante tantos minutos e quando aparece acaba por falhar passes fáceis e não criar os desiquilíbrios que se esperam dele. Ainda não chega, miúdo.

(-) Fernando ontem foi o exemplo paradigmático das falhas técnicas da equipa. Finta quando não deve fintar, falha passes fáceis e só sabe jogar para o lado. Teve um mau jogo e espero que não volte a acontecer.

(-) Hesitei em dar um Baroni a Maicon e decidi que tenho de o fazer. O rapaz não esteve mal de todo mas é demasiadamente lento. Falhou um passe absurdo quando tentou mudar de flanco em frente a João Tomás (se não estou em erro, o que é possível) e quase dava o golo do avançado do Rio Ave. Mediano tecnicamente, esteve em falha no golo do adversário, bem como Bruno Alves. Não me venham dizer que é o Fucile que está responsável por marcar Tarantini. O rapaz bem saltou...

(-) Continua a mediocridade técnica. Com todo o respeito que Jesualdo me merece, se o treinador fosse Sir Bobby, no final das partidas lá iam todos de volta para o campo, o Rui Barros espalhava uns pinos pela relva fora e punham-se todos a tentar acertar nos mecos a 20 metros de distância. Quem falhasse tinha de dar uma volta ao campo a sprintar. Era ver o Fernando e o Álvaro a deitarem os bofes de fora ao fim de 15 minutos...ou seja, 15 voltas...

Como disse no início, ver o jogo na TV é diferente de o ver ao vivo, e por isso preferiria não embandeirar em arco e pensar que a equipa está a crescer de produção, apesar de ainda longe do desejável e exigível. Mas pode ser que (mais) este pequeno susto tenha ajudado...

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