(foto retirada do MaisFutebol)
A foto que escolhi estaria de acordo com o jogo se as personagens estivessem ao contrário. O jogador do Leixões no chão e o do FC Porto a tentar jogar à bola. Foi o anti-jogo que já temos encontrado noutros encontros e que para além de transformar o jogo numa soneira acaba por enervar os meninos de azul-e-branco, incapazes de dar a volta a esta situação recorrente e que acaba por tramar os "grandes" que não têm estaleca para o assumir. Perdemos dois pontos e acima de tudo perdemos a embalagem que vínhamos a ganhar nos últimos jogos. Notas abaixo:
BAÍAS
(+) Helton. O zero que está do lado do Leixões deve-se em grande parte ao brasileiro que nos guarda as redes. Esteve impecável, seguríssimo e imperial durante todo o jogo, com defesas calmas e saídas imponentes dos postes, a dar confiança à defesa e a garantir a força da linha mais recuada.
(+) Ruben. O nosso futebol com ele é melhor, mais simples apesar de mais lento, os passes saem melhor e com mais precisão, as jogadas desenrolam-se com maior certeza e com um semblante de fio condutor que até faz acreditar no melhor. Tivesse ele companheiros no meio-campo à altura e não precisávamos de lamentar a falta de golos. Levou um amarelo incompreensível e o mesmo se pode dizer do penalti sobre ele que ficou por marcar, só se entendendo porque os 3 metros a que Bruno Paixão se encontrava não lhe permitiram vislumbrar a falta. Otário.
BARONIS
(-) Falta de eficácia. Todas as situações contabilizadas, a culpa deste empate tem claramente de ser atribuída aos avançados do FC Porto. Varela, Belluschi e até Falcao falharam golos que não se podem falhar a este nível e em particular quando se disputam pontos vitais para o campeonato. De notar que estas falhas são individuais e não colectivas, porque a equipa, para além de alguma falta de agressividade inicial, compensada especialmente depois da entrada de Tomás Costa, acaba por não ter influência directa no resultado, ou neste caso, na ausência dele.
(-) Belluschi. Mais um jogo perdido por parte do argentino. Sem falar na absurda fantasia capilar que o rapaz ostenta no escalpe, foram passes falhados, falta de pressão no meio-campo e criatividade quase nula na frente de ataque. Safou-se um remate à trave que não passou disso: um esporádico remate à trave e um deserto de ideias durante os minutos em que esteve em campo. É óbvio que é uma aposta furada e está a convencer os adeptos que não merece estar no plantel.
(-) Varela. Não pelo que fez, mas pelo que não fez. Não marcou, não conseguiu ser o Varela do costume e mostrou que quando está nervoso ainda é mais trapalhão que o normal. Teve algum azar mas isso não explica tudo.
(-) Anti-jogo. Eu sei, eu sei, as equipas pequenas têm de usar as armas que estão ao seu alcance. Mas valha-me Santo Gregório de Albergaria, era preciso atirarem-se para o chão constantemente durante a segunda parte do jogo? Começava a ser ridículo ver os rapazes a tombar, fosse com câimbras ou com outras maleitas inventadas...
O que mais incomoda é que depois de ver um jogo fraquinho do Benfica contra o Belenenses, os da Luz acabam por vencer com um singelo golo e não criarem grandes oportunidades extra para aumentar o marcador. Nós, com várias chances, zero. Eles à frente e nós em terceiro. Tem sido esta a história desta época...
1 comments:
Desistir não faz parte do nosso ADN, mas se as coisas já se encontravam difíceis, este percalço complicou ainda mais a nossa tentativa de recuperação.
São dois adversários à nossa frente com algum conforto e as oportunidades vão escasseando.
Só mesmo uma revolução ou um tsunami poderão inverter a situação.
No jogo de ontem a precipitação e atrapalhação tomou conta de alguns jogadores influentes,o Silvestre Varela foi o expoente deste estado de espírito, principais razões para o resultado alcançado.
Sei que o Paixão não desiludiu os seus prosélitos, mas que diabo, tínhamos a obrigação de ter marcado os golos suficientes para ultrapassar também essa previsível dificuldade, ocasiões não faltaram.
Resta-nos fortalecermos-nos para enfrentar os próximos desafios com coragem e determinação. Jamais atiraremos a toalha ao chão.
Um abraço
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