O brutinho

Análise do MaisFutebol à prestação de Carlos Martins no jogo de ontem:

Um poço sem fundo de emoções. Consome-se a si mesmo no caldo efervescente de uma personalidade muito própria. Não deve, aliás, ser fácil tê-lo como companheiro de equipa, tal a forma como vive o jogo. Grita, gesticula, fervilha, desespera. Dito isto, é justo reconhecer também o muito que joga. Chega a transportar a equipa às costas com a sua crença. Bom remate, forte e rasteiro, num livre aos 20 minutos. Baixou de nível e desapareceu na fase final.

Análise da Porta 19:

Um poço sem fundo de emoções violência. Consome-se a si mesmo no caldo efervescente de uma personalidade brutalidade muito própria. Não deve, aliás, ser fácil tê-lo como companheiro de equipa, tal a forma como vive o jogo impõe a força dos seus pitões nas pernas dos adversários. Grita, gesticula, fervilha, desespera, bate, agride, pontapeia, morde, obstrui. Dito isto, é justo reconhecer também o muito que joga a quantidade de sarrafada que distribui. Chega a ser ridículo dar tanta pancada sem ser preso pela GNR e depois ficar com carinha de anjo como quem diz "oh senhor árbitro, acha-me capaz de fazer tal coisa?" e nem pensa em transportar a equipa às costas com a sua crença. Bom remate, forte e rasteiro, num livre aos 20 minutos. Baixou de nível mas não deixou de procurar as canelas dos adversários com toda a fúria de um Huno no saque de Roma e desapareceu na fase final.

Resumindo, és um animal, Carlos. E fica sabendo que te vou assobiar sempre que te vir. Nem que estejas a ajudar uma velhinha a atravessar a tua, porque ninguém me garante que não lhe vais pontapear as muletas e pisar-lhe as meias de descanso.